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Amanita muscaria

Impressões de um Boticário de Província

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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Não se podem queixar muito as farmácias 

O mercado total de medicamentos, vendidos em farmácias comunitárias, diminuiu 11,7% em valor no ano de 2012.

A maior parte das actividades caiu bastante mais que 11,7% em 2012. Assim se explica porque de facto não fecham.

Peliteiro,   às  14:29

Comentários:

 

Só a corrupção aumentou 200%

 

 

 

O Sr. Peliteiro não tem mesmo ideia nenhuma das contas das Farmácia hoje em dia...

Volume não é igual a maior margem, dado que a partir de 50 euros a margem é fixa de 10 euros, e era nesses medicamentos que ainda se compensava as margens baixas.

Eu diria que em 3 anos o volume total de facturação das farmácia diminuiu 35 %, sendo que a margem líquida baixou 50 %, e os custos iguais.

E os armazéns já estão todos , sem excepção, encostados à parede, ainda vão primeiro que as farmácias...
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

O anónimo é que não sabe sequer ler um texto: eu falo de volume de vendas porque são dados oficiais, enquanto o senhor usa "eu-dirias" e inventa valores de "margens líquidas" ou lá o que é isso no SNC.
Factos homem, fale-me de factos. E já agora identifique-se quando ataca alguém.
# por Blogger Peliteiro : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Eu estou a falar-lhe de factos...o Sr. é que não os quer ver, continua a não aceitar a realidade do sector.

O sector está descapitalizado, endividado sem fornecimentos e sem margens viáveis.

A agonia não dura muito mais...
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Já agora para compararmos

Hotelaria: -2%

Comércio a Retalho: -6,7%

Venda automóveis novos: -37,9%


Serviços em geral: -9,8%

Índice de produção na construção (Não sei o que é): -17%

Indústria: -3%







Fontes:

Ine

(http://www.jornaldenegocios.pt/economia/detalhe/volume_de_negocios_no_comercio_a_retalho_caiu_67_em_2012.html)

Autoinforma

http://www.jornaldenegocios.pt/economia//detalhe/volume_de_negocios_nos_servicos_cai_125.html


Existem muitos mais para quem os quiser acrescentar.
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Lá está, considerando uma farmácia como uma empresa de serviços (Volume de negócios nos serviços cai 12,5%) pode-se dizer haver um alinhamento com a média...
# por Blogger Peliteiro : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Esses valores não são representativos da saúde financeira de um sector.

Se eu vender 1000 euros e a minha margem é 10 % ganho 100...
Se eu vender 300 mas a minha margem, negociada com fornecedores, for de 50% ganho 150...

Maior ou menor volume de vendas não representa maior rentabilidade...


# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

«Maior ou menor volume de vendas não representa maior rentabilidade...»

Óbvio.
Mas sobre a margem não temos dados, apenas sabemos isto: http://www.peliteiro.com/2011/11/mais-uma-grande-vitoria-da-anf.html
# por Blogger Peliteiro : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Continua a não querer ver...

...se o Sr. Peliteiro gostar realmente da Profissão, quererá prosperidade, profissionalismo e dignidade.

E um sector bem regulado com uma componente comercial liberal, não ao que assistimos nos dias de hoje, a política do Cliente que regula...nem os Comunistas iriam tão longe.
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Sim, Dr. peliteiro,sim, os dados são escassos e pouca gente sabe ao certo aonde anda, mas tenha paciência, as Far. sentem o chão a fugir dabaixo dos pés, e como dizia o outro o que parece é.
As Far. têm razão para se quixar e as dores dos outros não são refresco para as Far. (antes pelo contrário).
- F,Oliveira -

# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Penso que a comparação ideal é com o comércio a retalho e não com os serviços, dado que até é a que foi usada pela autoridade da concorrência no seu famoso estudo de 2005. Assim já se percebem melhor as queixas das farmácias e o facto de muitas estarem com a corda na garganta.
# por Blogger GreenMan : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Certo, Green, certo.
Não sei onde o Peliteiro quer chegar...
Será que pensa que quanto pior melhor?
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Não podemos comparar o nosso sector com nenhum...o nível de regulação e margens são absolutamente estúpidas.

O estado sabe cortar na casa dos outros porque não se sabe governar, se acontecesse o que se está a passar com as farmácias no sector do estado já tinha vindo tudo para a rua e até já tinha caído o governo.

