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Amanita muscaria

Impressões de um Boticário de Província

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quarta-feira, 3 de junho de 2009

Porque são os taxistas tão feios e os táxis tão velhos? 

Se numa paragem de táxis o primeiro deles for um Peugeot 505 de 1986 e, assustado com o aspecto inseguro e sujo da viatura e o ar andrajoso do taxista, pretender escolher o quarto da fila, um Mercedes E 250 dos novos conduzido por um motorista impecavelmente vestido e com ar civilizado, será confrontado com a impossibilidade de escolher aquele táxi que lhe parece capaz de fornecer o serviço que realmente quer. A livre escolha do cliente não existe aqui; tem que contratar serviço com o primeiro da fila - é uma regra antiga das praças de táxi.
Ora esta regra antiga, numa primeira abordagem, parece ter o intuito, nobre, de solidariedade entre camaradas de profissão, parece ser um método, justo, de distribuir a clientela, o ganha-pão, equitativamente por toda aquela comunidade de trabalhadores. Acontece que tudo isto só seria nobre e justo se o serviço prestado fosse igual - e não é! Assim, aquilo que seria uma vantagem competitiva num mercado concorrencial - o Mercedes novo e o motorista competente - transforma-se numa fonte de custos e o empresário dos táxis sabe que a melhor maneira de maximizar os lucros é eliminar da estrutura de custos o peso das amortizações da viatura e os honorários do motorista, ou seja ter um Peugeot velho e um motorista andrajoso e barato.
Naturalmente as associações do sector e a própria legislação, criando barreiras à entrada, promovem zelosamente este statu quo, desprezam completamente o interesse do cliente e, consequentemente os taxistas são muito feios e os táxis são muito velhos.

Nas outras profissões minimamente desejadas, sejam elas quais forem, acontece exactamente a mesma coisa, um proteccionismo doentio em que a valorização da competência e competitividade interna é mitigada por mecanismos mais ou menos obscuros e onde os elementos da corporação agem como membros de uma matilha: à mínima ameaça atacam em conjunto sem olhar a quem.
Na blogosfera e na sociedade, todos os dias, também se podem observar estes fenómenos de matilha. Há dias escrevi um texto onde colocava em causa, basicamente, duas coisas: 1) a negociata do ensino superior e, consequentemente 2) o excesso de licenciados e a falta de quadros médios no sector da saúde. Ninguém leu com atenção, ou então ninguém percebeu, e por isso ninguém apresentou argumentos contrários - na caixa de comentários as várias matilhas limitaram-se às agressões e insultos. De certeza, também, gente feia e velha, trajada com umas batas sujas e rotas.

Peliteiro,   às  22:45

Comentários:

 

Só agora é que o meu amigo reparou nas muitas matilhas que proliferam e atacam neste país?
Ainda bem que foi o meu amigo que usou o termo matilha. Talvez por usar e abusar de reagentes, ao usar o termo matilha, não teve à perna a matilha habitual dos novos cristãos da vida pública. Ainda bem. Mas aqui lhe deixo um osso para lhes atirar. É que quando se lida com matilhas, é conveniente ter sempre um osso à mão. Duro se possível.

pobeirinho sem ser pela graça de deus

 

 

 

Curioso o exemplo apresentado do taxista. Recentemente estive em Gotemburgo, Suécia, e à saída da estação central de comboios dirigi-me ao primeiro táxi estacionado. Espanto meu, o jovem taxista explicou-me que deveria seleccionar o taxista pretendido, de entre os estacionados, no ecrã táctil que se encontrava à saída da praça de táxis e aí aguardar pelo mesmo. Enfim, pequenas detalhes que marcam a diferença entre um país sub-desenvolvido e a Europa civilizada.
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, junho 04, 2009

 

 

 

pois é Peliteiro...Sabes quem foi que alterou a Constituição e permitiu a proliferação das universidades privadas? O PSD...da AD...
Pois é...Por algumarazão existia o LUTO ACADÉMICO decretadpo em AG da AAC e reiteradas em muitas RGAs sucessivas.. até que um dia o Psd(ou melhor listas afiliadas..eh1eh!) conseguiu e com legitimidade ganhar o leme da AAC e claro voltou o uso da capa e batina, acabando o luto académico e tudo aquilo que representava...

