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terça-feira, 17 de julho de 2012

E tudo o vento levou

Ainda há pouco mais de meio ano Pita Barros afirmava que «sendo importante [a redução de margem], não parece ser justificativo de uma falência generalizada das farmácias portuguesas»; agora, no entanto, vem-nos dizer que «a farmácia média está já a operar com margem negativa, não havendo qualquer capacidade de cobrir custos fixos. Nestas condições, será uma questão de pouco tempo até se assistir a um encerramento de farmácias».
O mundo muda muito depressa...

11 comentários:

  1. Organizemos o comentário:
    a) neste momento, tive acesso a números que não tinha na altura em que escrevi o post, e que permitem ter uma visão mais precisa da realidade.
    b) segundo aspecto, na altura tomei como boa a análise do tribunal de contas, que no entanto após segunda leitura não me permite ter confiança no espaço de redução de margem que então era estimado. A minha visão na altura teve como base 1. o tribunal de contas dizer que em 2011 ainda havia espaço para reduzir margens, e 2. que a poupança pedida pelo MoU cabia nessa espaço. Neste momento, é para mim claro que as contas do Tribunal de Contas, que se limitou a actualizar os valores do estudo da Autoridade da Concorrência, não captaram a alteração de estrutura de custos (mais custos fixos) decorrente da legislação de 2007.
    Em 2011 a situação, com a nova estrutura de custos já é complicada, mas acentua-se bastante em 2012.

    c) a frase que cita do meu post do ano passado é escolhida a dedo, olhando para o resto do que está escrito dá para perceber que havia o pressuposto de redução de preços de 10%, e desde logo uma preocupação mesmo para esses valores com as farmácias de menor dimensão. Contudo, o aspecto de saber quais são as farmácias mais afectadas ainda está em aberto, e precisa de mais trabalho de análise.

    Aqui posso apenas sugerir que se leia novamente o que foi escrito na altura: http://momentoseconomicos.wordpress.com/2011/11/18/farmacias-e-o-memorando-de-entendimento/

    Por fim, usando uma frase que está na escrita na parede de uma instituição de ensino em Lisboa, se fosse o caso, estou sempre disposto a segui-lo: "Se não temo o erro, é só porque estou sempre pronto a emendá-lo"

    E já agora fico à espera da sua opinião sobre a actual situação :D

    Abraço,

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  2. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  3. Caro Pita Barros, não entendo a comparação das suas duas frases como prova de um erro seu, mas antes como prova da rápida evolução da situação económica e financeira das farmácias e da percepção e dados que todos temos disso. Ou seja, como escrevi, especialmente na farmácia portuguesa, «o mundo muda muito depressa...».
    Abraço

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  4. Estudos há-os para todos os gostos.

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  5. Peliteiro, aprecio a tua fina ironia...

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  6. O estudo peca por já estar desactualizado, o que é normal.

    E obviamente que a situação das farmácias está pior que no estudo.

    No entanto gostei de ler as previsões económicas sobre liberalizações de preço e entrada. Confesso que não tinha lido nenhum outro estudo semelhante.

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  7. O Prof. Pita Barros ainda será a favor da liberalização da abertura de farmácias ou já não???

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  8. O título induziu-me em erro. Pensava que se tratava do seu "amigo" Lopes de Castro.

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  9. Gostava de ler uma resposta sua ao comentário ao post "Só visto"... apenas para tentar perceber essa visão liberal.
    Um abraço.

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  10. Desculpe mfc. Já respondi, embora com uma pergunta...

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  11. Liberalismo ou morte. Darwin já explicou isto há muito. Não há volta a dar. O Socialismo morreu em 1989. O Feudalismo há-de sempre perdurar.

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