Impressões de um Boticário de Província

Proposta da Ordem dos Médicos: Médicos disponíveis para distribuir genéricos nos centros de saúde, hospitais e consultórios.

Realmente, tão inusitada proposta só num país completamente sem rei nem roque. Tanto mais que é irrealizável: primeiro porque fazer concursos públicos molécula a molécula, pelo vetusto Infarmed, seria tarefa para anos; segundo porque os médicos mal têm tempo para ver os doentes, quanto mais para lhes ceder medicação, explicar posologias ou analisar contra-indicações e interacções; terceiro, last but not least, porque embora a corporação médica seja poderosa, pela escassez de profissionais, não o é tanto, nem nada que se pareça, como o lóbi da indústria farmacêutica, seus patrocinadores de férias e casamentos.

A Ordem dos Médicos devia deixar-se destas trenguices e devia era preocupar-se com as «Dez mil cirurgias ao cancro feitas fora do prazo» ou com os «13 milhões de euros na contratação de médicos tarefeiros em apenas três meses». A Ordem dos Médicos é indiscutivelmente muito fraquinha - quando comparada com a capacidade estratégica da ANFarmácias a distância é abissal! - e a classe médica merecia bem melhor. Ridículo.

Peliteiro, às 13:48

Bem sei que sou nova nesta colmeia... Estava a ver que nunca ia comentar nada sobre a seriíssima classe médica que não se deixa corromper pela seriíssima indústria farmacêutica...
Abelha Maia

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Anónimo : segunda-feira, junho 29, 2009

Todo o Homem tem o seu preço...

Os honestos são os mais caros...

Basta ver que, entre outros, o Engº Jardim Gonçalves, o Dr. Oliveira e Costa são "muito" honestos...

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Anónimo : segunda-feira, junho 29, 2009

como os pensionistas também gastam muito dinheiro no supermercado e têm dificuldades em se movimentarem, a OM vai propor que os alimentos também sejam distribuidos de graça pelo Sr. Dr. Médicos!!

E já agora, porque não também roupa, casa, carro??

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PC : segunda-feira, junho 29, 2009

É muito democrático mas quando lhe vão à mercearia, mia como os outros. O seu desbragamento pode cair bem na matilha, mas olhe, em muitos paises da Europa os pacientes trazem os remédios das consultas fornecidos por uma espécie de farmacia hospitalar. Afinal o senhor é tão somente mais um português.

Juca Portocarrero.

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Anónimo : segunda-feira, junho 29, 2009

uma opiniao um blog destes é primariamente apagada antes de ser publicada... mas ainda assim comento...em vez de os senhores farmaceuticos se preocuparem em dizerem mal das outras profissões, deviam era preocupar-se em avaliarem o que estão a fazer de mal... trata-se da mesma situação em relação à administração de injecções nas farmácias... pensem naquilo que fazem... preocupem-se com a vossa profissão e não com a dos outros... trabalhamos pela saúde dos utentes e não por nós próprios...

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Anónimo : segunda-feira, junho 29, 2009

Para que um comentário seja apagado, Sr. Enf.º, é preciso que eu o leia e que tenha linguagem muito imprópria, que seja muito inconveniente ou que possa ser susceptível de me meter em sarilhos com pessoas e com Tribunais.

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Peliteiro : terça-feira, junho 30, 2009

Ora aqui ficou um Post com altíssimo nível...

Portugal já precisava de um ministro da saúde que "com tomates" para meter o sistema de nacional de saúde a funcionar em prol dos utentes e sociedade...Seguramente que só fazia bem um ministro da Saúde Farmacêutico..(para variar)

Claramente o jogo de interesses e corrupção impera em todos os ramos do nosso SNS... ás vezes duvido se a nossas localização geográfica será mesmo na Europa...

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yevgeny : terça-feira, junho 30, 2009

Quem deve estar maluco e/ou mal informado e/ou mal intencionado, é o Sr. Dr. Peliteiro!
A minha actividade profissional obriga-me, digamos assim, a frequentes visitas à Europa civilizada.
Por duas vezes recebi tratamento hospitalar no estrangeiro (entenda-se Europa civilizada).
Uma em Copenhaga por intoxicação alimentar devida provavelmente a um ovo estragado (não esperei para saber resultados conclusivos).
E outra em Örebro (Suécia) resultante dum sobrolho mal tratado após uma noite festiva.
Em ambos os casos fui atendido em urgências por pessoal médico e, ao abandonar o hospital, vim sempre apretechado de medicamentos que me bastaram para tratar o problema.
Será que cá em Portugal vale mais o cooperativismo farmaceutico?
Será mais conveniente que um indivíduo abandone as urgências à procura da farmácia de serviço para aviar os medicamentos de que tanto necessita?
Não será melhor mudar o sistema contra os lóbies e a favor dos utentes?

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Anónimo : terça-feira, junho 30, 2009

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Está tudo maluco!

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