Impressões de um Boticário de Província

O polvo

No Sábado, no âmbito do Missão Minho, um movimento de ideias com as quais simpatizo, estive no Hotel Turismo, em Braga, a ouvir Saldanha Sanches, Manuel Monteiro e Rui Costa Pinto falarem sobre corrupção. É preciso ter coragem para falar de corrupção em Braga.

Saldanha Sanches diz que "qualquer cidadão que tenha de prestar contas ao Fisco pode perguntar às Finanças porquê ele e não o senhor presidente da câmara" e que "além do dever de explicar ao Fisco a origem da riqueza não justificada nos rendimentos conhecidos, esse presidente de câmara tem de responder pela prática de crime de evasão fiscal, por ter andado a esconder rendimentos que é legalmente obrigado a declarar".
Saldanha Sanches deixou bem claro que não falava em concreto de Mesquita Machado - e esse é o grande problema é que o Presidente de Câmara usado como exemplo pode ser quase qualquer um e o cenário traçado é a regra e não a excepção; além disso é mais improvável que o tal Presidente seja punido, que Saldanha Sanches por ter dito o que disse ou eu por ter escrito o que escrevi agora. É a vida.

Peliteiro, às 23:18

Comentários:

Nunca se dará combate à corrupção, por mais "leis" que façam, enquanto as preocupações dos governantes forem perseguir quem denuncia as falcatruas ou aponta situações irregulares, e deixa em "santa" paz os criminosos.
Há que continuar a falar e a escrever!

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Manuel CD Figueiredo : segunda-feira, março 23, 2009

ora nem mais...

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renato gomes pereira : segunda-feira, março 23, 2009

Em Braga há toda uma entourage clerical a proteger e a abençoar nas homilias o «santo padroeiro»...
e assim lá se vai safando. Há comícios dominicais em muito lado e sempre, mas sempre, ao lado do poder!...

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José Leite : segunda-feira, março 23, 2009

A questão levantada neste post é da maior importância e, na minha opinião, tem a ver, sobretudo, com as pessoas, com a sua formação moral e não tanto com as ideologias ou os partidos A ou B.
Por esse motivo é que defendo, com convicção, a alternância democrática e a limitação dos mandatos, já que todos sabemos a dificuldade de tudo o que vai para além disto e que tem a ver com a dificuldade em fazer prova de tudo aquilo que nos parece óbvio.

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Luís Gonzaga Castro : quarta-feira, março 25, 2009

A Póvoa é um bom exemplo de como a alternância democrática é urgente dada a ineficácia dos organismos públicos em conter a corrupção e compadrio.

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Anónimo : quarta-feira, março 25, 2009

Ainda não perceberam que não é a alternância democrática que resolve o problema? A nível nacional, a alternância não está a resolver nada, está até a piorar. Precisamos é de alternativa democrática (o que é diferente) ou seja cidadãos a não votarem sistematicamente nos mesmos partidos (PS e PSD) que se protegem uns aos outros.

Pedro Faria

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Anónimo : quarta-feira, março 25, 2009

domingo, 22 de março de 2009

O polvo

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