Por aquilo que tenho visto, quem faz isto não tem medicamentos para vender, não paga a fornecedores nem aos funcionários. Há uns tempos dir-se-ia que era o mercado a funcionar. Hoje, é simplesmente o estrebuchar final do porco!
Perdem até começarem a fazer o mesmo. Depois perdem todos. E como fazer descontos é a estratégia mais fácil que existe para tentar atrair clientes todos o podem fazer.
Pode-se anunciar os descontos, mas só no estabelecimento. É proibido fazer publicidade a farmácias, assim como é proibido o farmacêutico fazer publicidade da sua actividade. Se calhar é uma das coisas que também devia mudar.
Promoções destas não são de admirar, e costumam mesmo ser o toque de finados.
O setor das farmácias está arruinado, à semelhança dos restantes setores do País. O armazenista Alliance Healthcare está a empurrar as Farmácias para o abismo, deixou simplesmente de considerar o pronto pagamento, à semelhança de outros parceiros das farmácias. A logica será ficar com as farmácias que não podem assumir as dividas(à semelhança do que aconteceu nos restantes países onde está implantada em que é dona de cadeias de farmacias), ou vai à falencia porque as farmacias deixarao de lhes fazer encomendas e serão as farmácias atraves da ANF a pagar a fatura(dividas). As farmacias atuais só serão viaveis se implementarem o pagamento de uma taxa de serviço(fee), ou se mudar a legislação laboral. Alguem pode defender a situação de p.e. se preparar uma suspensão de Amoxicilina cujo PVP é 2€, a farmácia fornece a agua destilada(0.07€), imprime no verso da receita o verbete(0.05€), dá o recibo(0.05€), imprime 2X na impressora fiscal(0.10€). Resultado, a Farmácia lucra 0.25€ e o utente paga 0(zero). Qual a racionalidade desta situação? Limitaram o lucro máximo de 10,45€, para Medicamentos cujo preço é > a 50€, esqueceram-se de limitar o lucro minimo. Atenção que há vários produtos comparticipados com PVP < a 2€. Toda a gente sensata e com uns dedos de testa(inteligencia)percebe que o resultado só pode ser o futuro resgate das farmacias, à semelhança deste País bonito, mas mal frequentado.
Essa é realidade actual. Querer atirar para a discussão a dicotomia patrão explorador / empregado explorado, no actual momento, simplesmente não faz qualquer sentido. Caso contrário é simplesmente patrão falido/empregado que deixa de o ser...
0.20€ de tinta por dispensa?! Parece-me excessivo, mas não descarto a hipótese. É como as rendas dos computadores, que da última vez que vi se aproximam muito da extorsão. Afinal, há que alimentar a máquina da Glintt... que tal, em vez de barafustar com os margens curtas do negócio, barafustar com os fornecedores dos tinteiros, material informático e afins?
Eu sei que existem pessoas que nunca tiveram que fazer contas das despesas correntes de uma empresa, eletricidade, comunicações, rendas, imi,s, condominios, papel para impressora e fotocopias, para balança e tensiometro, para Tpa, autocolantes para receitas, pilhas para comandos ou aparelhos de medição, tinteiros, toners, impressoras, etc. Também nunca pagaram salarios, TSU, IRS,s, PC,s ou PEC,s, IVA,s, SS, etc. Até há pessoas que dizem que o pagamento das dívidas é brincadeira de crianças. Bom será nunca ter estas pessoas como patroes porque a possibilidade de chegar ao fim do mes e não receber é grande e da empresa falir ainda maior. OBS:Às despesas minimas no aviamento de uma receita, faltou referir os cerca de 0.05€ da fotocopia x a quantidade necessaria para ficar uma copia com qualidade(às vezes precisamos de 3 ou 4), no caso das complementaridades, savida ou para csi. Se houver uma venda suspensa pode somar mais uns 0.05€, mais 0.05€ para o cartão FP(se o tiver) e mais 0.02€ do saco plastico. Se usar um autocolante com posologia poderá somar mais 0.015€. Se tivermos de ligar ao medico para esclarecer a receita ou pedir emprestado um produto esgotado(que são às centenas), então deverá somar mais 0.05€. Claro está que situações destas necessitariam dum pagamento mínimo de 1.5-2€, sob pena de haver prejuizo efetivo com o aviamento. Referir que as complementaridades ficam totalmente gratuitas para os utentes que adquiram medicamentos com preços iguais ou inferiores ao P.Ref. Mais, há farmácias que vendem a credito a organismos publicos e lares, com dividas com mais de 6 meses. Entretanto já pagaram IVA ao Estado 5 desses 6 meses, de valores que ainda não receberam e não sabem se chegarao a receber. Enfim, um Estado, em estado de colapso iminente. É necessário ser inteligente para perceber o clima de descapitalização em que se encontra o tecido empresarial portugues, fruto duma cultura irresponsavel que fomenta a preguiça, o facilitismo e o igualitarismo, em vez do trabalho, a exigencia e o empreendedorismo?
Caro Osório, remeto-o para o nª1 do artigo 35º do código deontológico da ordem dos farmacêuticos. Isto se ainda estiver em vigor, que ultimamente já não sei se não será letra morta. Já o Decreto-lei 307/2007, no artigo 28º, nº1, alinea d) obriga as farmácias a informar os utentes dos "descontos que concedam no preço dos medicamentos", só não diz se é exclusivamente no espaço da farmácia. Não sou perito em Direito, mas parece haver aqui um caso.
