Caro Azrael, isso era no tempo dos robalos. Agora, acredito, não estamos em marés de grandes varadas.

 

 

Sim, a coisa tem lógica:
O Peliteiro pensa investir numa farmácia.
O dinheiro nos bancos não está seguro.
As análises vão levar um rombo.
Receitas por D.C.I.(sem nome do fabricante) são garantia de melhores compras.
As farmácias vão continuar com proteção.
Conclusão:A farmácia bem gerida é profissão aliciante e bom negócio.

(Moita Carrasco)

 

 

Isto das solanacias tem muito que se lhe diga. Talvez saiam batatas.

 

 

Treta. Não vai acontecer. A IF e os médicos não vão deixar.

 

 

Não vai acontecer? vai, vai.
É limpinho!
Sem apelo nem agravo!
A sorte favoreceu a ANF.
Espero que agora não faça asneira(não seria a primeira vez).

(Moita Carrasco)

 

 

E vai te-los no sitio para abrir o concurso para os tais 300 alvarás?

 

 

Agarrem-se, que o concurso também virá.
Podem não ser 300,mas ainda há por aí muitos lugares.
E ainda bem!
--Atenção á Grécia--

(Moita Carrasco)

 

 

Estamos todo a subestimar o lobby da grande distribuição nesta história da abertura de farmácias. Liberalizar não vão, mas vai sair um despacho qualquer que passa as Wells a farmácias ou coisa do género.

 

 

E depois é só ver como os genéricos "continente" fazem furor. Mais do que o que 2700 farmácias individuais (ou mesmo agrupadas em pequenos grupos), as Wells como farmácias iriam aproveitar a DCI e arrasar com as pequenas empresas de genéricos. Aguentavam-se as grandes e a que fornecesse as Wells!

 

 

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Para as farmácias facilita muita a logística. Já não terão de ter o mesmo genérico repetido por N companhias.
Para a indústria levará a uma alteração da forma como os genéricos são promovidos. A escolha da empresa que fornece o genérico dispensado passará a ser feita apenas na farmácia (ou na central de compras de grupos como o Holon). A aposta em forças de vendas de genéricos a visitar médicos será revista (muitos delegados despedidos). A capacidade de dar boas condições comerciais às farmácias será ainda mais importante e logo também o serão as economias de escala (fusões, aquisições e falências). A imagem das companhias junto dos consumidores finais será neste contexto também mais relevante. A aguardar, o texto exato da lei, as nuances que contem e a margem de manobra dos diferentes intervenientes.

 

 

A Holon vai estourar que nem uma castanha!

 

 

Concordo plenamente com esta medida, que aliás já deveria ter sido tomada em força há muito tempo. Os benefícios suplantam em larga escala os potências embaraços. Aposto que os velhotes preferem pagar menos, mesmo que tenha dificuldade em reconhecer a caixinha ou o comprimido vermelho.

 

 

Se os DIM's já parecem abutres a fazer sala na farmácia, então com esta medida vão transformar-se em hienas... Um festim na farmácia! Só faria sentido, esta medida, se fosse proíbido a aposição do laboratório nos acondicionamentos dos genéricos, não? Enfim...

 

 

"Para as farmácias facilita muita a logística. Já não terão de ter o mesmo genérico repetido por N companhias."

Não terão de ter todos os genéricos, mas terão de ter os mais baratos!!! E muito provavelmente poderá ser instituida uma taxa de retorno de bonificações ao Estado, tal como já acontece em alguns países!!! Isto se não ocorrerem leilões anuais de genéricos pelo Estado, nos quais se decide quais os laboratórios que são comparticipados!!! Muita água vai correr....

