Desde 2004 que o Infarmed não permite a abertura de uma única farmácia em Portugal e agora, depois de um, presumo, aturadíssimo e profundíssimo trabalho que perdura desde 2007 essa nobilí­ssima instituição nomeia eméritas personalidades para júri de um magnífico concurso para, pasmem, exaltem, celebrem, dêem hurras, resolver os eventuais problemas de «cobertura farmacêutica nacional que o Infarmed tem vindo a avaliar» através de concurso para abertura de... - helás! - 14 novas farmácias distribuídas por esse Portugal profundo.
Apesar de centenas de farmácias estarem completamente desabastecidas de medicamentos, insolventes, terem sido transferidas para a cidade, etc., o Infarmed, essa excelsa entidade, num só magistral golpe de tômbola consegue resolver os graves problemas de «cobertura farmacêutica nacional» abrindo concurso em Cotovios, Meixomil, Meinedo ou Orgens.
Como eu admiro a eficácia desses senhores em Lisboa...
Apesar de tudo, apesar dos 500 € necessários para a inscrição no concurso e da caução bancária de 25.000 €, apesar de saber que esses concursos ficarão na gaveta aí uns 5 anos, mesmo assim, vou concorrer a duas ou três localidades aqui no Norte. Uma espécie de imposto adicional para as eminências do Infarmed.

Ridículo este concurso; absurdas as limitações forçadas para abrir novas farmácias.

Copiado do A causa foi modificada

Já é uma tradição, tomar posição em eleições neste blogue. Desta vez tive alguma dificuldade em decidir em quem votar na Póvoa de Varzim. No PSD, o partido em que sou filiado há décadas, nem pensar, como já expliquei não confio minimamente na candidatura; no PS poder-se-ia colocar a questão do voto útil, mas a distância ideológica é grande, é uma candidatura muito à esquerda, demasiado para mim. Sobra o CDS - o Jorge Quintas Serrano parece-me sério, bem intencionado, competente, tenho alguns amigos nas listas, gente boa, enfim, está decidido o meu voto e a minha recomendação.

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Ordem dos Farmacêuticos confirma que vai processar bastonário dos Médicos
Lamentavelmente (esta guerra entre médicos e farmacêuticos é lamentável, sobretudo na perspectiva do doente), tinha que acabar em Tribunal tal a desproporção entre a calúnia e os factos apresentados. Tal Bastonário da Ordem dos Médicos não deve ser reeleito - pelo menos eu nunca votaria nele...

Indeciso eleitor poveiro, não perca mais tempo! Se os seus critérios de escolha não lhe dão resultados claros ou, mais provável, nem sequer tem critérios claros para o voto nas autárquicas, então vote Diana Vianez, do Partido pelos Animais e pela Natureza.
As razões estão à vista, compare, gente bonita é precisa:

 

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Se eu fosse candidato a Presidente da Câmara da Póvoa prometeria tudo fazer para fundir imediatamente o Concelho com o de Vila de Conde, extinguir as empresas municipais e a Polícia Municipal, acabar com subsídios avulsos às "agremiações", despedir todos os funcionários municipais que não fossem realmente necessários, aí uns 50% calculo, e congelar toda a despesa não essencial. Em contrapartida diminuiria facturas e taxas do Município aos eleitores.
Claro que não passaria dos 1 ou 2 % de votos. Os caciques do poder local tem a coisa bem controlada e ninguém morde a mão que lhes dá de comer.

