Por mero acaso descobri há pouco tempo um dado curioso sobre uma questão supostamente básica: ao que parece ninguém sabe exactamente quais os limites máximos de temperatura e humidade relativa a que podem ser conservados os medicamentos nas farmácias e no circuito a montante do medicamento.
O INFARMED obriga os directores técnicos a manter e a calibrar anualmente termohigrómetros e a analisar e justificar os desvios mas não diz, nem ninguém parece saber, de modo concreto e fundamentado em documentação oficial, quais são os limites aceitáveis. Desvios a quê, afinal?
Eu julgo saber, mas ando a tentar consolidar elementos o que não se tem revelado fácil (num grupo do facebook de farmacêuticos já me chamaram de tudo, o normal). Em breve exporei a minha convicção, mal tenha tempo ou novos factos.
Também julgo saber que se as regras fossem realmente para cumprir muitos estabelecimentos de saúde - indústria, armazenistas, transportadoras, farmácias, farmácias de hospitais públicos e privados, clínicas, etc., teriam que fazer avultadas obras ou mesmo encerrar. Um problema...
Não aprendi nada dessa merda no curso, pois o curso de CF mais parece um curso de bioquímica do que um curso que forme profissionais de saúde. Não me sinto capaz de fazer nada para além de pipetar e electroforeses. Tudo o que aprendi na farmácia foi à custa da pratica diária. Não somos clinicos, ponto.
ResponderEliminar^^ Diz o anónimo que pretende representar todos os farmacêuticos e provavelmente nem farmacêutico é
ResponderEliminarPor acaso até sou, mas e se não fosse? O que digo não deixa de ser verdade. Discute a mensagem, não o mensageiro.
ResponderEliminarE onde fez o curso? Eu em Coimbra, nos anos 80, e não tenho essa percepção. Embora tenha aprendido muita coisa inútil - mais pensando nos profes que nos alunos, como ecologia, criptogamia ou química a rodos -, julgo que isso acontece em todos os cursos.
ResponderEliminarBoa tarde,
ResponderEliminarHá muitos anos saiu um pequeno artigo na Farmacia Distribuição que tinha o título "Conservar medicamentos no frio" do qual fui co-autora. Nessa época consultamos a Farmacopeia em vigor para encontrar a definição de temperatura ambiente (25º), conservar no frio, congelar, etc. Foi o único documento oficial onde encontramos informação.
Tenho um elevado grau de certeza de que a esmagadora maioria dos farmacêuticos sabem mais do que pipetar e fazer electroforeses e conseguem ser "clínicos". Se assim não fosse não eram o profissional em quem os portugueses mais confiam.
ResponderEliminarClaro que tudo depende do ano, do estabelecimento de ensino, dos professores, e claro da vontade de aprender e fazer.
Por outro a formação não se esgota num mestrado ou licenciatura.
O facto de os portugueses mais confiarem não significa absolutamente nada. O leigo não sabe se o conselho que está a ter é válido cientificamente ou não. Basta olhar para os médicos; podem ser umas abéculas mas se forem simpáticos são os melhores do mundo. Os bombeiros também são do pessoal em que os tugas mais confiam, e depois? Só tem o liceu, morrem aos magotes em incêndios por falta de formação e são zero à esquerda em pré-hospitalar.
ResponderEliminarPOIS SIM, ISSO É TUDO MUITO BONITO.
ResponderEliminarTodos aprenderam muita química, muita farmacologia, muita farmacognosia, muita matemática, e resmas de matéria sem grande interesse. antes do 25 de A. até ótica, que diga-se a verdade até fazia falta para alguns que andam a vender óculo snas farmácias (Faz lembrar nos tempos idos uns sujeitos que andavam pelas feiras a vender "óculos e lunetas" )
E depois de 76 até meados de oitenta muitas passagens "administrativas".
Mas voltando ao assunto: temperaturas e humidade? O que por lá ensinavam como muitas outras coisa não se relacionavam com problemas concretos e do ia a dia da farmácia. É a vida. Cada um que aprenda por si. (ao menos ensinaram-nos a pensar))
Assunto interessante.
ResponderEliminarTemperatura abaixo dos 25ºC
Humidade inferior a 60%
Discutam porquê.
Em relação à desconversa do tema.
No curso, como a larga maioria vai para farmácia comunitária, entendo que tenham mais contacto com a prática farmacêutica mais cedo.
Para além do contacto inicial sempre benéfico, permite perceber mais cedo, porque determinados conhecimentos são importantes.
Foi o que mais notei no curso. Bastante prática laboratorial, que só será aplicada por uma minoria e prática farmacêutica só no final.
E como se armazenam armar neste país?
ResponderEliminarA temperatura terá influencia?
Haverá paióis de serviço 24 h por dia?
E nos paióis únicos haverá chamadas por telemóvel dia e noite com controle de temperatura?
Andam aqui uns parlapatões a tratar de factos de lana caprina e não veem o fundo da questão !!
ResponderEliminarAs farmácias dia sim dia não são confrontadas com roubos e associação alegadamente criminosa com médicos e proprietários (do pós correia de campos.)
Não conseguem lucros chorudos para pagar as dívidas aos bancos?
Que pena, tiveram mais olhos que barriga.
A credibilidade das boas farmácias honestas e cumpridoras sai prejudicada.
Os farmacêuticos do SNS unidos puseram os pés à parede, com resultados. Até que enfim!
Quando virá o dia em que as farmácias porão as divergências bairristas
e invejas de parte ?
Faz-nos falta uma ANF digna do nome.
Quando será que médico e verdadeiros farmacêuticos colaborarão sem ser para roubar o estado ?
O sr. Peliteiro que trate dar bons concelhos aos médicos que "conhece"
Caro amigo, este ano os Tonecas do PS/Póvoa não criaram nenhum blog de maledicência? Com esta candidatura a Póvoa perde um bom médico e ganha um mau vereador!
ResponderEliminarOs valores são - Ambiente: 25ºC +/- 2ºC e 60% HR +/- 5%; Frio: 8ºC, a HR não é controlada. Os valores decorrem dos ensaios de estabilidade ICH Q1A (R2) com base nos quais são atribuídos os prazos de validade aquando da aprovação das AIM. Assim, para garantir que os medicamentos mantêm as suas características até ao final do PV, devem ser conservados nas condições dos estudos de estabilidade.
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