Concluí o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas recentemente. Depois de passar por um estágio curricular, onde muita coisa ouvi e aprendi no que toca à chico-espertice, comecei a perceber que algo não estava bem no reino da farmácia. Não me enganei, mas com toda a certeza substimei a dimensão do problema. Depois de vários meses à procura de trabalho como farmacêutico e de várias entrevistas, cheguei à trágica e inevitável conclusão de que a profissão farmacêutica em Portugal está irremediavelmente podre. Por vários motivos, que passo a enunciar.
Para começar, os farmacêuticos ainda andam um bocado à nora, à procura do seu papel na sociedade actual. O avanço noutros países, e também em Portugal (se bem que por cá muito timidamente), tem sido no sentido de aproximar o farmacêutico de um profissional de saúde na verdadeira acepção do termo, ou seja, com uma verdadeira intervenção clínica, actuando na monitorização da terapêutica, na prevenção da doença ou até no diagnóstico e na terapêutica, com responsabilidades de prescrição, como no Reino Unido.
Em Portugal, contudo, é notório que a evolução tem sido no sentido da desvalorização progressiva do papel do farmacêutico na sociedade, tendo os decisores políticos olhado para ele mais como um custo acrescido, do que como um potencial elemento do sistema de saúde passível de acrescentar valor. Tanto assim é que nos últimos 5 anos várias medidas têm retirado ao farmacêutico a exclusividade que detinha em determinadas áreas, como sejam a responsabilidade técnica pelo medicamento de uso veterinário ou, mais recentemente, a dos medicamentos utilizados em imagiologia.
Parece-me improvável, até porque julgo que isso contrariaria de forma demasiado evidente normas de boas práticas ao nível europeu e internacional, que os farmacêuticos sejam destituídos da exclusividade sobre, por exemplo, a direcção dos serviços farmacêuticos hospitalares ou até das farmácias comunitárias. Mas, honestamente, já não ponho de todo as mãos no fogo. Em Portugal, não me admiraria nada que numa eventual situação de liberalização da instalação das farmácias, os sectores da grande distribuição interessados em constituir redes nacionais de farmácias (como, por exemplo, a SONAE através da Well's) fizessem pressão para que, à semelhança das "parafarmácias" que vendem MNSRM, também as farmácias pudessem ser dirigidas, indiferentemente, quer por farmacêuticos ou técnicos de farmácia. Nem me admiro nada que, no limite, a própria ANF seja capaz de o sugerir, a bem dos bolsos dos donos de farmácia actuais.
Em relação, por exemplo, à direcção técnica na produção de medicamentos, parece-me muito provável que, mais cedo ou mais tarde, deixe de ser exclusividade dos farmacêuticos - e em relação a isto, até muito me admiro de ainda não ter sido alterado, porque noutros países, como no Reino Unido, aceitam profissionais com outras formações de base (p.e., Química, salvo erro) para assumir essa função (a chamada "Qualified Person").
Para além de toda esta área de competências turva, há o desemprego, a precariedade e a exploração a que grande parte dos farmacêuticos, nomeadamente os jovens, estão sujeitos. Na profissão, e isso fica claro mesmo logo desde os anos de faculdade, há dois tipos de farmacêuticos, uma espécie de sistema de castas: os proprietários de farmácia, no topo da hierarquia, e os assalariados. As diferenças entre ambos são colossais, ao nível das diferenças sociais típicas dos países terceiro-mundistas, não muito diferente do que sucede no Brasil ou em Angola, onde uma pequena oligarquia detém mais de 90% da riqueza. Pois bem, na classe farmacêutica portuguesa é assim - e é-o cada vez mais, com a crise económica, e com a sede exploratória dos patrões.