Um dia, alguns anos mais tarde quando Mário Soares era Primeiro Ministro...foi impedido pelo alunos de AAC.. ainda tive esperãnças de o luto académico voltar a ser implementado..mas não..isso já não é possivel...dantes os estudantes moviam-se livremente de acordo com as suas convicções pessoais e sociais..hoje os dirigentes estudantis e seus apoiantes directos são fabicados pelos diversos aparaches partidários, nomeadamente as Jotinhas...de direita e de esquerda...

E é aí que está a M.E.R.D.A. toda...E é daí que ela se tranfere para o aparelho de estado...

sic
# por Blogger IN VERITAS : quinta-feira, junho 04, 2009

 

 

 

Ele já esqueceu, In Veritas. Está ocupado a passar uma esponja sobre os erros do passado atirando-se aos que lá estão agora, que, por outro lado, mantêm as políticas dos que os precederam. O bloco central é assim mesmo. Nas políticas macro-económicas, de segurança, de justiça, de educação, de ambiente, até na ética, são iguais; nos pequenos pormenores serão diferentes. A táctica é conhecida e tem tido êxito: mudar os protagonistas para que tudo fique na mesma.

PF
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, junho 04, 2009

 

 

 

"dantes os estudantes moviam-se livremente de acordo com as suas convicções pessoais e sociais..hoje os dirigentes estudantis e seus apoiantes directos são fabicados pelos diversos aparaches partidários, nomeadamente as Jotinhas...de direita e de esquerda..."

No que a estudantes de Ciências Farmacêuticas diz respeito, julgo que isso é uma realidade característica sobretudo da comunidade estudantil de Coimbra. No Porto, orgulho-me de constatar, ainda há estudantes fieis aos seus princípios. Sem influências das Jotas, que estão no associativismo por amor à camisola e que passam noites sem dormir, dias de trabalho árduo e épocas de exames sem conseguir estudar para conseguirem cumprir o que assumiram no início do mandato. Pessoas de palavra.

Talvez sejam ingénuos, mas prefiro estes ingénuos aos esclarecidos que tenho visto por Coimbra, por exemplo.
# por Blogger Azrael : quinta-feira, junho 04, 2009

 

 

 

Que analogia tão pobre...
Podia (e devia) ter poupado o tempo que demorou a escrever este post e investi-lo em algo bem mais útil: dormir.
# por Blogger Doutor Enfermeiro : quinta-feira, junho 04, 2009

 

 

 

Digo mais: tenho alguma curiosidade em saber que estereótipo (ou conceito mental) detém de cada classe.
Penso que que os seus erros (grosseiros!) de raciocínio poderão residir numa assumpção assente numa permissa falaciosa.

Não vale a pena fomentar mais esta sua idiotice voraz.
# por Blogger Doutor Enfermeiro : quinta-feira, junho 04, 2009

 

 

 

Azia...
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, junho 04, 2009

 

 

 

Um boticário quando tem mulher economista até bota assim uns termos complicados como estrutura de custos e amortizações... Nem sabes bem o que isso é mas não há nada como um explicador em casa.
# por Anonymous Anónimo : quinta-feira, junho 04, 2009

 

 

 

"Não vale a pena fomentar mais esta sua idiotice voraz."

Eu assino por baixo!
# por Blogger Ginguba : quinta-feira, junho 04, 2009

 

 

 

Só não percebo porque isto agora está cheio de enfermeiros. Cheiram-se à distância. O que os trará cá?

Freakonomics caro Peliteiro? Belo livro. Só para pessoas inteligentes.
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, junho 05, 2009

 

 

 

Freakonomics?

Se liberassem o aborto em NY daqui a 20 anos a criminalidade descia 50%.