Eu acho piada aos Hospitais, não há material , não há medicamentos , não se podem fazer exames, mas não há salários em atraso e continua-se apagar salários altíssimos que não são viáveis.
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Onde o dr. Peliteiro quer chegar?
Está a ver o ramo das análises a dar o cadilho..
Santa paciência, é o liberelismo desenfreado e à solta.
Quem semeia ventos colhe tempestades.
Agora só falta a liberdade de instalação.
E eu por mim, já estou por tudo!
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Green, lá porque a AdC usou a comparação com o comércio a retalho não quer dizer que seja a comparação ideal; continuo a preferir a comparação com empresas de serviços. De qualquer dos modos o raciocínio mantém-se porque a quebra em 2012 no retalho foi 8,6%.



(http://sicnoticias.sapo.pt/economia/2013/02/05/portugal-fecha-2012-com-segunda-maior-queda-nas-vendas-do-comercio-a-retalho-na-ue)
# por Blogger Peliteiro : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Volume de Vendas

Volume de Negócios

Valores para todos os gostos

"Lá está, considerando uma farmácia como uma empresa de serviços (Volume de negócios nos serviços cai 12,5%) pode-se dizer haver um alinhamento com a média..."

Caro Peliteiro, 12,5% foi a queda de Dezembro em relação ao mês homólogo.

Serviços em geral no ano de 2012 foi de 9,8%


Concordo que a queda nas farmácias foi semelhante a muitas outras áreas. Já agora qual foi a das Análises Clínicas? E era também interessante saber a da restauração.

Também concordo com o anónimo que volume de negócios sem mais nenhuma informação pouco diz do negócio.

Depois tudo se pode comparar. Convém é saber as diferenças entre sectores, senão será uma análise simplista.

# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Não. Nem tudo se pode comparar. Escusam de andar à roda. Uma queda de 11,7% no volume de vendas de 2012 não é o suficiente para justificar o fecho de mais de 600 farmácias; se fosse muitas outras actividades fechariam em massa. É esse o sentido do post e julgo que está bem claro.
Não há farmácias a fechar nem sequer a serem vendidas ao desbarato; apenas a sofrerem os efeitos da crise, como tantos outros sectores.
# por Blogger Peliteiro : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Eu também queria comparar com empresas de serviços, mas infelizmente o que temos mesmo é retalho. É essa a realidade. Neste blog já muito se falou sobre serviços e sobre a necessidade de mudar. Há neste momento uma oportunidade de ouro para de facto mudar o negócio para os serviços, vamos a ver se se aproveita.
Quanto ao resto, já se sabia que a história do luto foi a ANF a tentar meter a mão por baixo de alguns associados que andaram a gastar à tripa forra, e que agora estão aflitos. Terem metido 600 farmácias no mesmo barco, é que não foi sério. Mas tudo bem, pode ter sido a primeira manobra do cordeiro para se fazer ao piso da Camara de Cascais.
# por Blogger GreenMan : quinta-feira, fevereiro 14, 2013

 

 

 

Bom dia Dr Peliteiro,

Esqueçamos as 600 farmácias que iriam fechar.

Os pontos da ANF e das farmácias são (exclusivamente os financeiros):
- Redução do volume de vendas;
- Redução brutal da margem(muito mais significativa que a do volume de vendas);
- Aumento do número de embalagens dispensadas, o que inviabiliza a diminuição do quadro de pessoal e assim a diminuição de custos;
- Inexistência de solidariedade na diminuição dos custos (a margem da IF manteve-se e os Hospitais não diminuíram os custos);
- Diminuição dos medicamentos existentes no mercado pela IF, que não coloca, ou se coloca, não se sabe onde andam, e assim, mais uma vez, diminuição do volume de negócios;
- Inversão do negócio financeiro existente (antes pagava-se depois de se receber o montante das entidades e agora, em muitos casos, paga-se antes).

Quantas farmácias vão fechar, não faço ideia, sei apenas que muitas delas actuam no limite e em péssimas condições e que por isso se torna urgente alterar o esquema remuneratório e não vai ser pelo fee, que se fala, que se resolve alguma coisa, pois ele é apenas ridículo e insuficiente.

Não vale a pena vir dizer que não sabemos as margens e que por isso só podemos falar de facturação, pq claro que ainda não sabemos as margens nacionais anuais, e o valor da facturação (que desceu…) não quer dizer nada.

Só não vê quem não quiser. Basta frequentar a maior parte das farmácias e ver os problemas que existem.

As coisas não estão ainda piores pelas equipas das farmácias que se fartam de trabalhar de modo a não fechar portas e a assegurar o posto de trabalho e a assistência à população.