O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, infelizmente, não tem qualquer força nas tomadas de decisão, não passando de um verbo-de-encher. Gabo-lhes o esforço, contudo! É que, compreensivelmente, a maioria dos farmacêuticos assalariados não está para pagar quotas a duas partes, por isso não se sindicalizam - é obrigatório estar inscrito na Ordem dos Farmacêuticos (e assim poder exercer a profissão) e, para tal, é preciso pagar as quotas (mais de 100 EUR/ano) e participar periodicamente em acções de formação dispendiosas para revalidar a carteira profissional (desde 75 EUR até, muitas outras, mais de 300 EUR!). Agora imaginem o que um farmacêutico assalariado, com sorte a receber 700/800 EUR brutos por mês (com descontos dá 500/600 e tal EUR) e a ter de sustentar Ordem e Sindicato - pura e simplesmente não dá.
Em relação à Ordem, bom, a Ordem dos Farmacêuticos é há muito tempo uma coutada da ANF e do João Cordeiro, por isso a Ordem, apesar de dizer o contrário, não defende todos os farmacêuticos. A Ordem está-se borrifando para a situação que muitos jovens farmacêuticos estão actualmente a viver, porque defender a dignidade do trabalho e dos direitos laborais não convém aos donos de farmácia (ou seja, aos associdos da ANF). Por isso, vai fazendo de surda e muda, como lhe convém.
Eu não sei o que é que a Ordem pensa fazer no futuro, mas presumo que não possa continuar a exigir quotas e revalidação da carteira profissional através da frequência das tais ditas acções de formação caríssimas quando há tantos farmacêuticos que só conseguem encontrar emprego em part-time e a fazer férias de outros funcionários - e onde para tal 400 EUR já é visto como uma remuneração excessiva - e outros tantos desempregados de longa duração. É uma vergonha, mas é a realidade com que nos deparamos.
Muito mais poderia ser dito, mas eu prefiro deixar uma nota final a qualquer jovem estudante a concluir o 12.º Ano de escolariade e que, eventualmente, esteja a pensar concorrer ao Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas. O meu conselho é FUJAM! Não acabem com a vossa vida, não percam 5 anos de estudo árduo e intenso para depois serem usados e abusados. O excesso de oferta leva as pessoas a aceitarem ordenados baixos que não se coadunam de todo com o trabalho que depois têm de realizar. E já ninguém nos respeita pelo que fazemos, estamos reduzidos à figura de um mero aviador de receitas e balconista, e as outras classes profissionais da área da saúde (médicos e enfermeiros) já nem nos respeitam (basta ver os constantes ataques do bastonário dos médicos aos farmacêuticos). Ou seja: é deprimente.
PS: Quero só acrescentar que isto é muito por culpa dos farmacêuticos portugueses, especificamente dos que foram proprietários de farmácia nas várias décadas em que a propriedade foi exclusividade do farmacêutico. Não valorizaram a profissão e os seus actos próprios e deixaram transparecer a imagem de que é indiferente estar atrás do balcão da farmácia um farmacêutico ou um mero ajudante técnico - e só recentemente com o 12.º Ano, no mínimo, mais um cursozeco básico, que até a própria ANF promove activamente! Limitaram-se a arcar com os rendimentos brutais das farmácias e a ostentar o luxo daí decorrente, sem pensarem em investir o mesmo no capital humano farmacêutico da farmácia: a sua lógica foi sempre a de um mínimo de farmacêuticos na farmácia. Só que durante muito tempo, o mercado escoava para as várias áreas de actividade, actualmente já nem para farmácia comunitária flui ininterruptamente. O futuro dos farmacêuticos jovens em Portugal é negro, até porque se eventualmente a liberalização da instalação de farmácias ocorrer e a grande distribuição entrar no sector, farão força para que, por lei, seja obrigatório apenas um farmacêutico por "loja" (director técnico), como já acontece com as Well's e afins, em que até um técnico de farmácia pode ser o responsável técnico - para além disso, até a própria ANF e o seu "mentor" João Cordeiro já fazem pressão junto do Governo para eliminar a obrigatoriedade de dois farmacêuticos por farmácia, com o argumento da insustentabilidade financeira das farmácias.
