Caro Peliteiro: é estranho não acompanhar o seu texto com o habitual ataque aos jornalistas da Póvoa.

Caro Figueiredo: este post foi escrito em 25 de Março; um dos jornais da terra avisa sobre o assunto (com chamada à primeira página) no dia 11 de Março.

Vocês andam desatentos ...

Miguel Andrade

 

 

Caro Miguel Andrade,
Posso não andar muito atento, mas faço o que posso.
De facto pensei que a notícia aqui dada ainda não tivera tempo de sair nos jornais da Póvoa; por isso escrevi que esperava ver o que os jornais diriam. E se acrescentar que na semana referida estive fora da Póvoa, perdi mesmo a notícia.

 

 

Ok, comandante. Talvez me tenha precipitado; entendi a frase como irónica, na linha dos habituais comentários sobre os jornais da terra e dos profissionais que os produzem. Mas antes que se generalizassem as críticas (do género: "os jornalistas são todos uns vendidos"), decidi avisar-vos. Assim, corta-se o mal pela raíz.

E não deixa de ser uma coincidência chata que quando há uma notícia importante para a Póvoa lançada num jornal há quinze dias atrás (que aliás deveria suscitar discussão na sociedade civil poveira, já que os partidos políticos e os deputados na AM estão distraídos, como os jornais também têm demonstrado), as pessoas que consomem jornais não estão cá. Aconteceu o mesmo com 5 (cinco) pessoas amigas com quem falei sobre este assunto; as cinco têm, em diferentes quadros partidários, altas responsabilidades políticas. Curiosamente, quatro delas também não estavam cá e todas elas não tinham lido a notícia (sendo que as cinco pessoas são assinantes do jornal em causa, para que perceba a minha frustação). Coincidências ... dá até para perguntar o seguinte:

- Se o caso foi denunciado há quinze dias atrás, e NINGUÉM (a não ser agora o Jorge Peliteiro que não é assinante do jornal) reflectiu sobre ele, é caso para perguntar: é o poder autárquico que ignora o mar ou é a própria Póvoa, na sua plenitude, que despreza o mar?

Nota final: não pretendo ofender, sabe disso; mas compreenda que a táctica de sacudir a água do capote atribuindo culpas a jornalistas já aconteceu no caso das salmonelas (tanto no primeiro ano como no segundo ano). E eu não gostei do que li, na altura, inclusive em textos seus. E agora não me apetecia ter que aturar mais do mesmo, mas posso estar errado...

Miguel Andrade

 

 

Caro Miguel Andrade,

Lamento, mas continuo a considerar os jornalistas locais uns cobardolazitos.

Este caso da derrocada é um caso inócuo onde as culpas se diluem, calculo, pelo mar bravo, pelo aquecimento global, pela camada de ozono, pelo ministério do ambiente, pelo ministério das obras públicas, pela marinha, pela CCDRN, pelo Macedo Vieira ou Aires Pereira e até pelo rato Mickey, cada um a sacudir a água do seu capote. Donde um jornal local - repare que nem sei que jornal publicou sobre este tema, já não leio nenhum, porque são todos maus e tendenciosos - publicar sobre este tema não é um ataque frontal a nada nem a ninguém.

Factos indiscutíveis é que - de memória, cansado, saturado do baixo nível da discussão de temas poveiros e sem consultar o histórico do blogue - os jornais locais "atrasaram-se" a noticiar, alegadamente, alegadamente, 1) a morte do nadador em apneia 2) as salmonelas nas praias e suas interdições, 3) as legionelas nas piscinas (e não investigaram a ocorrência de eventuais doentes relacionados), 4) a realização de um meeting internacional com análises de Legionela positivas, 5) as praias da Póvoa que não são praias, 6) a retirada sistemática dos cartazes avisos desaconselhando a prática balnear assim como a aparente inoperância da Capitania e outros casos que com prudência (não vá o mensageiro dar com os costados na cadeira dos réus) e amadorismo este seu amigo, que passa pouco tempo cá, que conhece pouca gente cá, foi denunciando.

Lamento mas, com os dados disponíveis, é o que penso. Um abraço.



Disclaimer: para todos os 6 casos apontados sublinha-se que se deve ler neste blogue os textos respectivos para melhor elucidação.

 

 

E esta?
Ainda dizem que o pequeno é só gosta de bombeiros e gajas, que é menos válido. Logo que ficou assente a vitória de Passos Coelho na Póvoa, lá foi dizendo, para quis ouvir, esse tipo ficar com presidente do PSD, o meu Pai já disse que sai de militante.
O que teme Macedo Vieira? Parece a gestão da Camara é motivo de conversa na familia. A gente ouve cada coisa.

pobeirinho sem ser pela graça de deus

 

 

Não percam leitores poveiros as crónicas sobre as aventuras e desventuras de Zé Laia, do Desaires Eleitorais e do Kadafe dos Pneus no blog que vai arrasar a sociedade poveira e a Igreja Católica assolada por vários escândalos de pedofilia.