Se liberassem o aborto em Portugal daqui a 25 anos não havia enferemeiros. ehe ehe ehe
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, junho 05, 2009

 

 

 

O "Doutor Enfermeiro" construiu um mundo de fantasia. Sempre quis ser "doutor" de qualquer coisa mas a sua curta capacidade intelectual impediu-o de frequentar um verdadeiro curso superior, universitário, numa das "clássicas" de Lisboa, Coimbra ou Porto, como os verdadeiros doutores fazem. Resignado e angustiado, foi parar à escolinha politécnica - primeiro bacharel, depois licenciado (pensou ele: "ena, licenciado! também quero ser doutor!"). Malogrado e capturado por um espiral de frustração, sustenta-se agora com o que ainda lhe oferece uma réstia de consolação: os tolos que, sofrendo do mesmo mal, entram no seu seu pequeno mundo de ficção, num recanto da "blogosfera" e, reverencialmente, o tratam por "Sr. Dr. Enfermeiro".
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, junho 05, 2009

 

 

 

O doutor enfermeiro é um patusco. É um gajo porreiro, não faz mal a uma mosca, enfim é... é... ridículo!
O que ele quer é protagonismo e atenção. Se não for pedir muito vão lá ao bloguezinho dele, para ele ficar satisfeito. É bom rapaz, é um patusco.

Peliteiro: se não começas a apagar os comentários da rapaziada do limpa-có-có eles encharcam-te a caixa de comentários.

A minha mulher é que não era enfermeira: http://video.xnxx.com/video14073/mia_smiles_hot_nurse
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, junho 05, 2009

 

 

 

Isto está ao rubro e o roto está a ver se é melhor do que o esfarrapado. Os vendedores de remédios para pulgas e shampoos para o couro cabeludo vermelho a dizerem mal dos limpa cócós.
# por Anonymous Anónimo : sexta-feira, junho 05, 2009

 

 

 

Não levem a mal o Peliteiro...um fâ incondicional da académica e do futebol club do porto,e ainda por cima laramjinha crónico...vindo par a Póvoa de Varzim lá da distante Famalicão para ver o mar chewilo de salmonelas e outras tretas... só poderia redundar nisto apesar das mesinhas explosivas e mal cheirosas que inventava no segundo andar do Beco da Anarda enquanto estudante de Farmácia em Coimbra...
# por Anonymous Renato : sexta-feira, junho 05, 2009

 

 

 

Bem tenho seguido com alguma atenção esta polémica, no entanto tenho-me abstido de comentar por achar uma absurdo o que se escreveu.

Todos nós protegemos a classe onde trabalhamos, mas nunca o devemos fazer sob a forma de proteccionismo cego! Isto porque quem não admitir que não protege a sua profissão é alguém que não me merece muita credibilidade, mas há que haver "olho clinico" para não generalizar. Mas justificando-me melhor o que quero dizer, também o autor deste blog Peliteiro também o faz e prova disso são provas em Post . Deixo o exemplo:

Henrique Reguengo, dirigente do Sindicado Nacional dos Farmacêuticos

«A poucos dias de a tutela receber o documento de onde sairá a base da reestruturação das carreiras dos farmacêuticos do Serviço Nacional de Saúde (SNS), Henrique Reguengo disse à FARMÁCIA DISTRIBUIÇÃO estar apreensivo com o futuro».

Relembro que quem decidiu negociar todas as carreiras nesta altura foi o nosso Governo, acrescento ainda que no caso da minha profissão, sou Enfermeiro, há muito que se espera negociação da carreira que nunca avançou por culpa do governo.

A César o que é de César e como é logico todos defendem para si a sua área de competência e os seus saberes. Daí termos tido desde já alguns debates interessantes sobre a vacinação em fármacias, pois aqui e deverá admitir isso houve tentativa de usurpação de funções.

Quanto ao pressuposto de "estudassem mais " fica muito mal a quem diz isso... pois poderia dizer o mesmo a quem prefere essas mesmas palavras.

Abraço Lifepassenger
Blog Cogitare em Saúde
# por Anonymous Lifepassenger : sábado, junho 06, 2009

 

 

 

"Não vale a pena fomentar mais esta sua idiotice voraz."

Eu assino por baixo!



Eu também assino por baixo!
# por Anonymous António Nery : sábado, junho 06, 2009

 

 

 

Amigo Life nem mais e ainda acrescento que quem muitas vezes fala tal como o autor deste blog por vezes é quem masi contesta para si os interesses da sua propria profissão.

E isso é que é hipocrisia.
# por Anonymous Anónimo : terça-feira, junho 09, 2009

 

 

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