Parabéns ao Estagiário que já é Farmacêutico de corpo inteiro! :)
Queria só acrescentar que 100 euros por ano de quota da ordem é só no inicio. Depois, sobe sobe, e quando der conta já vai nos 220...
Quanto ao tema desta posta, é claramente uma comédia. "Notificar, com a antecedência mínima de três meses, as ruturas de stock transitórias, salvo casos de urgência devidamente justificada."?! Então têm 3 meses para avisar da ruptura de stock, mas não têm tempo para produzir mais para fazer face a essa ruptura? Não entendo estes meandros...
Portugal devia fechar as universidades... Formam-se pessoas com qualidade para irmos trabalhar para outros países, (pagar impostos para sustentar universidades desses países) ou para fazer o que poderíamos fazer com o 12º ano! É uma estratégia muito pouco custo-efectiva...
Ouvi dizer que a Ordem está a celebrar um acordo com a ANF para permitirem o uso de chicote na Farmácia. A ordem já alterou a tabela salarial, a pena inicia-se em Farmacêutico escravo grau V a grau I, quanto menor o grau menor o número de chicotadas. O dono passa a ser chamado de Sr. Dr. Mestre e usa cartão dourado da Ordem dos Farmacêuticos donos de farmácia com o autógrafo do venerável Bastonário... O Bastonário como o próprio nome diz passa a ter autorização para dar "bastonadas" nos farmacêuticos que se recusem a pagar o dizimo, ou quotas... O Robin das Farmácias já disse que pretende acabar com o reinado de Mauricius e Corderius. Os donos de Farmácias passam a estar isentos de quotas. Nas farmácias que só tenham um farmacêutico, este pode ser acorrentado ao balcão para se habituar à ideia de que vai estar preso e que as férias acabaram...
A ver vamos...
ResponderEliminarAs esperanças são poucas,mas pode resultar!
Concluí o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas recentemente. Depois de passar por um estágio curricular, onde muita coisa ouvi e aprendi no que toca à chico-espertice, comecei a perceber que algo não estava bem no reino da farmácia. Não me enganei, mas com toda a certeza substimei a dimensão do problema. Depois de vários meses à procura de trabalho como farmacêutico e de várias entrevistas, cheguei à trágica e inevitável conclusão de que a profissão farmacêutica em Portugal está irremediavelmente podre. Por vários motivos, que passo a enunciar.
ResponderEliminarPara começar, os farmacêuticos ainda andam um bocado à nora, à procura do seu papel na sociedade actual. O avanço noutros países, e também em Portugal (se bem que por cá muito timidamente), tem sido no sentido de aproximar o farmacêutico de um profissional de saúde na verdadeira acepção do termo, ou seja, com uma verdadeira intervenção clínica, actuando na monitorização da terapêutica, na prevenção da doença ou até no diagnóstico e na terapêutica, com responsabilidades de prescrição, como no Reino Unido.
Em Portugal, contudo, é notório que a evolução tem sido no sentido da desvalorização progressiva do papel do farmacêutico na sociedade, tendo os decisores políticos olhado para ele mais como um custo acrescido, do que como um potencial elemento do sistema de saúde passível de acrescentar valor. Tanto assim é que nos últimos 5 anos várias medidas têm retirado ao farmacêutico a exclusividade que detinha em determinadas áreas, como sejam a responsabilidade técnica pelo medicamento de uso veterinário ou, mais recentemente, a dos medicamentos utilizados em imagiologia.
Parece-me improvável, até porque julgo que isso contrariaria de forma demasiado evidente normas de boas práticas ao nível europeu e internacional, que os farmacêuticos sejam destituídos da exclusividade sobre, por exemplo, a direcção dos serviços farmacêuticos hospitalares ou até das farmácias comunitárias. Mas, honestamente, já não ponho de todo as mãos no fogo. Em Portugal, não me admiraria nada que numa eventual situação de liberalização da instalação das farmácias, os sectores da grande distribuição interessados em constituir redes nacionais de farmácias (como, por exemplo, a SONAE através da Well's) fizessem pressão para que, à semelhança das "parafarmácias" que vendem MNSRM, também as farmácias pudessem ser dirigidas, indiferentemente, quer por farmacêuticos ou técnicos de farmácia. Nem me admiro nada que, no limite, a própria ANF seja capaz de o sugerir, a bem dos bolsos dos donos de farmácia actuais.
