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Amanita muscaria

Impressões de um Boticário de Província

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terça-feira, 30 de setembro de 2008

Sem você... o dinheirinho 

Consulta sem doente
Porta sem batente
Sou eu, assim, sem você

Avião sem asa
Fogueira sem brasa
Sou eu, assim, sem você

Futebol sem bola
Piu-piu sem Frajola
Sou eu, assim, sem você...

Tô louca pra te ver chegar
Tô louca pra te ter nas mãos...



A ACSS colocou para discussão pública uma Portaria que regula a facturação da produção hospitalar, onde se pode observar um conceito deveras curioso, mais uma, julgo, originalidade portuguesa:

A consulta médica sem a presença do doente!


Uma festa. Pode ser por correio, por telefone, por mail... - como é impossível de controlar e ninguém fiscaliza, pode até ser por telepatia!...
Mais curioso ainda é o Estado contratualizar, pagar, "inchar", 31 € por uma consulta médica e exactamente o mesmo, 31 €, por uma consulta médica sem doente! Uma festarola!


Peliteiro,   às  14:25
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segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O Infarmed, Tróia e o Eleven 

O XVII Governo, modernaço, talvez no âmbito do plano tecnológico, na ânsia de mostrar serviço onde ele escasseia, lembrou-se de legislar sobre a venda de medicamentos na internet. O resultado foi aterrador, as Farmácias portuguesas obviamente não aderiram, as vendas rondam os 0%* e a venda ilegal de medicamentos contrafeitos em Farmácias online foi naturalmente potenciada*.

Eu avisei - é ver os arquivos!

Como reacção o Infarmed resolveu atacar (riso) os cibertraficantes no seu próprio terreno e fez uma intensa (rsss rsss) campanha na wild world wide web, incluindo nos anúncios google no fim deste texto. Na altura pedi aos meus leitores para clicarem nos anúncios do Infarmed neste blogue, o que teve algum sucesso: ganhei em publicidade o suficiente para passar um fim de semana no novíssimo Tróia Resort.

O Infarmed continua preocupado. Se fizer outra campanha como a de Julho, se virem os anúncios ali em baixo, já sabem, é dinheiro dos nossos impostos directo para o lixo, portanto, sejam solidários comigo, cliquem nos anúncios, vá, vários dias consecutivos, não custa nada, não prejudica ninguém, e eu ainda não jantei no Eleven.
Antecipadamente, obrigadinho.


____________________
*Disclaimer - afirmações não baseadas em dados objectivos mas em suposições do autor.

Peliteiro,   às  23:58
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Gripe dos Farmacêuticos 

Gostem ou não os Srs. Médicos e os Srs. Enfermeiros a verdade é que daqui a dias os portugueses poderão ser vacinados nas Farmácias (em algumas localidades, aliás, como sempre fizeram).
Não é que seja uma coisa assim tão importante para a saúde dos portugueses, não é que seja uma reforma assim tão profunda, mas em tempos de crise, em pleno reino do disparate, quando algo melhora para os doentes é razão mais que suficiente para sublinhar.


Peliteiro,   às  23:54
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Ora, ora... 

Sobre a efervescência de hoje relativa à vinda de médicos estrangeiros para Portugal (o problema nem é saberem falar a nossa língua, uma vez na urgência do S. António estava de serviço um Guineense formado na Bulgária que não falava bem português nem língua nenhuma...) nem me vou pronunciar pois os contornos deste problema são demasiado óbvios e só quem for muito pouco esperto é que não percebe onde está a origem de todo o mal.
Vou só repetir duas singelas questões, já aqui anteriormente colocadas, a ver se alguém me sabe responder:
  1. Porque não há cursos privados de medicina?
  2. Já estarão superadas as dificuldades técnicas que impediam o controlo biométrico de assiduidade dos médicos?

Peliteiro,   às  23:47
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Cristiano Ronaldo 

Momento cultural: conheça a nova namorada de Cristiano Ronaldo, Niki Ghazian. Isto sim, matérias verdadeiramente importantes.

Link: Niki Ghazian - La ex de Ronaldo lo cuenta todo


Peliteiro,   às  21:34
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Fantasias 

Um amigo meu, empresário têxtil, diz que os Chineses não conseguem fabricar tecidos com a mesma qualidade dos portugueses.

Astronautas chineses voltam do espaço após missão histórica

Reuters
(Foi difícil encontrar este link, sinal de que os nossos jornalistas andam, como sempre, distraídos.)

Peliteiro,   às  00:10
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domingo, 28 de setembro de 2008

A Norte do deserto 

Há quem vaticine que daqui a umas poucas décadas, por causa das alterações climáticas, o Minho e a Galiza serão um paraíso tropical, já que para Sul surgirá um imenso deserto (tenho vindo a comprar uns terrenitos perto do mar esperando pela respectiva valorização mas os melhores e mais em conta já foram comprados, diz-se, pelos autarcas locais e sus muchachos).
Hoje, por cá, esteve um dia de praia fantástico, inusitado para fins de Setembro, prenunciando o dito futuro paraíso Minhoto:


(clicar na foto para ver mais)

Peliteiro,   às  23:55
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sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Wave power / Sócrates power 

Continuam a passar minhocas gigantes para o parque de energia das ondas da Póvoa de Varzim.
Pelas minhas contas, desde a inauguração a produção de energia eléctrica (ver ondas na fotografia abaixo) é a suficiente para manter ligado...
o meu frigorífico!