 

 

Muito importante! Hoje fiquei a saber, lá na farmácia onde estou a fazer o meu estágio curricular, que caso não perceba o que o CLIENTE está a pedir, não devo perguntar ao cliente se - por acaso - tem o nome do produto que quer escrito, para que eu possa chegar lá. Porquê? Porque o cliente assim vai a outra farmácia! E se o "doutor" (nickname para Director Técnico) me apanha a fazer uma pergunta destas a um cliente, manda-me outra vez "lá para cima" dar entrada de encomendas. Enfim, o produto em questão era um chá e este "chá" foi-me dado por uma dessas técnicas auxiliares de não-sei-bem-o-quê formadas pela ANF! Ora, não sendo esta a primeira admoestação do tipo, fico a pensar que o nosso curso, o Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas, está profundamente desactualizado e desenquadrado da realidade da farmácia comunitária. Eu, está visto, não tenho perfil de vendedor. Na faculdade tive bacteriologia, virologia, tecnologia farmacêutica, química farmacêutica, etc., ao invés de técnicas de vendas. Mas dada a realidade da farmácia portuguesa, pergunto-me se não seria melhor substituir essas "coisas" científicas que a faculdade de Farmácia impinge pela arte de bem vender. Do género: Técnicas de Vendas I, Técnicas de Vendas II, por aí fora, até à IV? Afinal, vender é o mais importante. A nova política da farmácia até é "tornar um não, num sim"! Ou seja, fazer com que os clientes levem produtos que, à partida, não querem levar... Por outras palavras, dar-lhes a volta. Não auspicio um bom futuro para os farmacêuticos, a menos que tenham queda para vendedores.

 

 

PS - Esta técnica da ANF não sabia o que é uma sepsis, mas lá as artes de bem vender ela sabe. É disto que as farmácias precisam, parece.

 

 

Sr. estagiário: Issos se for verdade, é uma aberração.
Mude de farmácia.
Ou tem medo?
Em 30 anos de profissão nunca houvi falar em tal.
Quem muito se baixa o cú lhe apareçe!

 

 

Caro Anónimo, eu fiquei parvo quanto esta auxiliar me deu este "cházinho das 5". Então não posso perguntar ao utente se por acaso tem o nome do produto que quer, quando não percebo bem o que está a dizer ou desconheço o produto? Assim o utente vai a outra farmácia e já não entra dinheiro naquela? Desconhecer um produto, pode acontecer... Sobretudo quando se é estagiário. Para começar é mesmo de muito mau tom uma auxiliar admoestar um estagiário de Ciências Farmacêuticas. Resumindo, muita coisa na farmácia me parece uma aberração com que eu não contava durante os meus anos de curso - mesmo! - e muito me alegrarei se a farmácia onde estou a estagiar for uma excepção.

 

 

Caro estagiário:
Parafraseando Camões:
"O saber de experiência feito" tem valor.
Junte a sua teoria á experiência de outros e será bem sucedido.
Contudo, repito:
Essa farmácia é uma excepcão.
Quando se sai das faculdades ainda é preciso aprender muito com todos.
O"balcão" não é fácil.
E se não, mude de farmácia!

 

 

A medida da prescriçao por DCI com a OBRIGATORIEDADE DE SE DISPENSAR O MAIS BARATO, está atrasada umas 2 ou 3 decadas, tal como a livre abertura de farmácias.

O Sr. estagiário, de facto até tem razão no seu comentário. Eu sugiro-lhe que mude para a industria ou para a parte das análises clínicas, aguas ou alimentos, Com esse espirito a trabalhar em farmácia, as frustrações serão muitas.

 

 

O meu patrão, um farmacêutico, teve uma conversinha comigo para me exolicar os desideratos da venda de medicamentos de receita médica obrigatória: depende da circunstância, caso a caso, depende de quem temos à frente no balcão, ou seja vender tudo e mais alguma coisa, psicotrópicos, antibióticos, antidepressivos ou abortivos desde que do outro lado esteja alguém "de confiança", nunca a um polícia, a um jornalista, fiscal do infarmed, gente da DECO ou então a quem pedir fiado.

 

 

Estagiário, você deve ser é estagiária, porque só tem conversas de queixinhas de gaja. Crie lá uns tomates! Se não assumir o controlo e responsabilidade pela sua vida, não vai ter uma carreira minimamente gratificante nem uma vida feliz. Pense nisso; faça-se homem. Não digo que não tem razão na substância das observações que faz, mas o repetitivo da coisa e o tom de lamúria já chateia. Estou fazendo este comentário para o seu bem.