ResponderEliminarEm relação, por exemplo, à direcção técnica na produção de medicamentos, parece-me muito provável que, mais cedo ou mais tarde, deixe de ser exclusividade dos farmacêuticos - e em relação a isto, até muito me admiro de ainda não ter sido alterado, porque noutros países, como no Reino Unido, aceitam profissionais com outras formações de base (p.e., Química, salvo erro) para assumir essa função (a chamada "Qualified Person").
Para além de toda esta área de competências turva, há o desemprego, a precariedade e a exploração a que grande parte dos farmacêuticos, nomeadamente os jovens, estão sujeitos. Na profissão, e isso fica claro mesmo logo desde os anos de faculdade, há dois tipos de farmacêuticos, uma espécie de sistema de castas: os proprietários de farmácia, no topo da hierarquia, e os assalariados. As diferenças entre ambos são colossais, ao nível das diferenças sociais típicas dos países terceiro-mundistas, não muito diferente do que sucede no Brasil ou em Angola, onde uma pequena oligarquia detém mais de 90% da riqueza. Pois bem, na classe farmacêutica portuguesa é assim - e é-o cada vez mais, com a crise económica, e com a sede exploratória dos patrões.
O Sindicato Nacional dos Farmacêuticos, infelizmente, não tem qualquer força nas tomadas de decisão, não passando de um verbo-de-encher. Gabo-lhes o esforço, contudo! É que, compreensivelmente, a maioria dos farmacêuticos assalariados não está para pagar quotas a duas partes, por isso não se sindicalizam - é obrigatório estar inscrito na Ordem dos Farmacêuticos (e assim poder exercer a profissão) e, para tal, é preciso pagar as quotas (mais de 100 EUR/ano) e participar periodicamente em acções de formação dispendiosas para revalidar a carteira profissional (desde 75 EUR até, muitas outras, mais de 300 EUR!). Agora imaginem o que um farmacêutico assalariado, com sorte a receber 700/800 EUR brutos por mês (com descontos dá 500/600 e tal EUR) e a ter de sustentar Ordem e Sindicato - pura e simplesmente não dá.
ResponderEliminarEm relação à Ordem, bom, a Ordem dos Farmacêuticos é há muito tempo uma coutada da ANF e do João Cordeiro, por isso a Ordem, apesar de dizer o contrário, não defende todos os farmacêuticos. A Ordem está-se borrifando para a situação que muitos jovens farmacêuticos estão actualmente a viver, porque defender a dignidade do trabalho e dos direitos laborais não convém aos donos de farmácia (ou seja, aos associdos da ANF). Por isso, vai fazendo de surda e muda, como lhe convém.
Eu não sei o que é que a Ordem pensa fazer no futuro, mas presumo que não possa continuar a exigir quotas e revalidação da carteira profissional através da frequência das tais ditas acções de formação caríssimas quando há tantos farmacêuticos que só conseguem encontrar emprego em part-time e a fazer férias de outros funcionários - e onde para tal 400 EUR já é visto como uma remuneração excessiva - e outros tantos desempregados de longa duração. É uma vergonha, mas é a realidade com que nos deparamos.
Muito mais poderia ser dito, mas eu prefiro deixar uma nota final a qualquer jovem estudante a concluir o 12.º Ano de escolariade e que, eventualmente, esteja a pensar concorrer ao Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas. O meu conselho é FUJAM! Não acabem com a vossa vida, não percam 5 anos de estudo árduo e intenso para depois serem usados e abusados. O excesso de oferta leva as pessoas a aceitarem ordenados baixos que não se coadunam de todo com o trabalho que depois têm de realizar. E já ninguém nos respeita pelo que fazemos, estamos reduzidos à figura de um mero aviador de receitas e balconista, e as outras classes profissionais da área da saúde (médicos e enfermeiros) já nem nos respeitam (basta ver os constantes ataques do bastonário dos médicos aos farmacêuticos). Ou seja: é deprimente.