Eu só estranhei o valor da tinta, se calhar porque nunca tive a oportunidade de poder ter a minha farmácia. Se o topo não delega, e o empregado não passa cheques, como é suposto saber isso tudo? O que eu sei é que se esqueceu nessas contas todas do aluguer do equipamento informático e respectivo sistema. Já para não falar do ordenado de quem faz a dispensa. Assim, acho que as suas contas são um pouco de merceeiro. São 0.05€ para todas as impressões, independentemente de ser impresso em jacto de tinta, laser, ou fita, de ter o máximo de linhas impressas em receitas totalmente aviadas, ou só ter 2 linhas como o caso do cartão das FP. Mas não deixa de ter razão: são despesas que o Estado assumiu que as farmácias poderiam suportar sem dificuldades. Mas a incompetência dos governantes tem destas coisas, e nem CC se lembrou de cortar tanto sem assinar um "acordo" com a ANF.
Às vezes é dificil explicar o óbvio a pessoas com estigmas ou preconceitos ideológicos.
Há um franja da sociedade que pensa que tudo deve ser oferecido pelo Estado ou pelos restantes concidadãos. Daí a gratuitidade da constituição, o congelamento das rendas, os bairros sociais, o RMI, etc. No outro dia apareceu na comunicação social um assunto "polemico" que era o pagamento do copo de agua nos cafés. Isto só pode dar polemica numa sociedade exatamente, analfabeta e com preconceitos ideologicos estatizantes e anarquistas, do género é tudo nosso(portugal dos portugueses como dizia V Gonçalves) e ninguem paga nada. Como se o dono do café não tivesse de pagar a agua ao municipio, não só a do copo como da lavagem do mesmo, a eletricidade da secagem, o ordenado aos funcionários ou a si proprio e todos os outros impostos que são transversais às empresas. OBS: O desconto de 15% em medicamentos comparticipados que se vê no mupi, são revertidos em Vales de Desconto, o que não é despiciente.
A crer que a sua vontade para querer lucrar com impressões na farmácia, se transfere para outros ramos de negócio como os cafés onde se paga tanto pelo café como pelo copo de água, digamos que já deve ter a garagem cheia. Impressões a 5 cêntimos é o que qualquer loja de fotocópias cobra.Daí ter dito que esse valor me parece excessivo. Mas agora já sei que o dizer "há de tudo, como na farmácia" se alarga às impressões... a seguir, também quererá cobrar o copo de água que a srª. Felismina bebe na farmácia para tomar o comprimido da "tensão". Se há uma situação onde a falta de competição no mercado das farmácias se faz sentir é precisamente aqui: estas amenidades também contribuem para a qualidade percepcionada do serviço. Se a farmácia ao lado da do Carlos F. tiver a liberdade de não cobrar as impressões e os copos de água, lá vai a credibilidade de bom gestor de Carlos F. pelo cano...
Este é um custo que já podia nem existir. É preciso avançar rapidamente para a desmaterialização da receita, com um conveniente período de transição de não mais de 3 anos, para que os médicos acabem as vinhetas e os blocos de papel que compraram e para os dinossáuricos proprietários de farmácia aprenderem a usar um computador...
Sabia que em Junho de 2012, a Farmácia média em Portugal, encomendou, conferiu, arrumou, dispensou, aconselhou e facturou (Utente + Entidades) cerca de 8 810 embalagens de produtos.
Sabia que em Julho de 2012 os encargos salariais mensais da Farmácia média rondavam 15 572 euros. Logo só o custo salarial médio dos procedimentos mencionados por embalagem foi de cerca de 1,77 euro.
Acrescentando outros custos FSE + Varios esse valor passa para 3,09 euro por embalagem.
Fontes Cefar (pharmacy watch report junho 2012) + Estudo Avaliação Economica do Sector das Farmácias, (Universidade de Aveiro Prof Avelino Antão e Dr Carlos Grenha)
"os encargos salariais mensais da Farmácia média rondavam 15 572 euros"
Mas isso porque estão incluídos os vencimentos do jardineiro da quinta, do motorista da filha, das empregadas lá de casa e do filho mais velho, além do vencimento do marido reformado que tem mais um vencimento na botica enquanto joga roleta no casino de Espinho...
Caro Eduardo, Muito me apraz constatar que andamos a reflectir no mesmo. São dados importantes que lança para a discussão.
No entanto, permita-me interpretá-los doutra forma: No Estudo Avaliação Economica do Sector das Farmácias, consta que a mediana do salário de um farmacêutico adjunto na classe de farmácias média (a classe C), é de 1706€. O que, considerando os subsídios de natal e férias (que pelos vistos se vão manter) dará um salário mensal médio de 1990€ ((1706*14)/12)), que traduzido em valor dia será 90,5€ (1990/22 dias úteis). 90,5€/dia é equivalente a 0,19€/minuto, considerando que o adjunto faria 8h/dia. Não andarei longe da verdade se disser que um atendimento rondará em média os 5 minutos, pelo que o atendimento em si não custa mais de 1 euro, só considerando o salário do adjunto. A mim parece-me mais adequado pensar em custo por atendimento, pois em muitos há a dispensa de mais do que uma embalagem. No entanto, se considerámos os custos associados à dispensa (as impressões...) poderemos chegar a um outro valor. E isto, claro, são custos médios. Faça-se as contas ao salário do Farmacêutico "grau V" do novo CCT e este valor ainda desce mais.
