Ainda há pouco mais de meio ano Pita Barros afirmava que «sendo importante [a redução de margem], não parece ser justificativo de uma falência generalizada das farmácias portuguesas»; agora, no entanto, vem-nos dizer que «a farmácia média está já a operar com margem negativa, não havendo qualquer capacidade de cobrir custos fixos. Nestas condições, será uma questão de pouco tempo até se assistir a um encerramento de farmácias».
O mundo muda muito depressa...
Organizemos o comentário:
ResponderEliminara) neste momento, tive acesso a números que não tinha na altura em que escrevi o post, e que permitem ter uma visão mais precisa da realidade.
b) segundo aspecto, na altura tomei como boa a análise do tribunal de contas, que no entanto após segunda leitura não me permite ter confiança no espaço de redução de margem que então era estimado. A minha visão na altura teve como base 1. o tribunal de contas dizer que em 2011 ainda havia espaço para reduzir margens, e 2. que a poupança pedida pelo MoU cabia nessa espaço. Neste momento, é para mim claro que as contas do Tribunal de Contas, que se limitou a actualizar os valores do estudo da Autoridade da Concorrência, não captaram a alteração de estrutura de custos (mais custos fixos) decorrente da legislação de 2007.
Em 2011 a situação, com a nova estrutura de custos já é complicada, mas acentua-se bastante em 2012.
c) a frase que cita do meu post do ano passado é escolhida a dedo, olhando para o resto do que está escrito dá para perceber que havia o pressuposto de redução de preços de 10%, e desde logo uma preocupação mesmo para esses valores com as farmácias de menor dimensão. Contudo, o aspecto de saber quais são as farmácias mais afectadas ainda está em aberto, e precisa de mais trabalho de análise.
Aqui posso apenas sugerir que se leia novamente o que foi escrito na altura: http://momentoseconomicos.wordpress.com/2011/11/18/farmacias-e-o-memorando-de-entendimento/
Por fim, usando uma frase que está na escrita na parede de uma instituição de ensino em Lisboa, se fosse o caso, estou sempre disposto a segui-lo: "Se não temo o erro, é só porque estou sempre pronto a emendá-lo"
E já agora fico à espera da sua opinião sobre a actual situação :D
Abraço,
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ResponderEliminarCaro Pita Barros, não entendo a comparação das suas duas frases como prova de um erro seu, mas antes como prova da rápida evolução da situação económica e financeira das farmácias e da percepção e dados que todos temos disso. Ou seja, como escrevi, especialmente na farmácia portuguesa, «o mundo muda muito depressa...».
ResponderEliminarAbraço
Estudos há-os para todos os gostos.
ResponderEliminarPeliteiro, aprecio a tua fina ironia...
ResponderEliminarO estudo peca por já estar desactualizado, o que é normal.
ResponderEliminarE obviamente que a situação das farmácias está pior que no estudo.
No entanto gostei de ler as previsões económicas sobre liberalizações de preço e entrada. Confesso que não tinha lido nenhum outro estudo semelhante.
O Prof. Pita Barros ainda será a favor da liberalização da abertura de farmácias ou já não???
ResponderEliminarO título induziu-me em erro. Pensava que se tratava do seu "amigo" Lopes de Castro.
ResponderEliminarGostava de ler uma resposta sua ao comentário ao post "Só visto"... apenas para tentar perceber essa visão liberal.
ResponderEliminarUm abraço.
Desculpe mfc. Já respondi, embora com uma pergunta...
ResponderEliminarLiberalismo ou morte. Darwin já explicou isto há muito. Não há volta a dar. O Socialismo morreu em 1989. O Feudalismo há-de sempre perdurar.
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