Tiago
# por Blogger Tiago : sexta-feira, fevereiro 15, 2013

 

 

 

Gostei muito Tiago.

Finalmente alguém, que sabe da poda, no meio destes comentários vazios de conteúdo.

O esquema remuneratório e a relação com os laboratórios têm de ser revistos.

Os armazenistas passaram de cooperativas, feitas por farmacêuticos, para melhorar o abastecimento e agora estão em concorrência directa com as farmácias.

As farmácias têm de poder pedir tudo directamente aos laboratórios.
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, fevereiro 15, 2013

 

 

 

Caro Tiago,
Os seus 6 pontos reduzem-se a três: o do volume de vendas estamos falados; o da margem, não me parece tão brutal (ainda que o desconheçamos, como já o disse antes) pela análise destes números http://goo.gl/ipSqd; o da tesouraria negativa, se considerarmos a caixa, tenho dúvidas.

Assim, resumindo, isto não está fácil, mas - outra vez - não está fácil para ninguém, há que gerir melhor, reduzir custos, ter estratégia...
Não podemos acreditar em tudo o que ouvimos, temos que ter sentido crítico, sobretudo sabendo que as agências de comunicação muitas vezes ampliam a mensagem até ao nível do absurdo.
# por Blogger Peliteiro : sexta-feira, fevereiro 15, 2013

 

 

 

Basicamente é o que o Tiago disse: volume is vanity, profit is sanity.

O dinheiro que fica na farmácia é a margem. Portanto é obviamente fútil estarmos a comparar facturações.

Em breve sairão os relatórios do banco de portugal para 2012 e aí veremos realmente para quanto baixou a margem bruta das farmácias.
# por Blogger Azrael : sexta-feira, fevereiro 15, 2013

 

 

 

«As farmácias têm de poder pedir tudo directamente aos laboratórios»

Sim, sigam essa via e depois admirem-se que os laboratórios, já agora, passem a distribuir directamente aos doentes crónicos.
# por Blogger Peliteiro : sexta-feira, fevereiro 15, 2013

 

 

 

Azrael, sim, disse bem, veremos. Até lá é como eu disse: as farmácias nem se podem queixar muito.
# por Blogger Peliteiro : sexta-feira, fevereiro 15, 2013

 

 

 

Caro peliteiro,

preferia que olhasse para a margem bruta de uma farmácia simplesmente como sendo a diferença entre o preço a que vende os produtos e o preço a que os comprou.

As percentagens das margens legais, úteis que possam ser para muita coisa, para o caso são quase irrelevantes e meramente teóricas. Isto porque para ter real noção do que significam teria de entrar em linha de conta com o número de embalagens vendidas em cada escalão de margem, descontos de fornecedores, depreciação de preços, etc...

Concordo que é preciso gerir melhor, reduzir custos e ter estratégia como sempre foi preciso, pelo menos para mim.

Mas independentemente disso tudo, se Portugal quiser ter este modelo de farmácia, o modelo tem que ser sustentável. Neste momento tudo aponta para que não seja.

Por ainda não terem fechado farmácias em catadupa não pode concluir que está tudo como dantes no quartel de Abrantes.

Se quer comparar números, por favor compare aqueles que fazem sentido: os da margem bruta. Sugiro margem bruta em percentagem da facturação para poder fazer a comparação com os restantes ramos de actividade, em valor absoluto para comparar com o próprio sector no passado.

A facturação pouco ou nada diz como já foi amplamente explicitado.
# por Blogger Azrael : sexta-feira, fevereiro 15, 2013

 

 

 

Mas repare Peliteiro, elas queixam-se porque se forem interessadas e tecnicamente capazes já sabem esses valores para si próprias, não precisam de epserar pelo BdP.

Claro que para a opinião pública e para o debate nacional só interessam os valores do banco de portugal, concordo, mas se até lá agissem como se nada passasse também não faria muito sentido.
# por Blogger Azrael : sexta-feira, fevereiro 15, 2013

 

 

 

Azrael,
Abençoado negócio em que as vendas caem 11,7% e isso "pouco nada diz".

As margens legais são margens mínimas e interessam porque não se afastam muito, com excepção do escalão mais caro, dos tradicionais 20+10%.