Pode-se argumentar que quando são instituídas a primeira vez terapêuticas mais complexas, exige do farmacêutico mais tempo e atenção na interacção com o utente, logo dever-se-ia valorizar mais este acto, remunerando-o por embalagem. Mas em dispensas de repetição, a tendência será gastar menos tempo, e no entanto dispensam-se as mesmas embalagens. Para o cidadão, não me parece que seja uma situação muito justa, pois se no primeiro caso pagou por um serviço de dispensa e aconselhamento, no segundo iria pagar o mesmo somente por uma dispensa. E estamos a falar em farmácias que ainda valorizam o tempo que se passa em aconselhamento. Se falarmos naquelas em que o aconselhamento é remetido para um plano inferior, limitando-se às questões "são para si estes medicamentos" e "já sabe como toma" e "não quer levar também este shampoo" sem qualquer preocupação em averiguar da eficácia, segurança e adesão à terapêutica, é impossível convencer alguém da justiça de um pagamento por serviço.
O palpite sobre a eventual propriedade de porches e ferraris, é completamente irrealista, tal como as ideias que professam alguns bloguers que participam neste espaço de opinião. Tal como referi anteriormente noutras intervenções, há muito fanatismo ideologico nalgumas cabeças que pensam ser arautos da justiça e do conhecimento. Contudo não fazem a menor ideia do realismo da vida quotidiana, das suas dificuldades e da força necessária para as ultrapassar(resiliencia). Aprendi isso muito cedo, no contacto com o trabalho duro nos campos. Não querendo magoar ninguem, até porque há gente muito feliz vivendo na ignorancia, gostaria de referir que tenho ouvido ideias mais realistas e positivas a miudos de 15 anos.
"os encargos salariais mensais da Farmácia média rondavam 15 572 euros"
MENTIRA!
Isso só numa farmácia com uns 8 funcionários, DT inclusivé e pelo menos mais dois farmacêuticos. Ora isto NÃO É a farmácia média coisa nenhuma! Esse valor é absurdo e FALSO. Só se de facto nele estiver incluído o colégio do filho, a mesada da filha, o porteiro da casa, os telemóveis da família do dono da farmácia.
Ao contrário do Carlos F, ninguém tem noção dos custos de uma empresa.
Tenho a sensação que a maioria que aqui bota faladura nem sequer merece metade do salário que aufere...
A maioria dos farmacêuticos empregados até andavam contentes por darem cabo das Farmácias(esquecendo-se que o seu posto de trabalho e regalias dependem da mesma), quando forem para o desemprego ou passarem a ganhar 800 euros, que é de facto o único valor que dá para pagar neste momento, vão-se arrepender de não ter participado na luta das Farmácias.
"para quem se tem tanto em tão boa conta, tresanda a preconceito."
Não sei onde viram preconceito no que escrevi. Fiz umas contas rápidas, e não vi ninguém sequer contra-argumentar. Eu queria ver outros argumentos, discutir outras possibilidades, mas pelos vistos (e agora sim, vou ser preconceituoso), alguns farmacêuticos continuam a viver na idade do calhau rolado.
Vejo mais preconceito nos escritos seguintes de pessoas que acham que só existe uma realidade e que questioná-la é logo fanatismo ideológico.
Quanto ao caso, só disse que a lei não é clara em relação às farmácias. Nada a que não estejamos já habituados em Portugal. Quanto aos farmacêuticos, a lei é claríssima. O que perturba, é que actualmente está-se tudo a marimbar para o código deontológico, sobretudo os farmacêuticos proprietários. Se virem bem, o dito "cross-selling" atenta directamente contra esse código, assim como determinar o que o farmacêutico deve ou não vender. E depois acham que os empregados é que andam a "dar cabo das farmácias". Já dei para este peditório, não estou para alimentar mais destas aves raras.
E aparentemente, há ainda alguns farmacêuticos que têm dificuldades em interpretar textos. Falava-se do custo de um atendimento, não de uma empresa. Porque se o Estado tem de pagar todos os custos de uma empresa, mais vale estas passarem para o Estado. Mas isso, já se sabe, é uma heresia. "Onde é que já se viu o Estado poder ficar com as mais valias das farmácias?! Ele que pague os custos, que os lucros ficam para nós!" No fundo, o lusitano empreendedor gosta é disto: lucro máximo para custos mínimos.
Verdade, caro Green. Discutir ideias é só para alguns. Outros preferem ataques ad hominem para compensar falta de argumentos. As suas contas só pecaram, por não incluir a TSU paga pelo empregador.
Mas permitam-me outra abordagem: 8810 produtos a uma média de 2 por receita = 4405 receitas por mês = 200 receitas por dia.
A 7,5 minutos por atendimento/receita são necessários 1500 minutos de trabalho por dia.
480 minutos por funcionário/dia perfaz um total de 3 funcionários necessários.
Todo valores propositadamente por excesso, com 1 receita por atendimento a demorar 7,5 minutos e com todos 8810 produtos a serem medicamentos facturados e não produtos de parafarmácia (com margens brutas superiores)
Apenas revela uma diferença de 33% em relação à massa salarial média apresentada no estudo. Coisa pouca, atendendo que como todos sabemos a farmácia média em portugal emprega 4 farmacêuticos.
Porreiro pah, abram mais Universidades.
Até um miúdo de 15 anos consegue cheirar o bullshit no ar.
Verdade, caro Green. Discutir ideias é só para alguns. Outros preferem ataques ad hominem para compensar falta de argumentos. As suas contas só pecaram, por não incluir a TSU paga pelo empregador.
