Neste blogue já se fala de prescrição por denominação comum internacional desde, pelo menos, Maio de 2005.
Ou seja, se até eu, um humilde boticário de província, num modesto blogue, consegui enunciar regras óbvias de racionalidade económica para a prescrição de medicamentos, porque demoraram tanto tempo, 7 anos, os nossos ilustres representantes do povo, quem nos governa, a aplicá-las?
E porque razão o "reformista" Correia de Campos não as aplicou?
Mesmo contando com o empurrão da Troika há que reconhecer que Paulo Macedo tem mesmo uns grandes licopersicuns e a nova prescrição por DCI (até hoje em Portugal queria dizer "Dá Cá Indústria") - ainda que com umas cedências, como a excepção para tratamentos de mais de 28 dias - é a prova que este Ministro, este, enfrenta frontalmente os lóbis e as suas ridículas providências cautelares.
Paulo Macedo passa na dificílima Prova dos 9, contra médicos e farmacêuticos, e é, para mim, nestes vintes e tal anos de profissão, o Ministro da Saúde mais determinado, mais impermeável a interesses, razão pelo que muito provavelmente será o melhor, aquele que mais contribuiu para um SNS mais sustentável, mais eficiente e mais justo.
Fui o primeiro a comentar o post dos licopersicuns em Outubro de 2011 e agora sou o primeiro a comentar este.
ResponderEliminarTiro o chapéu a Paulo Macedo. Apesar de esta não ser a DCI que eu escreveria, está lá perto.
Admiro muito gente reformista, mesmo que tal resulte em prejuizo próprio.
ResponderEliminarSe a troika governasse este País desde 1974, garanto-vos que poderiamos ser uma pequena potencia económica.
Hoje, somos apenas a 4.ªeconomia com maior risco de bancarrota. Até ao inicio da semana éramos a 3.ª. Estamos a melhorar!
Eu já estou trocar medicamentos de marca por medicamentos genéricos de elevadíssima qualidade e por um custo reduzido. Já estou a fazê-lo de forma consciente a meu bel-prazer. Para a semana começo a receber chamadas para me ameaçarem dos ditos médicos do centro de saúde. Cá os espero!
ResponderEliminarEna!!! O Mário Peliteiro a dizer bem de alguém????
ResponderEliminarSim, mas quem passa na prova dos 9, é o Paulo Macedo ou o António Macedo?
ResponderEliminarPaulo; desculpem.
ResponderEliminarCautela: Os médicos não desistem assm!
ResponderEliminarAinda têm truques na manga.
Além disso, continuam a pensar que os Farmacêuticos são vendedores de caixinhas.
As farmácias com mais técnicos de Farmácia que Farmacêuticos só lhes dão razão!
Algumas dão-se ao luxo de só terem Farmacêuticos na folha de pagamentos!
O último parágrafo deste post é tipico de quem vive de olhos fechados... Impermeável a interesses? Só se for aos clássicos interesses na área da saúde: industria, médicos, enfermeiros, farmacêuticos. Porque aos interesses dos Mellos, Espirito Santos e outros que tais, não só é bastante permeável como tem sido um exemplar catalisador dos seus negócios.
ResponderEliminarE tem andado sempre em parelha com o seu secretário de estado que, da última vez que vi, queria cortar na qualidade (e duração) de vida dos doentes com cancro. Outra medida interessantíssima saída desta parelha, é aquela de adjudicar a contratação de médicos para o SNS a empresas de trabalho temporário para assim contratar especialistas a 600 euros. As consequências disto já toda a gente sabe quais são... Impermeável a interesses?! Se não fosse mentira, até tinha a sua piada...
PS: Para quando uma dessas empresas de trabalho temporário para farmacêuticos? É que 800 euros ainda é muito guito para uns gajos que só arrumam caixinhas... há que apertar com eles a ver se baixam os ordenados para 400 érios....
Aguarde GreenMan...
ResponderEliminarJá aparecem propostas de emprego para arquitectos a 500 euros. E ainda por cima ao abrigo do programa "Medida Estímulo 2012".
Também chegará a vez dos farmaceuticos.
"Chegará"!! Já chegou, infelizmente, até já ouvi pior. Sinais dos tempos.
ResponderEliminarGeenmen: 600 euros a quê?
ResponderEliminarÀ hora? Não acredito.
Nem ao dia.
Informe-se melhor,ou se tiver razão, mais uma vez fui burro.
Podia ter entrado em medicina, mas o amor à arte levou-me para a farmácia.
No meu tempo, 5 anos antes do 25 de
A. vindo do serviço militar, a dificuldade era igual.
Na minha idade já não vale a pena chorar sobre leite derramado.
Mas que foi burrice está à vista.
Hoje estava rico, soberbo e alarve!
Caro anónimo,
ResponderEliminarPode conferir a notícia aqui:
http://www.rtp.pt/noticias/?article=559522&layout=122&visual=61&tm=8&
A mim também me parece pouco, mas não me admira. É da forma que os tais grupos privados também poupam uns trocados...
Com que então Dr. Peliteiro, eu é que não tinha razão? Nunca faltaria trabalho nem bom salário aos médicos?
ResponderEliminarÉ o que se vê: http://www.medicointerno.com/index.php
Afinal não foi preciso esperar anos. ;)
Caro MedStudent, uma pequena percentagem de desemprego é sempre positiva... Democratiza o poder nas profissões, um pouco na mão do trabalhador, um pouco na mão de quem emprega. Sem desemprego, como (ainda) está a classe médica, o estímulo à qualidade é nulo. Qualquer papalvo negligente continuará a exercer, sem ter de se preocupar mais com a qualidade do seu trabalho do que lhe dita a consciência. E essa, cada qual tem a sua.
ResponderEliminarE fala daqui um trabalhador por conta de outrém!