Isto começa a parecer conversa de malucos, repito, só falo de margens e EBITDA quanto se souberem de margens e de EBITDA.
# por Blogger Peliteiro : sexta-feira, fevereiro 15, 2013

 

 

 

Se estivessem muito mal de facto fechavam e vendiam-se. Isso é que é o facto e não todas essas patranhas que aqui escrevem.
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, fevereiro 15, 2013

 

 

 

Comecei neste blogue com 1 milhão (http://www.peliteiro.com/2007/03/anncio.html) em 2007, depois desci para meio milhão (http://www.peliteiro.com/2011/10/compro-farmacia-qualquer-por-meio.html) em 2011 e um dia destes faço nova oferta, talvez de 1/3 de milhão...
Música!
# por Blogger Peliteiro : sábado, fevereiro 16, 2013

 

 

 

Está mais do que visto o Sr. Peliteiro não percebe nada do que realmente se passa no sector.

Mesmo quando lhe é explicado de forma clara e objectiva.

Continua com a cassete...irra.
# por Anonymous Anónimo : sábado, fevereiro 16, 2013

 

 

 

Nem mais. Outro deveras interessante de analisar será o EBIDTA/Custos de financiamento. Abençoados "investidores" e DL 307/2007..Hossana!!
# por Anonymous Anónimo : sábado, fevereiro 16, 2013

 

 

 

Conheço cerca de 600 "investidores" ehehe
# por Anonymous Anónimo : sábado, fevereiro 16, 2013

 

 

 

Os donos das farmácias já não podem meter em despesas o ordenado dos netos ou o porsche das namoradas, é isso?*

*Sabendo que a esmagadora maioria dos donos são, por esta ordem, velhos carquéticos, filhos de papá farmacêutico ou médico e, lol, investidores (os tais 600).
# por Anonymous Anónimo : sábado, fevereiro 16, 2013

 

 

 

Existem muitos modelos de avaliação de empresas, mas reduzindo ao essencial, elas valem o que "alguém" está disposto a pagar por elas.

Desde à cerca de 2 anos as farmácias andam a ser vendidas a 1X a facturação (- dívidas).

Ou seja, o valor real delas não se tem alterado, não têm perdido valor.

Quem vende recebe menos, porque causa das dívidas, mas quem compra paga o mesmo.

Conclusão: O mercado acredita que as farmácias mantêm o seu valor e que as dívidas são resultado de má gestão, que os novos compradores acreditam poder reverter.

Se o mercado acreditasse que as farmácias tinham perdido valor, pagavam menos e não é isso que está a acontecer.

Tudo o resto são conjecturas, especulações e choradinhos...
# por Anonymous Anónimo : sábado, fevereiro 16, 2013

 

 

 

Sou um farmacêutico que trabalha na indústria farmacêutica.

Para já, enquanto não for despedido por causa da crise, tenho um salário simpático, carro da empresa e mais umas quantas regalias interessantes.

Vivo numa casa num bairro de classe média alta que já está practicamente paga e tenho poupado algum dinheiro, que quero acreditar está seguro no banco.

Tenho pós graduações e um mestrado, farto-me de trabalhar.

Mesmo assim, estou muito longe de ter ou valer um milhão de euros, que é o que vale qualquer farmácia média, descontadas as dívidas está claro.

O que estragou as farmácias foi a má gestão ajudada pelos armazenistas que davam crédito sem critério.

Digam o que digam, temos ainda perto de 3000 milionários em Portugal que ainda não deixaram de ser.

Não se queixem tanto
# por Anonymous Anónimo : sábado, fevereiro 16, 2013

 

 

 

Apenas uma pequena correcção: por um milhão de euros não compra mais que uma pequena farmácia.
# por Blogger Peliteiro : sábado, fevereiro 16, 2013

 

 

 

Ao anónimo que diz que "continuo com a cassete"' só quero explicar que o meu compromisso neste blogue é com a verdade e que nada me irrita mais que propaganda tendenciosa.
# por Blogger Peliteiro : sábado, fevereiro 16, 2013

 

 

 

"Ao anónimo que diz que "continuo com a cassete"' só quero explicar que o meu compromisso neste blogue é com a verdade e que nada me irrita mais que propaganda tendenciosa. "

Quanto mais depressa perder essa ideia , por ser completamente enviesada e fora da realidade, mais depressa verá o sector com maior clareza.

A sua busca para reentrar no negócio das Farmácias está a cegá-lo , e nada é pior do que um cego a fazer negócio.


# por Anonymous Anónimo : sábado, fevereiro 16, 2013

 

 

 

Não se preocupe, jogo sempre à defesa... ;) E os factos dão-me razão.
(Mas gostei do aforismo do cego e tê-lo-ei em consideração :)
# por Blogger Peliteiro : sábado, fevereiro 16, 2013

 

 

 

"Conclusão: O mercado acredita que as farmácias mantêm o seu valor e que as dívidas...Tudo o resto são conjecturas, especulações e choradinhos..."