Mas permitam-me outra abordagem: 8810 produtos a uma média de 2 por receita = 4405 receitas por mês = 200 receitas por dia.
A 7,5 minutos por atendimento/receita são necessários 1500 minutos de trabalho por dia.
480 minutos por funcionário/dia perfaz um total de 3 funcionários necessários.
Todo valores propositadamente por excesso, com apenas 1 receita por atendimento a demorar 7,5 minutos e com todos 8810 produtos a serem medicamentos facturados e não produtos de parafarmácia (com margens brutas superiores)
Apenas revela uma diferença negativa de 33% em relação à massa salarial média apresentada no estudo. Coisa pouca, atendendo que como todos sabemos a farmácia média em portugal emprega 4 farmacêuticos.
Porreiro pah, abram mais Universidades. Até um miúdo de 15 anos consegue cheirar o bullshit no ar.
"Apenas revela uma diferença negativa de 33% em relação à massa salarial média apresentada no estudo. Coisa pouca, atendendo que como todos sabemos a farmácia média em portugal emprega 4 farmacêuticos."
Sarcasmo certo? Porque a farmácia média emprega 2 farmacêuticos e muitas até só um e o segundo em part-time...
o preconceito está, por exemplo, aqui: "...para os dinossáuricos proprietários de farmácia aprenderem a usar um computador".
Como se os dinossáuricos não proprietários não existissem ou fossem poucos. Ou como se fossem poucos os casos em que são os dinossáuricos proprietários que se vêm desesperados para fazer com que os modernos não proprietários aprendam a usar o computador para a utilização de ferramentas mais úteis do que youtube e facebook.
Mas há dúvida que o farmacêutico comunitário acabou? Por favor, acabe-se com o MICF e forme-se apenas técnicos de farmácia! Entre estudar 5 anos para ganhar 700€ ou 3 para ganhar 600€, parece-me claro o preferível.
Há farmácias em dificuldades que não hesitam em despedir e contratar mais barato. Há farmácias em dificuldade que tentam manter os postos de trabalho e remunerá-los dignamente. E há farmácias que se aproveitam do clima do país e das outras farmácias e despedem sem razão.
Mas acima de tudo, o que mais NOJO me mete nisto tudo, é o bastonário da OF. Antes um cromo como o da OM que DEFENDE os médicos do que aquela coisa que temos.
"Como se os dinossáuricos não proprietários não existissem ou fossem poucos".
Estes são de facto poucos. 65% dos farmacêuticos comunitários têm idade inferior a 45 anos (fonte:ANF). E se usam o facebook e o youtube, devem conseguir também usar o email. Logo, a literacia informática é superior neste escalão etário do que noutros. Se usam ou não mais do que o SIFARMA, depende muito da política de utilização de recursos humanos que o proprietário tem para a farmácia. Outro dado importante, é que o número de farmacêuticos comunitários aumentou 70% entre 2000 e 2009 (fonte: Infarmed), numa altura que, como se sabe, já não houve concursos para abertura de farmácias. Tirando os herdeiros formados em barda nas faculdades privadas, a larga maioria destes farmacêuticos são não proprietários e são imensamente mais aptos a lidar com as novas tecnologias do que os mais velhos.
Não é preconceito. É apenas uma metáfora para ilustrar a falta de literacia informática dos mais velhos, que é conhecida e que pode ser uma barreira à implementação da utilização da internet para uma futura desmaterialização da receita. Não é generalizável, como é óbvio. Acredito que haverá muitos que se adaptaram às novas tecnologias e cuja experiência profissional pode ser bem aproveitada, se se preocuparem mais com a profissão do que com o negócio. E o mesmo se pode dizer dos médicos.
Ainda tens esse mercedes?
ResponderEliminaro Que faz falta é qualquer pessoa poder ter uma farmácia!..como casas onde se vende melões!
ResponderEliminarNão me surpreende de todo. É só choradinho.
ResponderEliminarTiro no pé
ResponderEliminarOs farmacêuticos vão fazer petições aos políticos montados nos seus BMW e Lexus, vindos das suas casas na Lapa ou na Marechal...
ResponderEliminarDesavergonhados.
Por aquilo que tenho visto, quem faz isto não tem medicamentos para vender, não paga a fornecedores nem aos funcionários.
ResponderEliminarHá uns tempos dir-se-ia que era o mercado a funcionar. Hoje, é simplesmente o estrebuchar final do porco!
São tácticas embora eu não concorde com elas.
ResponderEliminarÉ o mesmo com as vendas de gasolina de supermercado. Vendem mais barato para chamarem mais clientes.
Ganham clientes e isso poderá compensar a redução da margem.
Quem perde muito são as farmácias na zona.
No entanto pensava que era proibido fazer publicidade a farmácias.
*Não concordo com elas no sector do medicamento.
ResponderEliminarO medicamento não é para ser consumido como alimento.
Não é ir logo a correr tomar um ben-u-ron só porque tem uma pequena dor de cabeça.
"Quem perde muito são as farmácias da zona"
ResponderEliminarPerdem até começarem a fazer o mesmo. Depois perdem todos. E como fazer descontos é a estratégia mais fácil que existe para tentar atrair clientes todos o podem fazer.
Pode-se anunciar os descontos, mas só no estabelecimento. É proibido fazer publicidade a farmácias, assim como é proibido o farmacêutico fazer publicidade da sua actividade. Se calhar é uma das coisas que também devia mudar.
