Julgo que já escrevi isto, mais que uma vez, mas continuo a não ter inteligência para compreender dois mistérios do país actual:
1) As farmácias dão prejuízo, estão falidas, a fechar, mas continuam com trespasses de milhões de euros;
2) Há médicos a mais, ou pelo menos mais que suficientes, mas contratam-se estrangeiros e velhinhos reformados.
Sobre a questão dos médicos: há a necessidade de uma política de recursos humanos da saúde que seja coordenada a nível europeu, e não é só para médicos. Desde que a mobilidade dos profissionais é o "holy grail" da união, que assim terá de ser. Há uma série de factores já identificados que levam a que os profissionais formados num determinado país queiram ficar ou sair. Não me admira que apesar de formarmos médicos suficientes, estes estejam em falta. E com as reformas dos cuidados de saúde primários que se anunciam pela europa fora, e no UK em particular (http://www.theguardian.com/politics/2015/may/18/cameron-seven-day-health-service-nhs-pledge-conservatives), isto é coisa para continuar a acontecer. Qual a solução? Fomar mais médicos para estes acabarem lá fora, ou proporcionar mais condições (melhores ordenados, melhores infraestruturas de apoio familiar - creches, escolas, cinemas, teatros, etc.) para fixar os médicos de família onde eles fazem falta? Também gostava de obter o seu feedback, caro Peliteiro.
ResponderEliminarSobre as farmácias, ainda vai ser um negócio milionário durante um tempo, até alguém se lembrar de permitir a venda na internet para fora do concelho da farmácia. Quando isso acontecer, talvez haja farmácias que pura e simplesmente não se vão conseguir aguentar, principalmente nos grandes centros urbanos, e outras que irão proliferar e tornarem-se em mega-farmácias. O facto de as transações continuarem milionárias pode ser porque "os mercados" já perceberam isto, pelo que um alvará ainda é muito valioso. Mas isto sou eu a especulacar.
As vendas pela internet são residuais, caro Green
ResponderEliminarA farmácias ainda são um negócio milionário...etc.
ResponderEliminarÓ senhor green, desculpe lá, mas é preciso lata!
Em que raio de farmácia trabalha?
Olhe, na que eu trabalho baixam os ordenados reduzem stok e pelas minhas contas(é fácil o acesso aos números) andam a meter água.
Na aflição de afogados agarram-se à ilusão de uma venda milionária.
(Vamos lá ver se acerto na charada do robô)
Sr. Doutor Peliteiro; Agradeço a sua resposta sobre "não ser um robô".
ResponderEliminarCompreendo e aceito.
(Vou usar uma lupa)
Obrigado
Pois, seria fácil médicos em barda e farmácias a pagar muito bem e lucrativas.
ResponderEliminarEra só abrir os cordões à bolsa!
Enfim, um milagre...
Estes novos 12 apóstolos cheios de espirito santo decerto que daqui a meses farão o dito milagre.
Vai ser limpinho!
Caro Green, o meu feedback é simples:
ResponderEliminarHá uma clara falta de médicos em Portugal e uma reiterada política de limitação do acesso a essa profissão que ao longo de décadas só beneficiou os próprios médicos (já agora, particularmente, espero que esta situação de abuso de posição se mantenha por mais uns anitos porque tenho um filho a estudar medicina e quero reformar-me rapidamente).
Donde, a solução é liberalizar a abertura de faculdades de medicina, incluindo privadas - dinamizando a economia - num sistema bem regulado, no que respeita a exigências de qualidade, e bem fiscalizado - tal como deverá ser noutros cursos -, com um exame nacional rigoroso de acesso à profissão.
Acabavam-se as mordomias...
Mas então se deixámos o mercado regular o acesso à profissão não iríamos estar a beneficiar quem já tem à partida melhores condições financeiras no acesso à profissão? Isso se calhar ainda agravava mais as mordomias.
ResponderEliminarO nosso problema de falta de médicos não tem a ver com a formação mas com a retenção. De resto, até estou de acordo com a ideia de abrir mais faculdades e cursos de medicina e outros, desde que depois os países de acolhimento destes profissionais nos paguem a sua formação.