Isto foi ironia empregue de forma muito dissimulada não foi?

É que senão está a querer realmente dizer que as "crenças" do mercado não são conjecturas nem especulações, algo que não faz sentido por definição.
# por Blogger Azrael : domingo, fevereiro 17, 2013

 

 

 

Peliteiro, neste momento dinheiro no banco bem aplicado rende tanto ou mais e dá menos trabalho. Acredito que melhore no médio prazo.
# por Blogger Azrael : domingo, fevereiro 17, 2013

 

 

 

Isto obviamente durante um ano para uma farmácia comprada pelo valor de facturação. E isto julgo que pode facilmente confirmar pelos dados do BdP de 2011, portanto reais.
# por Blogger Azrael : domingo, fevereiro 17, 2013

 

 

 

Autismo puro. O mercado compreende quer os compradores quer, obviamente, os vendedores. Não conheço outra medida econométrica para aferir o valor de algo, independente de se poder chamar crença, percepção de valor ou outro sinónimo a gosto. Em resumo não acrescenta nada à discussão.
Se rende mais no banco, então porque não se ajustam os agentes económicos (os tais tecnicamente capazes)? Como, muito bem disse, essas já devem conhecer o seu EBIDTA para 2012 e portanto não precisam de esperar pelo BdP. Porque não vendem a 0,8 da facturação? Num par de anos, a capitalização dos juros já permite recuperar o desconto da venda. Porque não o fazem? Ou investem noutro negócio mais rentável?

Mais uma vez a realidade tem sistematicamente desmentido o choro do Pedro e do Lobo. Já andam para fechar farmácias em Portugal desde 2011, pelo menos. Muito poucas fecharam ( e algumas dessas por outros motivos que não relacionados com insolvência, mas com processos judiciais devido à atribuições indevidas de alvará).
# por Anonymous Anónimo : domingo, fevereiro 17, 2013

 

 

 

E porque não vende o senhor o seu negócio.

Deve pensar que isto é só capitalistas puros.

Tenho menos de 4% de rentabilidade, vou mas é vender e meter no banco que tenho menos chatices e ganho o mesmo. Que comentário tão simplista.

É só estalar os dedos, nem se paga impostos sobre a venda, nem existe o custo de oportunidade perdida, nem existe uma vida e o gosto de trabalhar na área.

Ui fecharam umas 12 farmácias. Pouco, queremos é mais sangue que eu quero voltar a entrar no negócio.

As farmácias vão sobrevivendo, muitas estão na corda bamba, várias não têm medicamentos para vender, muitas despediram e passaram a pagar valores abaixo de 1000Euros brutos por um farmacêutico.

Quando vêm outros sectores a fazer choradinho que vão fechar x empresas não vêm para aqui indignar-se.

Exagero concordo, mas não é o país das maravilhas.
# por Anonymous Anónimo : domingo, fevereiro 17, 2013

 

 

 

Quem fez o comentário simplista do dinheiro no banco a render foi alguém, provavelmente da mesma área que o senhor. A minha questão era mais de retórica do que outra coisa.

Mas chegou lá, conclui que existe muito exagero e propaganda à volta da insustentabilidade e como foi precisamente , penso eu, o intuito da posta do Peliteiro. Não é o país das maravilhas, pois não. É um país falido e portanto todos temos que piorar o nosso nível de vida.

Como disse o anónimo que trabalha na indústria, poucos se podem gabar
de ter ou 1 milhãozito no banco ou um negóciozito que após venda apresente sensivelmente o mesmo resultado líquido. Menos choro.

Só mais uma ressalva, o seu custo-oportunidade depende da projecção da evolução que faz para o futuro da empresa. Se acha que será positivo pode falar de custo de oportunidade perdida. Se considera negativo, então o seu custo-oportunidade perdido é não pegar no dinheiro e colocá-lo noutro lado. Até pode ir trabalhar como como farmacêutico com os mil euritos brutos (se tiver sorte) na farmácia do vizinho.

Sem qualquer desrespeito.
# por Anonymous Anónimo : domingo, fevereiro 17, 2013

 

 

 

"Se rende mais no banco, então porque não se ajustam os agentes económicos (os tais tecnicamente capazes)? Como, muito bem disse, essas já devem conhecer o seu EBIDTA para 2012 e portanto não precisam de esperar pelo BdP. Porque não vendem a 0,8 da facturação?"