ResponderEliminarPromoções destas não são de admirar, e costumam mesmo ser o toque de finados.
O setor das farmácias está arruinado, à semelhança dos restantes setores do País. O armazenista Alliance Healthcare está a empurrar as Farmácias para o abismo, deixou simplesmente de considerar o pronto pagamento, à semelhança de outros parceiros das farmácias. A logica será ficar com as farmácias que não podem assumir as dividas(à semelhança do que aconteceu nos restantes países onde está implantada em que é dona de cadeias de farmacias), ou vai à falencia porque as farmacias deixarao de lhes fazer encomendas e serão as farmácias atraves da ANF a pagar a fatura(dividas).
ResponderEliminarAs farmacias atuais só serão viaveis se implementarem o pagamento de uma taxa de serviço(fee), ou se mudar a legislação laboral. Alguem pode defender a situação de p.e. se preparar uma suspensão de Amoxicilina cujo PVP é 2€, a farmácia fornece a agua destilada(0.07€), imprime no verso da receita o verbete(0.05€), dá o recibo(0.05€), imprime 2X na impressora fiscal(0.10€). Resultado, a Farmácia lucra 0.25€ e o utente paga 0(zero). Qual a racionalidade desta situação? Limitaram o lucro máximo de 10,45€, para Medicamentos cujo preço é > a 50€, esqueceram-se de limitar o lucro minimo. Atenção que há vários produtos comparticipados com PVP < a 2€.
Toda a gente sensata e com uns dedos de testa(inteligencia)percebe que o resultado só pode ser o futuro resgate das farmacias, à semelhança deste País bonito, mas mal frequentado.
Caramba! É o salve-se quem poder!
ResponderEliminarVai lá, vai... e a passos agigantados!
Enfim, um comentário fundamentado e que demonstra a realidade de 90% das farmácias.
ResponderEliminarCom os donos a endividarem-se para aguentar o barco.
Saudações Farmacêuticas
Parabéns Carlos F. pelo seu comentário.
ResponderEliminarEssa é realidade actual. Querer atirar para a discussão a dicotomia patrão explorador / empregado explorado, no actual momento, simplesmente não faz qualquer sentido. Caso contrário é simplesmente patrão falido/empregado que deixa de o ser...
0.20€ de tinta por dispensa?!
ResponderEliminarParece-me excessivo, mas não descarto a hipótese. É como as rendas dos computadores, que da última vez que vi se aproximam muito da extorsão. Afinal, há que alimentar a máquina da Glintt... que tal, em vez de barafustar com os margens curtas do negócio, barafustar com os fornecedores dos tinteiros, material informático e afins?
Eu sei que existem pessoas que nunca tiveram que fazer contas das despesas correntes de uma empresa, eletricidade, comunicações, rendas, imi,s, condominios, papel para impressora e fotocopias, para balança e tensiometro, para Tpa, autocolantes para receitas, pilhas para comandos ou aparelhos de medição, tinteiros, toners, impressoras, etc. Também nunca pagaram salarios, TSU, IRS,s, PC,s ou PEC,s, IVA,s, SS, etc.
ResponderEliminarAté há pessoas que dizem que o pagamento das dívidas é brincadeira de crianças. Bom será nunca ter estas pessoas como patroes porque a possibilidade de chegar ao fim do mes e não receber é grande e da empresa falir ainda maior.
OBS:Às despesas minimas no aviamento de uma receita, faltou referir os cerca de 0.05€ da fotocopia x a quantidade necessaria para ficar uma copia com qualidade(às vezes precisamos de 3 ou 4), no caso das complementaridades, savida ou para csi. Se houver uma venda suspensa pode somar mais uns 0.05€, mais 0.05€ para o cartão FP(se o tiver) e mais 0.02€ do saco plastico. Se usar um autocolante com posologia poderá somar mais 0.015€. Se tivermos de ligar ao medico para esclarecer a receita ou pedir emprestado um produto esgotado(que são às centenas), então deverá somar mais 0.05€. Claro está que situações destas necessitariam dum pagamento mínimo de 1.5-2€, sob pena de haver prejuizo efetivo com o aviamento. Referir que as complementaridades ficam totalmente gratuitas para os utentes que adquiram medicamentos com preços iguais ou inferiores ao P.Ref.
Mais, há farmácias que vendem a credito a organismos publicos e lares, com dividas com mais de 6 meses. Entretanto já pagaram IVA ao Estado 5 desses 6 meses, de valores que ainda não receberam e não sabem se chegarao a receber. Enfim, um Estado, em estado de colapso iminente. É necessário ser inteligente para perceber o clima de descapitalização em que se encontra o tecido empresarial portugues, fruto duma cultura irresponsavel que fomenta a preguiça, o facilitismo e o igualitarismo, em vez do trabalho, a exigencia e o empreendedorismo?
«É proibido fazer publicidade a farmácias, assim como é proibido o farmacêutico fazer publicidade da sua actividade.»
ResponderEliminarGreen, qual o fundamento legal disto?
Caro Osório, remeto-o para o nª1 do artigo 35º do código deontológico da ordem dos farmacêuticos. Isto se ainda estiver em vigor, que ultimamente já não sei se não será letra morta. Já o Decreto-lei 307/2007, no artigo 28º, nº1, alinea d) obriga as farmácias a informar os utentes dos "descontos que concedam no preço dos medicamentos", só não diz se é exclusivamente no espaço da farmácia. Não sou perito em Direito, mas parece haver aqui um caso.