É por isso que aqui estou a tomar posição nas já muito próximas eleições autárquicas, essa fabulosa chafurdice, começando por assentar baterias no candidato do PSD à Póvoa de Varzim, escrevendo 10 razões para não votar no Aires:

Primeira, segunda, terceira, quarta, quinta e sexta: Pessoalmente não me inspira confiança e duvido da sua rectidão - isto abusando do eufemismo -, tendo sido já acusado de batota ou condenado por crime no exercício de funções públicas.
Sétima: Está há demasiado tempo a presidir os destinos do Concelho - sendo eu a favor da limitação de mandatos (todos sabem que o Presidente em funções nunca passou de figura decorativa) - é o candidato do imobilismo - já foi do imobiliário -, do status quo e dos favores.
Oitava: Não tem noção da função das autarquias junto das populações, espalhando-se ao sabor das conveniências, usando dinheiros públicos sem conta nem critério.
Nona: Não tem projectos ou estratégia para o desenvolvimento do concelho, desperdiçando recursos naturais e localização privilegiados, é um deserto de ideias - o slogan da campanha é um oco "Todos somos poveiros" - um perito em investimentos falhados, falta-lhe inteligência e visão.
Décima: Há quem diga que o homem prometeu mandar dar "um enxerto" a esse Peliteiro e outros facínoras do contra se ganhasse as eleições...

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1. A OM está a servir de ponta de lança da IF (novamente). Fixar o preço dos genéricos é regressar a tempos passados em que o débil crescimento da quota de mercado de genéricos não ameaçava a posição confortável da IF de marca. Por outro lado a IF de genéricos seria beneficiada com maior estabilidade dos preços. No curto prazo, quem perdia era o utente e o erário público. No longo prazo, provavelmente a IF de genéricos.
2. A luta da OM é pelo poder. O mesmo poder de tempos passados em que o médico tinha total liberdade para obrigar o doente a comprar o medicamento do laboratório x em vez do y. As razões para querer esse poder são óbvias.
3. A OM consegue contradizer-se flagrantemente na mesma frase. Ao defender a "fixação do preço dos genéricos" e impedir que sejam dispensados "medicamentos mais caros que os prescritos" está a dizer simultâneamente que os preços são todos iguais mas que há uns mais baratos (que de alguma forma são os que eles prescrevem)
4. A OM pensa que a sua melhor hipótese passa por instrumentalizar a já saturada opinião pública para atingir os seus fins. Felizmente, mesmo que conseguissem convencer a maioria da população da veracidade das suas absurdas acusações os actuais números de poupança na área do medicamento não deixam margem para dúvida de que os medicamentos que se estão a dispensar são de facto mais baratos e a quota de genéricos está a crescer mais do que quando eram os médicos a decidir.
5. A OM pretende defender tudo isto a custo da imagem dos farmacêuticos, dos próprios médicos e do dinheiro do utente, que seria quem iria pagar o aumento da despesa com medicamentos que inevitavelmente surgiria caso se tomassem as medidas que defende, como se verifica pelo que acontecia até há alguns anos atrás.
6. A OM não está preocupada com a defesa dos portugueses nem com o país, mas apenas na utilização dos portugueses como estandarte na defesa dos seus próprios interesses. No seu historial já condenaram a utilização de genéricos porque eram de qualidade inferior aos de marca, de seguida reconheceram qualidade aos genéricos que eram de "confiança" (sendo que a confiança variava de médico para médico), seguiu-se nova tentativa de provar que os genéricos não são seguros por não serem bioequivalentes entre si, neste momento defendem que todos têm qualidade pois alegam que os médicos prescrevem sempre o que for mais barato, independentemente de qual for. Os argumentos variam mas o objectivo é sempre o mesmo. O tiro pode muito bem sair pela culatra, uma vez que a possibilidade de processo legal por difamação não é de descartar.
7. A OM defende o regresso ao Status Quo e, como a história nos tem demonstrado, os defensores do Status Quo tendem a falhar redondamente os seus objectivos.

Já há muito deixei de "passar cartão" aos disparates do bastonário da Ordem dos Médicos. Mas hoje a injúria é descarada e desmesurada. Num anúncio pago no Correio da Manhã a OM afirma: «Os doentes estão a ser enganados ao balcão das farmácias» - para sustentar esta enormidade apresentam um caso de alteração irregular, um em milhões!, que nem sequer está validado pelo Infarmed.
Acusar de vigarice, sem provas, 3.000 farmácias tem efeitos na saúde pública e é uma calúnia inadmissível que só pode ser tratada nos Tribunais.