Porque provavelmente, tal como eu, acreditam que a rentabilidade acabará por melhorar num horizonte temporal de alguns anos.
# por Blogger Azrael : domingo, fevereiro 17, 2013

 

 

 

«Mas chegou lá, conclui que existe muito exagero e propaganda à volta da insustentabilidade e como foi precisamente , penso eu, o intuito da posta do Peliteiro» - Exactamente.

«Porque provavelmente, tal como eu, acreditam que a rentabilidade acabará por melhorar num horizonte temporal de alguns anos.» - Faz sentido, isso já é uma explicação para não se registarem transacções.
# por Blogger Peliteiro : domingo, fevereiro 17, 2013

 

 

 

Estamos todos de acordo portanto.

Deveras satisfatório ver conclusões que já estavam, obviamente, implícitas nos meus comentários anteriores.

Brilhante verificar que alguns interlocutores entram no domínio da tautologia para justificar posições anteriores contra premissas que inicialmente confrontaram ou tentaram ridicularizar. Afinal o espectro do "mercado", não é matéria da superstição. Alguns agentes económicos acreditam num futuro favorável no médio prazo, nomeadamente, os detentores de alvará e por isso o valor de mercado não desce (e acredito que não irá reduzir muito mais). Têm expectativas (apesar de admitir que se poderão não realizar). E o diabo está nos detalhes. Como se pode alegar que o modelo não é sustentável e ao mesmo tempo acreditar que o futuro será um pouco mais risonho. Algo esquizofrénico não? Pergunto-me se consideram que um futuro governo PS será o Messias do sector?

É legitimo que tentem encurtar o tempo para a recuperação, mas discutível que entrem em discursos catastrófistas visando amedrontar população para atingir esse fim.

Felizmente, ainda há cegos com os outros sentidos apurados e imunes à conversa de café.
# por Anonymous Anónimo : segunda-feira, fevereiro 18, 2013

 

 

 

Muita conversa e poucos factos. De "acho que" está o País farto e, por atacado, também a farmácia.

Eu não "acho que" a margem desceu brutalmente. e também não "acho que" a facturação desceu à bruta.
Eu sei que, na minha farmácia, bem gerida (presunção e água benta cada um toma a que quer...), as vendas desceram 3% em 2012. Sim, eu sei, é excelente, tendo em conta a conjuntura. Ainda assim, a EBITDA desceu 25%... e devo dizer que reduzi a equipa em número e reduzi os vencimentos por acordo, para além de outros custos que foram controlados.
Achar que isto é bom, porque os construtores à minha volta faliram e eu não, é a mesma coisa que dizer que até ao momento de morrer toda a gente aguenta... Ai aguenta, aguenta!
# por Anonymous Anónimo : segunda-feira, fevereiro 18, 2013

 

 

 

Caro anónimo da tautologia, presumindo que eu sou um desses "alguns interlocutores" a que se refere, volto a repetir a mensagem: o conjunto de crenças, minhas, suas, do Peliteiro ou dos proprietários, que define a vontade dos mercados, isso sim, são "conjecturas, especulações e choradinhos". Ou seja, opiniões.

Os factos são os números conhecidos até à data.

Assim sendo, tal como eu afirmei não sou tautólogo pois mantenho a minha posição inicial ponto por ponto.

Também não sou esquizofrénico ao acreditar que a sustentabilidade melhorará (uma opinião), e simultâneamente defender que o actual modelo não é sustentável a médio prazo(uma opinião que vários estudos independentes confirmam como facto). A minha sanidade mental justifica-se simplesmente porque também acredito que o modelo de remuneração das farmácias será alterado a muito curto prazo (novamente uma opinião).

Por último não tentei ridicularizar ninguém. Apenas gosto de deixar bem claro a diferença entre o que é opinião e facto, meus ou dos outros. Espero ter conseguido.
# por Blogger Azrael : segunda-feira, fevereiro 18, 2013

 

 

 

Felizmente que ainda existem Farmácias que se conseguem aguentar, vamos ver até quando...todo o sector está com falta de liquidez, até já os "melhores" armazéns já sofrem corte de fornecimentos por falta de pagamentos...
Encarar o problema do endividamento do sector de frente e encontrar uma forma de o reestruturar num todo e não às "pinguinhas".

Todo este tempo perdido a olhar para o moribundo, será que morre mesmo...nã está só a fingir...mas está mesmo mal...não está nada, está só a fingir...