ResponderEliminarEu só estranhei o valor da tinta, se calhar porque nunca tive a oportunidade de poder ter a minha farmácia. Se o topo não delega, e o empregado não passa cheques, como é suposto saber isso tudo? O que eu sei é que se esqueceu nessas contas todas do aluguer do equipamento informático e respectivo sistema. Já para não falar do ordenado de quem faz a dispensa.
Assim, acho que as suas contas são um pouco de merceeiro. São 0.05€ para todas as impressões, independentemente de ser impresso em jacto de tinta, laser, ou fita, de ter o máximo de linhas impressas em receitas totalmente aviadas, ou só ter 2 linhas como o caso do cartão das FP. Mas não deixa de ter razão: são despesas que o Estado assumiu que as farmácias poderiam suportar sem dificuldades. Mas a incompetência dos governantes tem destas coisas, e nem CC se lembrou de cortar tanto sem assinar um "acordo" com a ANF.
Às vezes é dificil explicar o óbvio a pessoas com estigmas ou preconceitos ideológicos.
ResponderEliminarHá um franja da sociedade que pensa que tudo deve ser oferecido pelo Estado ou pelos restantes concidadãos. Daí a gratuitidade da constituição, o congelamento das rendas, os bairros sociais, o RMI, etc.
No outro dia apareceu na comunicação social um assunto "polemico" que era o pagamento do copo de agua nos cafés. Isto só pode dar polemica numa sociedade exatamente, analfabeta e com preconceitos ideologicos estatizantes e anarquistas, do género é tudo nosso(portugal dos portugueses como dizia V Gonçalves) e ninguem paga nada.
Como se o dono do café não tivesse de pagar a agua ao municipio, não só a do copo como da lavagem do mesmo, a eletricidade da secagem, o ordenado aos funcionários ou a si proprio e todos os outros impostos que são transversais às empresas.
OBS: O desconto de 15% em medicamentos comparticipados que se vê no mupi, são revertidos em Vales de Desconto, o que não é despiciente.
Carlos F. quantos Ferrari e Porsche é que já tem?
ResponderEliminarInveja precoce a do último anónimo.
ResponderEliminarEspero que o Carlos F tenha muitos Porsches e Ferraris.
A crer que a sua vontade para querer lucrar com impressões na farmácia, se transfere para outros ramos de negócio como os cafés onde se paga tanto pelo café como pelo copo de água, digamos que já deve ter a garagem cheia. Impressões a 5 cêntimos é o que qualquer loja de fotocópias cobra.Daí ter dito que esse valor me parece excessivo. Mas agora já sei que o dizer "há de tudo, como na farmácia" se alarga às impressões... a seguir, também quererá cobrar o copo de água que a srª. Felismina bebe na farmácia para tomar o comprimido da "tensão". Se há uma situação onde a falta de competição no mercado das farmácias se faz sentir é precisamente aqui: estas amenidades também contribuem para a qualidade percepcionada do serviço. Se a farmácia ao lado da do Carlos F. tiver a liberdade de não cobrar as impressões e os copos de água, lá vai a credibilidade de bom gestor de Carlos F. pelo cano...
ResponderEliminarEste é um custo que já podia nem existir. É preciso avançar rapidamente para a desmaterialização da receita, com um conveniente período de transição de não mais de 3 anos, para que os médicos acabem as vinhetas e os blocos de papel que compraram e para os dinossáuricos proprietários de farmácia aprenderem a usar um computador...
Sabia que em Junho de 2012, a Farmácia média em Portugal, encomendou, conferiu, arrumou, dispensou, aconselhou e facturou (Utente + Entidades) cerca de 8 810 embalagens de produtos.
ResponderEliminarSabia que em Julho de 2012 os encargos salariais mensais da Farmácia média rondavam 15 572 euros. Logo só o custo salarial médio dos procedimentos mencionados por embalagem foi de cerca de 1,77 euro.
Acrescentando outros custos FSE + Varios esse valor passa para 3,09 euro por embalagem.
Fontes Cefar (pharmacy watch report junho 2012) + Estudo Avaliação Economica do Sector das Farmácias, (Universidade de Aveiro Prof Avelino Antão e Dr Carlos Grenha)
Eduardo
"os encargos salariais mensais da Farmácia média rondavam 15 572 euros"
ResponderEliminarMas isso porque estão incluídos os vencimentos do jardineiro da quinta, do motorista da filha, das empregadas lá de casa e do filho mais velho, além do vencimento do marido reformado que tem mais um vencimento na botica enquanto joga roleta no casino de Espinho...
Caro Eduardo,
ResponderEliminarMuito me apraz constatar que andamos a reflectir no mesmo. São dados importantes que lança para a discussão.
No entanto, permita-me interpretá-los doutra forma:
No Estudo Avaliação Economica do Sector das Farmácias, consta que a mediana do salário de um farmacêutico adjunto na classe de farmácias média (a classe C), é de 1706€. O que, considerando os subsídios de natal e férias (que pelos vistos se vão manter) dará um salário mensal médio de 1990€ ((1706*14)/12)), que traduzido em valor dia será 90,5€ (1990/22 dias úteis). 90,5€/dia é equivalente a 0,19€/minuto, considerando que o adjunto faria 8h/dia. Não andarei longe da verdade se disser que um atendimento rondará em média os 5 minutos, pelo que o atendimento em si não custa mais de 1 euro, só considerando o salário do adjunto. A mim parece-me mais adequado pensar em custo por atendimento, pois em muitos há a dispensa de mais do que uma embalagem. No entanto, se considerámos os custos associados à dispensa (as impressões...) poderemos chegar a um outro valor. E isto, claro, são custos médios. Faça-se as contas ao salário do Farmacêutico "grau V" do novo CCT e este valor ainda desce mais.
