Os taxistas estão em protesto contra a Uber. Pudera, a livre concorrência incomoda, sobretudo quando limitações impostas pelo Estado, uma grande úbere, possibilitam a transacção de licenças a centenas de milhares de euros, o uso de viaturas decrépitas e de motoristas atávicos (outro dia, na estação do Oriente um não sabia onde era Camarate!).
Sou passageiro frequente de táxis em Lisboa - da próxima vez só se não puder é que não experimento a Uber.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarUm exercício:
ResponderEliminarDigamos que no mercado surge uma app (como se diz agora), inovadora, moderna, funcional, que permite ao utilizador adquirir medicamentos a preço mais baixo, com entrega ao domicilio, sem ter uma farmácia ou farmacêutico a intervir nessa mediação. Nâo interessa muito como é que esse preço baixo aparece, só interessa que o preço é mais baixo, os medicamentos aparecem em casa, e até são entregues por roliças moças bem cheirosas e penteadas. Qual seria a posição do colega Peliteiro? Também iria utilizar preferencialmente este "serviço" em detrimento do serviço farmacêutico devidamente autorizado e licenciado através de alvará emitido pelo ministério da Saúde?
São coisas incomparáveis green. Mas os condutores da uber são licenciados para transporte de passageiros. Aliás são funcionários de uma empresa subcontratada que já existia e transportava passageiros antes da uber cá chegar.
ResponderEliminarEnquanto que no caso do transporte de passageiros feito por táxis vs feito por uber a existência de alvarás de táxi não é garantia de qualidade de serviço (aparentemente é o exacto oposto), no caso dos medicamentos a dispensa de medicamentos feito por meninas roliças não tem a qualidade que a legislação entende ser assegurada quando a entrega é feita por farmacêuticos.
"Ah e tal ninguém pode afirmar que o atendimento do farmacêutico é melhor porque ele não é tão roliço e isso é contra o meu bom gosto e/ou não me deu a informação que devia"
Mude-se então a legislação para obrigar os farmacêuticos a serem mais roliços e/ou explicarem tudo como deve ser.
É essa a diferença. Os farmacêuticos exigem mais de si próprios. Os táxis fazem greve contra a uber.
Os condutores Uber não são licenciados para transporte de passageiros coisa nenhuma. Eu posso ser, se quisesse. Basta inscrever-me no site, ter um carro posterior a 2004 (ou coisa que o valha) e siga. A Uber recebe por cada pedido, mas descarta-se de toda a responsabilidade social, seguros nem vê-los, pagar manutenção, etc. É um negócio perfeito, que só germina e prolifera em condições de alta precariedade laboral.
ResponderEliminarCoisas incomparáveis não existem. O que existe é inovação disruptiva, como é moda dizer sempre que a inovação tecnológica ultrapassa a lógica de licenciamento de actividades.
Repare que o exemplo que dei é completamente possível de acontecer. Aliás, existe já uma app para encomendar medicamentos, só está dependente do pedido ser feito a uma farmácia instalada, e arranjar as meninas roliças (ou meninos, depende do nicho que se quer abordar) para entregar ao domicilio. Para que tudo fique na paz do senhor, basta que os meninos e meninas tenham um curso de auxiliar ou técnico de farmácia, daqueles que a ANF costumava leccionar.
Evidentemente que o "paralelo" com o retalho farmaceutico faz todo o sentido:
ResponderEliminar- Alvarás no valor de milhões de euros (ainda há....).
- Muitas farmácias, mais parecem mercearias (ainda há....).
- Muito pessoal no atendimento estão ao nível dos táxistas de Lisboa ou do Porto (ainda há....).
Pergunta ao Sr. Greenman: porque é que tenho que pagar uma loja luxuosa (muitas farmácias gastam demasiado em imagem e prateleiras lustrosas), se posso obter muitos medicamentos numa loja modesta (ainda que limpa e funcional)? Os custos de transformação de muitas farmácias e os seus alvarás caríssimos, delapidam a rentabilidade das farmácias.
Tem de pagar a loja luxuosa porque ainda não é possivel haver farmácias com sede apenas na internet, que lhe entregariam os medicamentos ao domicilio. A Amazon das farmácias em Portugal não é possivel, porque a legislação não permite.
ResponderEliminar"Os condutores Uber não são licenciados para transporte de passageiros... um negócio perfeito, que só germina e prolifera em condições de alta precariedade laboral."
ResponderEliminarGreen, está errado. A uber em Portugal não opera dessa forma. O que está a descrever poderá ser o serviço Uber Pop que não existe em Portugal. Informe-se: http://newsroom.uber.com/lisbon/pt/2015/09/uberpt/
E qual é o problema de haver uma app? já existem várias apps até. Só usa quem quer, seja farmácia ou utente, certo? A qualidade não está a ser posta em causa pois o prestador do serviço é o mesmo.
"Tem de pagar a loja luxuosa porque ainda não é...A Amazon das farmácias em Portugal não é possivel, porque a legislação não permite."
É apenas uma questão de tempo, no entanto, será que é viável pagar a um farmacêutico para ir ao domicílio entregar MSRM quando há uma farmácia a cada esquina? Creio que só em alguns casos.
Querem farmácias desreguladas e sem qualidade?
ResponderEliminarFação favor. Quanto pior melhor!
"Fação favor."
ResponderEliminarEsta é a qualidade de algumas farmácias!
Acho que aqui ninguém quer farmácias desreguladas e sem qualidade.
ResponderEliminarTambém penso que não. Farmácias desreguladas além de não servirem a ninguém, nunca serão permitidas.
ResponderEliminarNota: Esse senhor que aqui anda a insistir no quanto pior melhor e que escreve "fação favor" aposto que não é farmacêutico. É parvo.