Continuo a dizer: uma caixa de Sinvastatina custava 50 Euros , agora custa 4 Euros, quem é que andou a roubar os contribuintes.

Legislação em linha com a Europeia é pedir muito.
Muitos medicamentos têm comparticipações abaixo de 1 Euro!!!mas é obrigatório pedir receita no ato farmacêutco.

Não se esqueçam da regra dos 80/20 , 80% das farmácias representam , apenas, 20% do total facturado.

Acredito que ainda haja farmácias mais ou menos dentro dos 20% que representam 80% do total, essas sim têm volume de vendas.

As pequenas farmácias com 1 ou 2 colaboradores estão já mortas, e são essas que assumem o verdadeiro papel de Saúde junto da população em pequenas localidade, ou seja os verdadeiros "Boticários de Província", os que não têm Tweeter...
# por Anonymous Anónimo : segunda-feira, fevereiro 18, 2013

 

 

 

Os que não têm twiter, também não têm facebook ou, pior ainda, nem utilizar um email conseguem decentemente. Tanto que podiam fazer com essas e outras ferramentas para melhorar o serviço junto dessa tal população. A remuneração viria a seguir, assim soubessem demonstrar o seu valor. Mas isto sou só eu a delirar.
# por Blogger GreenMan : segunda-feira, fevereiro 18, 2013

 

 

 

«As pequenas farmácias com 1 ou 2 colaboradores estão já mortas, e são essas que assumem o verdadeiro papel de Saúde junto da população em pequenas localidade»

A rede de farmácias em Portugal está sobredimensionada, com um custo de distribuição muito alto, e a médio prazo será ajustada de modo a que nem todas as aldeolas tenham a sua própria farmácia (ou posto de colheita de análises, ou centro de saúde, etc.). Não temos dinheiro para tantos luxos.
# por Blogger Peliteiro : segunda-feira, fevereiro 18, 2013

 

 

 

Peliteiro, concordo consigo. Julgo que os habitantes dessas aldeolas não concordarão.
# por Blogger Azrael : segunda-feira, fevereiro 18, 2013

 

 

 

Afinal nem é preciso haver liberalização para se chegar ao mesmo ponto de fecho das pequenas farmácias... Como diria o saudoso Pessa "E esta, hein?"
Resta saber se o governo irá subsidiar essas pequenas farmácias, tal como no UK por exemplo, ou se pura e simplesmente as deixa cair.
# por Blogger GreenMan : segunda-feira, fevereiro 18, 2013

 

 

 

Por outro lado, com toda a probabilidade, a longo prazo essa menor acessibilidade à saúde vai acabar por gerar mais despesa seja em tratamentos que poderiam ser desnecessários seja em custo humano por mortes desnecessárias.

E provavelmente esses custos são superiores a manter a rede de farmácias.

Mas sem estudos não há decisões baseadas na evidência e em Portugal tomar decisões baseadas na evidência ainda não é prática disseminada.
# por Blogger Azrael : segunda-feira, fevereiro 18, 2013

 

 

 

Os habitantes da aldeola compreenderão que não podemos ter estabelecimentos de saúde em todos os cantos e esquinas, quer por ser caro, quer por não ser favorável a práticas de qualidade. Não será por isso que a saúde das populações será prejudicada...


Quanto aos estudos caro Azrael, desde que li os da AdC sobre farmácias fiquei convencido que há estudos para todos os bolsos.
# por Blogger Peliteiro : segunda-feira, fevereiro 18, 2013

 

 

 


Estou a ver que o GreenMan e o Peliteiro são uns liberais tecnocratas e como tal meros teóricos e perfeitos desconhecedores da realidade do nosso País.

Que se lixem as pessoas as aldeolas!!dizem eles...
Queremos é as pessoas da Cidade...isto vai ser como nos USA ou como no UK ...é verdade eu fui a um congresso de pessoal que sabe coisas e estuda, certo que nunca trabalharam no terreno, mas fazem conferências...

Quem gosta da profissão sabe que a sua importância na sociedade deve-se, na sua génese, à proximidade com a própria população.

A partir do momento que os farmacêuticos se afastaram das pessoas deu asneira da grossa.

Esqueçam as farmácias empresas, ou subsidiadas como diz o Green, trabalhem e dedique-se às pessoas elas saberão reconhecer o trabalho prestado.