Pode-se argumentar que quando são instituídas a primeira vez terapêuticas mais complexas, exige do farmacêutico mais tempo e atenção na interacção com o utente, logo dever-se-ia valorizar mais este acto, remunerando-o por embalagem. Mas em dispensas de repetição, a tendência será gastar menos tempo, e no entanto dispensam-se as mesmas embalagens. Para o cidadão, não me parece que seja uma situação muito justa, pois se no primeiro caso pagou por um serviço de dispensa e aconselhamento, no segundo iria pagar o mesmo somente por uma dispensa. E estamos a falar em farmácias que ainda valorizam o tempo que se passa em aconselhamento. Se falarmos naquelas em que o aconselhamento é remetido para um plano inferior, limitando-se às questões "são para si estes medicamentos" e "já sabe como toma" e "não quer levar também este shampoo" sem qualquer preocupação em averiguar da eficácia, segurança e adesão à terapêutica, é impossível convencer alguém da justiça de um pagamento por serviço.
GreenMan, para quem se tem tanto em tão boa conta, tresanda a preconceito.
ResponderEliminarO palpite sobre a eventual propriedade de porches e ferraris, é completamente irrealista, tal como as ideias que professam alguns bloguers que participam neste espaço de opinião. Tal como referi anteriormente noutras intervenções, há muito fanatismo ideologico nalgumas cabeças que pensam ser arautos da justiça e do conhecimento. Contudo não fazem a menor ideia do realismo da vida quotidiana, das suas dificuldades e da força necessária para as ultrapassar(resiliencia). Aprendi isso muito cedo, no contacto com o trabalho duro nos campos.
ResponderEliminarNão querendo magoar ninguem, até porque há gente muito feliz vivendo na ignorancia, gostaria de referir que tenho ouvido ideias mais realistas e positivas a miudos de 15 anos.
"os encargos salariais mensais da Farmácia média rondavam 15 572 euros"
ResponderEliminarMENTIRA!
Isso só numa farmácia com uns 8 funcionários, DT inclusivé e pelo menos mais dois farmacêuticos. Ora isto NÃO É a farmácia média coisa nenhuma! Esse valor é absurdo e FALSO. Só se de facto nele estiver incluído o colégio do filho, a mesada da filha, o porteiro da casa, os telemóveis da família do dono da farmácia.
A farmácia pode divulgar os descontos onde quiser...a lei não obriga a que seja no espaço da farmácia. Não existe aqui nenhum caso.
ResponderEliminarAo contrário do Carlos F, ninguém tem
ResponderEliminarnoção dos custos de uma empresa.
Tenho a sensação que a maioria que aqui bota faladura nem sequer merece metade do salário que aufere...
A maioria dos farmacêuticos empregados até andavam contentes por darem cabo das Farmácias(esquecendo-se que o seu posto de trabalho e regalias dependem da mesma), quando forem para o desemprego ou passarem a ganhar 800 euros, que é de facto o único valor que dá para pagar neste momento, vão-se arrepender de não ter participado na luta das Farmácias.
Só se lembram de Santa Bárbara...
"para quem se tem tanto em tão boa conta, tresanda a preconceito."
ResponderEliminarNão sei onde viram preconceito no que escrevi. Fiz umas contas rápidas, e não vi ninguém sequer contra-argumentar. Eu queria ver outros argumentos, discutir outras possibilidades, mas pelos vistos (e agora sim, vou ser preconceituoso), alguns farmacêuticos continuam a viver na idade do calhau rolado.
Vejo mais preconceito nos escritos seguintes de pessoas que acham que só existe uma realidade e que questioná-la é logo fanatismo ideológico.
Quanto ao caso, só disse que a lei não é clara em relação às farmácias. Nada a que não estejamos já habituados em Portugal. Quanto aos farmacêuticos, a lei é claríssima. O que perturba, é que actualmente está-se tudo a marimbar para o código deontológico, sobretudo os farmacêuticos proprietários. Se virem bem, o dito "cross-selling" atenta directamente contra esse código, assim como determinar o que o farmacêutico deve ou não vender. E depois acham que os empregados é que andam a "dar cabo das farmácias".
Já dei para este peditório, não estou para alimentar mais destas aves raras.
E aparentemente, há ainda alguns farmacêuticos que têm dificuldades em interpretar textos. Falava-se do custo de um atendimento, não de uma empresa. Porque se o Estado tem de pagar todos os custos de uma empresa, mais vale estas passarem para o Estado. Mas isso, já se sabe, é uma heresia. "Onde é que já se viu o Estado poder ficar com as mais valias das farmácias?! Ele que pague os custos, que os lucros ficam para nós!" No fundo, o lusitano empreendedor gosta é disto: lucro máximo para custos mínimos.
Verdade, caro Green. Discutir ideias é só para alguns. Outros preferem ataques ad hominem para compensar falta de argumentos.
ResponderEliminarAs suas contas só pecaram, por não incluir a TSU paga pelo empregador.
Mas permitam-me outra abordagem:
8810 produtos a uma média de 2 por receita = 4405 receitas por mês = 200 receitas por dia.
A 7,5 minutos por atendimento/receita são necessários 1500 minutos de trabalho por dia.