Mais um sucesso - incontestado! - da política económica do XVII Governo.


These are some of the challenges to deploying wave power devices:

  • Efficiently converting wave motion into electricity - generally speaking, wave power is available in low-speed, high forces, and the motion of forces is not in a single direction. Most readily-available electric generators operate at higher speeds, and most readily-available turbines require a constant, steady flow.
  • Constructing devices that can survive storm damage and saltwater corrosion - likely sources of failure include seized bearings, broken welds, and snapped mooring lines. Knowing this, designers may create prototypes that are so overbuilt that materials costs prohibit affordable production.
  • High total cost of electricity - wave power will only be competitive when the total cost of generation is reduced. The total cost includes the primary converter, the power takeoff system, the mooring system, installation & maintenance cost, and electricity delivery costs.

Peliteiro,   às  14:21
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quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Na melhor nódoa cai o pano 

Vladimiro Silva, no Diário de Coimbra de hoje, sobre o papel que os farmacêuticos poderiam desempenhar no SNS e os disparates, ziguezagues, e cobardias da política do medicamento do XVII Governo:

«Se analisarmos a actuação política dos últimos Ministros da Saúde em relação ao medicamento e às farmácias, verificamos que, já neste milénio, ocorreram os seguintes episódios: por duas vezes o preço dos medicamentos baixou 6%; as margens de lucro das farmácias foram reduzidas duas vezes, primeiro em 4,3% e depois em mais 4,7%; o preço de alguns medicamentos genéricos foi administrativamente baixado em escalões de 12%, 9% e 6% (segundo um complexo sistema progressivo relacionado com as respectivas quotas de mercado) e todos os genéricos viram o seu preço ser posteriormente diminuído em 30%; vários medicamentos passaram a ser vendidos fora das farmácias, por profissionais aos quais não era exigida qualquer qualificação especial (embora sob supervisão qualificada, mas não necessariamente por farmacêuticos); abriram centenas de novas farmácias; permitiu-se a propriedade de farmácias a não farmacêuticos; os concursos para atribuição de novas farmácias passaram a ser decididos por sorteio; passou a ser possível venderem-se medicamentos pela internet; não se implementou a prescrição por denominação comum internacional; manteve-se o contraditório conceito de “medicamento genérico de marca”; não se implementou a prescrição de medicamentos em unidose; não se completou a remodelação da legislação relativa a medicamentos manipulados; passou a ser legal vender medicamentos de uso veterinário fora das farmácias; o Plano Nacional de Saúde não faz qualquer referência aos serviços farmacêuticos; a reforma dos Cuidados de Saúde Primários não contempla os serviços farmacêuticos e o modo como estes se integram na arquitectura do SNS; foi assinado um protocolo entre o governo e uma associação de proprietários de farmácias que faz com que nestes estabelecimentos passe a ser possível a prestação de vários serviços não directamente ligados ao medicamento (como por exemplo a administração de injecções); na farmácia hospitalar são cada vez mais raros os farmacêuticos que actuam nos verdadeiros centros de decisão, sendo as suas funções desempenhadas por administradores hospitalares indiferenciados.
Estas medidas tão díspares na natureza e no tipo de legislação envolvida obedecem, no entanto, a uma matriz comum: há uma contínua e bastante consistente desconsideração da sociedade pelos serviços prestados pelos farmacêuticos. Para os diversos governos, o alvo foi sempre o mesmo na hora de cortar na despesa e mesmo as medidas mais óbvias e consensuais (como por exemplo a prescrição por denominação comum internacional) foram proteladas a favor de iniciativas legislativas que afectam mais directamente os farmacêuticos que outros profissionais. De facto, hoje é evidente que a sociedade em geral e os governos em particular têm sobre os serviços farmacêuticos uma opinião comum: são demasiado caros para o valor que proporcionam. E por isso devem ser o primeiro alvo de toda e qualquer iniciativa de restrição orçamental ou profissional.
Por outro lado, o governo continua a investir na formação de farmacêuticos: há cada vez mais licenciaturas em Ciências Farmacêuticas e cada uma delas tem cada vez mais alunos. Em Coimbra está mesmo a ser construída uma nova e bastante moderna Faculdade de Farmácia.
Ou seja, ao mesmo tempo que legisla de modo a que a intervenção farmacêutica e dos farmacêuticos no SNS seja cada vez menor, o Estado investe recursos públicos consideráveis na formação destes profissionais, o que é profundamente contraditório. Está pois na hora de se parar para pensar e enfrentar a realidade: a contratação de um indivíduo licenciado e altamente qualificado para o exercício de funções que podem ser desempenhadas por qualquer funcionário indiferenciado é um acto muito pouco custo-efectivo na perspectiva dos agentes económicos e perfeitamente irrelevante em termos do respectivo valor social e de Saúde Pública.
De facto, aos farmacêuticos deveria caber um papel de monitorização fármaco-terapêutica dos doentes, verificação de interacções medicamentosas, farmacovigilância, aconselhamento, participação em programas de saúde preventiva, promoção de terapêuticas medicamentosas custo-efectivas, lançamento de programas de cuidados farmacêuticos (como os que já existem para a asma e diabetes, por exemplo) e interligação com outros profissionais de saúde em termos de prestação de informação técnica especializada, acompanhamento de doentes, gestão do risco clínico, renovação de receituário e revisão de medicação. Falta ao SNS uma cultura de colaboração conjunta e interligação entre os vários profissionais de saúde. As dificuldades de comunicação existentes limitam os benefícios de algumas iniciativas e são altamente prejudiciais aos doentes, quer em termos de saúde, quer sob o ponto de vista económico. Actualmente as equipas clínicas que actuam no SNS acabam por funcionar numa lógica de acumulação sequencial de actos individuais e não num contexto de decisão integrada e multidisciplinar. A falta de comunicação entre profissionais conduziu a uma segmentação do conhecimento e da respectiva intervenção, que em nada beneficia o doente, não contribui para optimizar recursos e até é susceptível de originar erros de medicação.