PS: Quero só acrescentar que isto é muito por culpa dos farmacêuticos portugueses, especificamente dos que foram proprietários de farmácia nas várias décadas em que a propriedade foi exclusividade do farmacêutico. Não valorizaram a profissão e os seus actos próprios e deixaram transparecer a imagem de que é indiferente estar atrás do balcão da farmácia um farmacêutico ou um mero ajudante técnico - e só recentemente com o 12.º Ano, no mínimo, mais um cursozeco básico, que até a própria ANF promove activamente! Limitaram-se a arcar com os rendimentos brutais das farmácias e a ostentar o luxo daí decorrente, sem pensarem em investir o mesmo no capital humano farmacêutico da farmácia: a sua lógica foi sempre a de um mínimo de farmacêuticos na farmácia. Só que durante muito tempo, o mercado escoava para as várias áreas de actividade, actualmente já nem para farmácia comunitária flui ininterruptamente. O futuro dos farmacêuticos jovens em Portugal é negro, até porque se eventualmente a liberalização da instalação de farmácias ocorrer e a grande distribuição entrar no sector, farão força para que, por lei, seja obrigatório apenas um farmacêutico por "loja" (director técnico), como já acontece com as Well's e afins, em que até um técnico de farmácia pode ser o responsável técnico - para além disso, até a própria ANF e o seu "mentor" João Cordeiro já fazem pressão junto do Governo para eliminar a obrigatoriedade de dois farmacêuticos por farmácia, com o argumento da insustentabilidade financeira das farmácias.
ResponderEliminarParabéns ao Estagiário que já é Farmacêutico de corpo inteiro! :)
ResponderEliminarQueria só acrescentar que 100 euros por ano de quota da ordem é só no inicio. Depois, sobe sobe, e quando der conta já vai nos 220...
Quanto ao tema desta posta, é claramente uma comédia. "Notificar, com a antecedência mínima de três meses, as ruturas de stock transitórias, salvo casos de urgência devidamente justificada."?! Então têm 3 meses para avisar da ruptura de stock, mas não têm tempo para produzir mais para fazer face a essa ruptura? Não entendo estes meandros...
Concordo com tudo o que o
ResponderEliminar@Farmacêutico disse!
Só falta a palavra DESILUSÃO algures pelo texto!!
Portugal devia fechar as universidades... Formam-se pessoas com qualidade para irmos trabalhar para outros países, (pagar impostos para sustentar universidades desses países) ou para fazer o que poderíamos fazer com o 12º ano! É uma estratégia muito pouco custo-efectiva...
ResponderEliminarConcordo com o Farmacêutico.
ResponderEliminarÉ triste ser jovem farmacêutico em Portugal. Simplesmente triste.
Se hoje estivesse a escolher o curso que iria fazer, não seria este de certeza. Viver do ar ninguém vive e viver em humilhação é triste.
Ouvi dizer que a Ordem está a celebrar um acordo com a ANF para permitirem o uso de chicote na Farmácia. A ordem já alterou a tabela salarial, a pena inicia-se em Farmacêutico escravo grau V a grau I, quanto menor o grau menor o número de chicotadas. O dono passa a ser chamado de Sr. Dr. Mestre e usa cartão dourado da Ordem dos Farmacêuticos donos de farmácia com o autógrafo do venerável Bastonário... O Bastonário como o próprio nome diz passa a ter autorização para dar "bastonadas" nos farmacêuticos que se recusem a pagar o dizimo, ou quotas... O Robin das Farmácias já disse que pretende acabar com o reinado de Mauricius e Corderius. Os donos de Farmácias passam a estar isentos de quotas. Nas farmácias que só tenham um farmacêutico, este pode ser acorrentado ao balcão para se habituar à ideia de que vai estar preso e que as férias acabaram...
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