«No final da ação de formação os formandos estarão dotados dos conhecimentos técnico-científicos necessários para desenvolverem a sua atividade de forma eficaz e adequada. Desenvolverão igualmente uma visão alargada e atualizada sobre o fenómeno da Farmácia e da Ervanária.»
Esses são os novos "farmacêuticos".
ResponderEliminarInteressante o plano de estudos. Vejamos: "Técnicas de atendimento e Venda", "Introdução ao Marchandising". Tudo coisas que os verdadeiros farmacêuticos não apredem na faculdade, mas que os donos das farmácias lhes exigem desde logo, no primeiro emprego. Ou sabe vender e aumenta o valor da venda ou vai corrido. A farmácia está transformada numa autêntica mercearia e os seus donos, independentemente da sua formação, em autênticos merceeiros...
ResponderEliminarEu pergunto-me onde anda a Ordem dos Farmacêuticos no meio disto tudo. Eu pergunto-me mas sei a resposta: não quer saber, compactuando com o seu silêncio com os donos de farmácia. Mais valia rasgarem de vez o Código Deontológico cheio de mariquices e de mentiras. Querem fazer parecer estarem cheios de boas-intenções e nobilitar a profissão, mas na prática o espírito de merceeiro é o que importa às farmácias.
ResponderEliminarTem razão: Onde anda a Ordem , naturalmente como sempre a dar cobertura aos TAF da ANF ? Esquece que é de todos os farmacêuticos e não dos que só proprietários.Imensas Escolas, naturalmente utilizando o exemplo dos pseudos-cursos formados da ANF,avançam com objectivos que serão facilmente detectáveis,esquecendo a legislação respectiva, que só permite o exercício técnico em farmácia aos farmacêuticos e técnicos de farmácia pois só estes são os “ devidamente habilitados”.Por isto mais é de lamentar a Ordem não verificar, ou fazer que não percebe, que está a prejudicar a empregabilidade especialmente dos novos farmacêuticos
ResponderEliminarÉ uma alegria já estar reformado.
ResponderEliminarAs farmácias estão... uma porcaria.
Eu percebo este tipo de comentários amargurados. Eu também lamento o estado a que chegou a farmácia em Portugal.
ResponderEliminarNo entanto, os profissionais e os tão mal amados "donos de farmácias" não fazem mais que responder aquilo que a política lhes ordena.
Que sinais deu o governo nos últimos anos? Dêm descontos, abram 24 horas, baixem os preços, façam tudo de borla. Como se compreende, esta política não defende a excelência profissional mas sim a bandalheira.
Não vale a pena diabolizar os donos de farmácias e os seus lucros faraónicos (que já não existem...). Sem eles, não haverá emprego para ninguém. Acham que a liberalização vos safa? Então experimentem pedir ao banco um financiamento para montar a vossa botica...
Quanto a mim, estão a errar o alvo nas críticas que fazem. No actual momento, as farmácias que não forem GERIDAS vão fechar. As que forem olhadas apenas sob o ponto de vista profissional não têm qualquer hipótese. Esta é a triste realidade.
Onde preferem exercer? Numa farmácia perfeita profissionalmente e à beira da falência ou numa bem gerida em que seja pedido ao farmacêutico para complementar os seus conhecimentos com a prática de "cross-seling" e outras que estão agora em voga, mas que seja estável financeiramente?
Sol na eira e chuva no nabal seria o ideal, mas infelizmente, tal não é possível.
Venham daí os impropérios do costume! Mas utizem os chavões, como "burguês", "proletariado", "exploração da classe operária" que ficam sempre bem num discuso no século XXI.
"Mas utizem os chavões, como "burguês", "proletariado", "exploração da classe operária" que ficam sempre bem num discuso no século XXI."
ResponderEliminarInfelizmente, no século XXI voltámos a ter de usar desses chavões. Não deixa de ser curioso ainda haver pessoas que têm pruridos quando ouvem estas palavras... Se tem comichão, coça. Ou então meta Fenistil... :)
As farmácias terem de ser bem geridas acho que ninguém duvida. Que a generalidade não o foi nos últimos anos, também acho que não. Já aqui se escreveu bastante sobre isso e exemplos não faltam... Se a liberalização tivesse chegado há mais tempo, já há muito se tinha percebido isso, mas sendo assim, só agora com a crise é que as farmácias mais mal geridas vão fechar. Abotoaram-se bem com os lucros, mas desenvolver a profissão 'tá quieto!
A meu ver, a única saída é remunerar o acto farmacêutico como um serviço de saúde. O problema maior acaba por ser qual o valor desse serviço. As opiniões divergem mas, se o farmacêutico quer ter futuro e afirmar-se como profissional de saúde em vez de vendedor, têm de se separar as águas. Tem de se começar a pensar em passar a dispensa para os auxiliares e técnicos (já que têm técnicas de vendas no curriculo...), para que o farmacêutico tenha tempo para os serviços farmacêuticos diferenciados (PCFs, programas de gestão de doença, de educação para a saúde - não é fazer testes ao colesterol!), onde realmente pode fazer a diferença. Caso contrário, ter técnicos superiores de saúde, altamente especializados com mestrados e tudo a fazer "cross-selling", a debitar mensagens formatas pelo merchandise e a perder o espirito critico é meio caminho andado para a extinção da profissão.
Gerir bem uma farmácia é empurrar mais 2 ou 3 produtos a qum vem comprar umas aspirinas rara a "gripe" como eu vejo fazer sempre que vou a uma farmácia?
ResponderEliminarO clinete encolhe-se e compra, o Sr. Dr.é que sabe...
"fenómeno" da farmácia e ervanária?!... que tristeza!...
ResponderEliminarSim, o fenómeno das farmácias transformadas em mercearias!
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