Só que em Cuba vivem perigosos comunistas.

 

 

"Infecção hospitalar, erro médico, troca de medicamentos ou problemas com o lote de Bevacizumab injectado?" O que quer que tenha sido é uma tragédia, mas o mais grave é que houve doentes que foram submetidos ao tratamento nos dois olhos ao mesmo tempo!
Ass. Chato do Caraças

 

 

Pois é! Esqueci-me que em Cuba vivem comunistas...
De tanto ouvir dizer que o comunismo acabou por vezes esqueço que ainda há comunistas.
E nem entendo porquê que o João Jardim pretende ver na Constituição da República Portuguesa a proibição do comunismo (ou fascismo de esquerda, como ele gosta de dizer).
Faz sentido proibir uma coisa que não existe?
Neste contexto paradoxal apetece-me contar uma situação absurda vivida na Póvoa de Varzim há muitos anos. Deveria ser devidamente documentada para as memórias da história local, deixo apenas um humilde comentário pertinente e devidamente fundamentado à espera que alguém recolha informação e pesquise este pedaço de história local.
Há muitos anos, ainda no tempo do fascismo, no Cine-teatro Garrett (na altura existia o Garrett, não "vinha aí o Garrett") realizou-se um evento cultural em que o palco estava ornamentado com uma enorme faixa onde se lia "Não ao fascismo". Vivia-se a chamada "Primavera Marcelista". Eu não presenciei o evento, na altura ainda borrava as fraldas, confio em quem assistiu à situação.
Foi então chamado o Comandante local a PSP para pôr fim aquela pouca vergonha.
- Não faz sentido essa faixa porque em Portugal não há fascismo, argumentou o Comandante.
- Então vamos substituir por outra onde escrevemos “Não à bomba atómica”, retorquiu um dos organizadores.
-Tudo bem, condescendeu o comandante.
-Mas em Portugal também não há a bomba atómica, voltou à carga um dos organizadores.
Segundo a versão que eu ouvi, gerou-se uma enorme troca de argumentos entre os organizadores e o Comandante da PSP que a faixa “Não ao fascismo” acabou por ficar toda a noite no Garrett.
Deixo esta pequena oferta aos licenciados em História no desemprego. Façam por descobrir quem se viu envolvido neste incidente, investiguem, trabalhem e publiquem, por vocês e pelos outros. Ter licenciatura em História ou Ciências Sociais ou algo equivalente não torna ninguém num historiador ou sociólogo. Investiguem, documentem e publiquem estes e outros acontecimentos que só valorizam a História da nossa cidade.
Para terminar, começo a pensar que já abuso do espaço cedido pelo Dr. Peliteiro. Talvez deva mesmo criar um Blogue próprio para as minhas divagações (Ai que a preguiça é tanta… sobretudo em férias…)

 

 

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O meu blogue sai no público!!!
Já sabemos, Ok??

 

 

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Este texto saiu no PÚBLICO, Blogues em papel, de 23JUL09.

 

 

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A fama tem os seus inconvenientes. Pensa bem nisso.