480 minutos por funcionário/dia perfaz um total de 3 funcionários necessários.
3 Farmacêuticos + 1 Farmacêutico para folgas férias fins-de semana, rotação de turnos corresponde em encargos salariais:
DT = 1975*1.2375*14/12 = 2851€/mês
ADJ= 1690*1.2375*14/12 = 2440€/mês
II = 1554*1.2375*14/12 = 2229€/mês
III= 1398*1.2375*14/12 = 2018€/mês
F.Armazém = 600 """""" = 866€/mês
Total = 10404€/mês
Todo valores propositadamente por excesso, com 1 receita por atendimento a demorar 7,5 minutos e com todos 8810 produtos a serem medicamentos facturados e não produtos de parafarmácia (com margens brutas superiores)
Apenas revela uma diferença de 33% em relação à massa salarial média apresentada no estudo. Coisa pouca, atendendo que como todos sabemos a farmácia média em portugal emprega 4 farmacêuticos.
Porreiro pah, abram mais Universidades.
Até um miúdo de 15 anos consegue cheirar o bullshit no ar.
Verdade, caro Green. Discutir ideias é só para alguns. Outros preferem ataques ad hominem para compensar falta de argumentos.
ResponderEliminarAs suas contas só pecaram, por não incluir a TSU paga pelo empregador.
Mas permitam-me outra abordagem:
8810 produtos a uma média de 2 por receita = 4405 receitas por mês = 200 receitas por dia.
A 7,5 minutos por atendimento/receita são necessários 1500 minutos de trabalho por dia.
480 minutos por funcionário/dia perfaz um total de 3 funcionários necessários.
3 Farmacêuticos + 1 Farmacêutico para folgas férias fins-de semana, rotação de turnos corresponde em encargos salariais:
DT = 1975*1.2375*14/12 = 2851€/mês
ADJ= 1690*1.2375*14/12 = 2440€/mês
II = 1554*1.2375*14/12 = 2229€/mês
III= 1398*1.2375*14/12 = 2018€/mês
F.Armazém = 600 """""" = 866€/mês
Total = 10404€/mês
Todo valores propositadamente por excesso, com apenas 1 receita por atendimento a demorar 7,5 minutos e com todos 8810 produtos a serem medicamentos facturados e não produtos de parafarmácia (com margens brutas superiores)
Apenas revela uma diferença negativa de 33% em relação à massa salarial média apresentada no estudo. Coisa pouca, atendendo que como todos sabemos a farmácia média em portugal emprega 4 farmacêuticos.
Porreiro pah, abram mais Universidades.
Até um miúdo de 15 anos consegue cheirar o bullshit no ar.
"Apenas revela uma diferença negativa de 33% em relação à massa salarial média apresentada no estudo. Coisa pouca, atendendo que como todos sabemos a farmácia média em portugal emprega 4 farmacêuticos."
ResponderEliminarSarcasmo certo? Porque a farmácia média emprega 2 farmacêuticos e muitas até só um e o segundo em part-time...
@greenman:
ResponderEliminaro preconceito está, por exemplo, aqui: "...para os dinossáuricos proprietários de farmácia aprenderem a usar um computador".
Como se os dinossáuricos não proprietários não existissem ou fossem poucos. Ou como se fossem poucos os casos em que são os dinossáuricos proprietários que se vêm desesperados para fazer com que os modernos não proprietários aprendam a usar o computador para a utilização de ferramentas mais úteis do que youtube e facebook.
Mas há dúvida que o farmacêutico comunitário acabou? Por favor, acabe-se com o MICF e forme-se apenas técnicos de farmácia! Entre estudar 5 anos para ganhar 700€ ou 3 para ganhar 600€, parece-me claro o preferível.
ResponderEliminarHá farmácias em dificuldades que não hesitam em despedir e contratar mais barato. Há farmácias em dificuldade que tentam manter os postos de trabalho e remunerá-los dignamente. E há farmácias que se aproveitam do clima do país e das outras farmácias e despedem sem razão.
Mas acima de tudo, o que mais NOJO me mete nisto tudo, é o bastonário da OF. Antes um cromo como o da OM que DEFENDE os médicos do que aquela coisa que temos.
"Como se os dinossáuricos não proprietários não existissem ou fossem poucos".
ResponderEliminarEstes são de facto poucos. 65% dos farmacêuticos comunitários têm idade inferior a 45 anos (fonte:ANF). E se usam o facebook e o youtube, devem conseguir também usar o email. Logo, a literacia informática é superior neste escalão etário do que noutros. Se usam ou não mais do que o SIFARMA, depende muito da política de utilização de recursos humanos que o proprietário tem para a farmácia.
Outro dado importante, é que o número de farmacêuticos comunitários aumentou 70% entre 2000 e 2009 (fonte: Infarmed), numa altura que, como se sabe, já não houve concursos para abertura de farmácias. Tirando os herdeiros formados em barda nas faculdades privadas, a larga maioria destes farmacêuticos são não proprietários e são imensamente mais aptos a lidar com as novas tecnologias do que os mais velhos.
Não é preconceito. É apenas uma metáfora para ilustrar a falta de literacia informática dos mais velhos, que é conhecida e que pode ser uma barreira à implementação da utilização da internet para uma futura desmaterialização da receita. Não é generalizável, como é óbvio. Acredito que haverá muitos que se adaptaram às novas tecnologias e cuja experiência profissional pode ser bem aproveitada, se se preocuparem mais com a profissão do que com o negócio. E o mesmo se pode dizer dos médicos.