# por Anonymous Anónimo : segunda-feira, fevereiro 18, 2013

 

 

 

Colega, gostava de lhe dar boas notícias, mas não lhe posso dizer além do que penso: centros de saúde com cardexes ferrugentos e um ou dois médicos obsoletos e farmácias com bancos de madeira e um farmacêutico com barba de semana à espera da recoveira da tarde são coisas de outro tempo.
;)
# por Blogger Peliteiro : segunda-feira, fevereiro 18, 2013

 

 

 

O que este "liberal tecnocrata" pode dizer é que a proximidade à população é relativa. Faz sentido manter três farmácias abertas numa vila que já não têm os 15000 habitantes de antigamente, devido à crise, emigração e envelhecimento e consequente diminuição da população? Se calhar 1 delas terá de fechar. E naquelas localidades que já nem os 3500hab têm, não fará mais sentido encontrar uma forma alternativa de assistência farmacêutica?
Concordo com o Azrael na questão da acessibilidade. De facto, a percepção dessas populações é que seriam abandonadas à sua sorte. Mas não sei se isso se reflectiria em mais custos, assim soubessemos trabalhar em prol dessas populações. Aqui, a questão da remuneração por serviço faz todo o sentido, sendo que teria de ir muito além da simples dispensa de medicamentos. E isto é o que muito gestor de farmácia ainda não conseguiu entender. A dispensa de medicamentos é hoje em dia uma questão meramente logistica logo, sem valor acrescentado. Ou fazemos mais que isso, ou não faz sentido em termos de sistema de saúde manter um sistema tão inefeciente.
# por Blogger GreenMan : terça-feira, fevereiro 19, 2013

 

 

 

Precisamente. Já a farmácia ser remunerada por ter comprovadamente contribuído para xx% de individuos sinalizados dessa população ter atingido, por exemplo, níveis desejáveis de PA ou de colesterol ou glicemia faz todo o sentido no meu entender. Dream on :)
# por Blogger Azrael : terça-feira, fevereiro 19, 2013

 

 

 

Um sector que viveu décadas á custa do orçamento de Estado. Não se esqueçam que Portugal FALIU. Não há dinheiro para manter sequer as reformas nos níveis actuais, nem sequer os hospitais a gastar à barba longa. Habituem-se. Criem valor. Ou fechem. O que fizeram ao que ganharam nas últimas décadas? Foram fortunas colossais, onde estão? Em vivendas? Vendam-nas. Em automóveis e férias? Gozaram-nos, agora acabou.
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 21, 2013

 

 

 

Décadas à custa do OE? Acho que está a confundir farmácias com função pública, hospitais e afins...
# por Blogger Azrael : quinta-feira, fevereiro 21, 2013

 

 

 

Quem comparticipou Omeprazol a 50€? Não foi o OE?
Quem subsidiou este sector foi, obviamente o OE durante décadas.
Agora que o Cordeiro vê que a vaca já não dá mais leite, vai-se embora, brincar com o império pessoal que entretanto criou
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 21, 2013

 

 

 

As pequenas farmácias pequenas não vão fechar. A "mama" acabou mas este ainda é um negócio com pernas para andar. Vejam o preço a que são vendidas as farmácias.
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 21, 2013

 

 

 

Já vi que este temas das farmácias dá sempre lugar a muitos comentários.
Este negócio não devia ter as limitações à abertura que tem. Nesta crise, mais do que em qualquer outra altura, o mercado devia estar a funcionar livremente, com liberdade de instalação.
Este desgoverno que se vê no sector é consequencia da falta de competividade do sector e de um modelo de negócio que funciona bem na "estufa" do proteccionismo.

# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 21, 2013

 

 

 

Quando cair um dos grandes distribuidores veremos o que acontece. Aí sim será o kaos!!!!!
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, fevereiro 21, 2013

 

 

 

"Quem comparticipou Omeprazol a 50€? Não foi o OE?”

Ahh, então por "sector" está-se a referir à indústria farmacêutica, não é? É que foram eles quem mais ganhou com isso. Até lhes aumentaram as margens há um par de anos atrás só porque sim pelas mãos do correia de campos.

Quem definiu o preço do omeprazol e que o comparticipava a 100% para os velhinhos foi esse mesmo OE por sua vontade própria com o intuito de ganhar votos.

Acho que "à custa do orçamento de estado" é uma frase que se aplica bem por exemplo à despesa hospitalar com medicamentos que não baixa um milímetro há largos anos, pelo contrário.
# por Blogger Azrael : quinta-feira, fevereiro 21, 2013

 

 

 

"Quando cair um dos grandes distribuidores veremos o que acontece. Aí sim será o kaos!!!!!"

Claramente...
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, fevereiro 22, 2013

 

 

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