Impressões de um Boticário de Província

Hoje foi o dia em que se aprovou na generalidade o Orçamento do Estado de 2011 e em que Sócrates afirmou não estar iminente qualquer remodelação governamental.
Ora sendo assim, como será possível cumprir o orçamento no Ministério da Saúde? Onde não se sabe quem manda, onde ninguém entende nada de políticas de saúde, onde os interesses estão instalados e dominam, onde não há um rumo, uma estratégia, como é possível governar em tempos difíceis num deserto de ideias?
Que será de nós doentes, que será de nós profissionais?

Peliteiro, às 23:01

Comentários:

Bastava uma única ideia:
uma distribuição mais equitativa da riqueza produzida.
Apenas isto, o resto surgiria por simpatia.

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Anónimo : quinta-feira, novembro 04, 2010

E o pior é que este cenário é repetido nos restantes ministérios.

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Manuel CD Figueiredo : quinta-feira, novembro 04, 2010

http://www.publico.pt/Sociedade/ministerio-admite-que-buraco-no-sns-e-superior-a-500-milhoes-de-euros_1464419

aqui admite-se que o "buraco" ainda é maior, mas, para nosso espanto, diz-se que, a final, ainda vai haver lucro!

espantoso, não é?

"naoseiquenome usar" (antes só não sabia que nome agora, acho que já n~~ao sei nada)

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Anónimo : quinta-feira, novembro 04, 2010

Se o problema era a aprovação do Orçamento, para dar um 'sinal aos mercados', porque carga de água hoje o dinheiro que pedimos emprestado aos tais mercados atingiu já os 6,66 de juros?
6,66 é o 'número da besta'.
Será que estas bestas vão levar muito mais tempo a pedir que lhes coloquem o cabeção, e lhes travem o freio?

josé andrade

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Anónimo : sexta-feira, novembro 05, 2010

Bem visto José Andrade!

Governo e maior partido da oposição chegam a acordo de orçamento.
Tão desejado pela banca e UE.

Presidência da República abençoa acordo.
Tão desejado pela banca e UE.

E os juros disparam?
Talvez seja de questionar à banca e à UE onde errámos?
Ou talvez não tenhamos errado. Fizemos sempre o papel de menino bem comportado frente à banca e à UE.

Agora nós é que somos a besta, mas a besta de carga!
Temos de suportar a insaciável banca e os donos da EU.

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Anónimo : sexta-feira, novembro 05, 2010

Caros amigos,
Sobre o mercado e as taxas de juro e as bestas:
Tanto se me dá que a Cofidis aumente a taxa de juros dos clientes que lhe pediram empréstimos para passar férias em Cancun - eu nunca pedi dinheiro à Cofidis. Os portugueses gastaram e gastam à tripa forra, endividam-se até à medula e depois a culpa é dos "mercados"....

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Peliteiro : sábado, novembro 06, 2010

Esta obsessão pelo défice cheira a trampa, ao longe….
Mas é uma trampa muito bem embrulhada.

Dois exemplos para apimentar esta conversa:

1º Na década de 1980 Nicolaae Ceausescu ficou obcecado pela dívida externa do estado romeno. Lançou um plano de erradicação da dívida: exportação de toda a produção, redução da despesa do estado, diminuição de salários e de apoios sociais (soa familiar???).
E conseguiu uma posição ímpar para dívida a dívida externa: 0 (zero!).
Resultado: Passados 30 anos a Roménia ainda não saiu do buraco em que se enfiou. Nem ninguém sabe quando sairá.

2º O Japão possui um défice superior a 80% do PIB!
Ainda não vi um economista a vaticinar o colapso económico do Japão nem vi os juros da dívida japonesa a cavalgarem de forma descontrolada.

Não entendo nada do assunto, mas fico perplexo ao observar estes exemplos.

Será que queremos mais Roménia ou mais Japão?

Em dúvida, no dia 24 não deixarei desfilar na rua!

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Anónimo : sábado, novembro 06, 2010

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Deserto de ideias

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