O actual modelo farmacêutico português poderia ser melhorado e acredita-se que existe no SNS capacidade instalada para fazer muito mais e melhor.

Está, pois, na hora da sociedade dizer o que pretende dos farmacêuticos. E está também na hora de os farmacêuticos demonstrarem o que podem fazer pela sociedade

Sublinhados meus

Peliteiro,   às  13:27
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O fiel jardineiro 

João Gonçalves, no excelente Portugal dos pequeninos, leitura diária obrigatória, a propósito da manchete de hoje do Correio da Manhã, vem falar das ligações perigosas entre o Infarmed e a indústria Farmacêutica, concretamente a contratação do meu colega Rui Ivo para Director executivo da Apifarma.
Na generalidade as suas apreciações estão correctas - como sempre -, é verdade que ninguém está «interessado em "estudar" alguma coisa que incomode o discreto fluir da complacência geral que tomou conta deste Portugal de pequeninos» mas comete um erro relevante - tal como Pacheco Pereira já cometera - na sua apreciação das influências, mais ou menos subterrâneas, sobre o poder político dos interesses na área do medicamento: a farmácia tem um posicionamento face ao poder completamente diverso da indústria farmacêutica. Confundir os interesses de uns e de outros é o mesmo que dizer que não se percebe nada do assunto.

Ainda duas notas, João Gonçalves esqueceu-se de referir o importante papel que desempenham as Farmácias na saúde dos portugueses, realçando, isso sim, a vertente comercial, comparando-a aos cangalheiros e esqueceu-se de referir que o Dr. Rui Ivo deixou de ser Presidente do Infarmed há muitos anos, que não «passou para o outro lado do espelho» sem passar por um longo período de nojo, pelo que o que estará neste caso errado é o modo como o Estado português concede licenças sem vencimento inidiscriminadamente (veja-se o caso dos médicos que saem para a concorrência privada durante 10 anos sem verem o seu lugar seguro minimamente ameaçado) por tempos excessivamente prolongados.

Peliteiro,   às  13:21
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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

A concorrência, essa milagreira 

Dantes, um doente, por esses Centros de Saúde fora, primeiro que lhe administrassem um injectável era o cabo dos trabalhos.
Tem que marcar, venha cá amanhã, vá tirar uma fotocópia à receita, despache-se, qual doeu.

Agora, ao que me tem dito vários colegas, desde que se sabe que os Farmacêuticos vão "dar" injecções, sem complicações, que estão a chegar as vacinas da gripe, as coisas têm mudado.
Tenho pressa na receita porque a Sra. Enfermeira - que simpática! - está à minha espera e vai-ma dar já.

Os milagres que a concorrência faz...

Peliteiro,   às  23:44
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Semper fi 

A Farmácia em bolandas na Europa. O Director Geral do Mercado Interno e dos Serviços organiza, a 15 de Outubro, um Workshop on Access to High Quality Pharmacy Services. Discute-se, essencialmente, a livre propriedade e a livre instalação.

Eu adivinho o desfecho destas movimentações todas, o padrão é o mesmo seja em Portugal, seja na Europa: livre propriedade para satisfazer o lóbi da grande distribuição e abertura restrita (por cá não abre uma Farmácia nova desde os tempos do arroz de quinze) para limitar a acessibilidade ao medicamento e, consequentemente, não alavancar o crescimento da despesa pública.

É básico; o poder é previsível: sempre fiel aos grandes interesses.

Peliteiro,   às  23:37
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Q 

Se eu tiver um enfarte - o que não é improvável, já que tenho quase todos os factores de risco, agora, cada vez mais, também a idade - se eu tiver um enfarte, dizia eu, levem-me para a urgência do S.º António.
Na ausência de qualquer outra indicação, a partir de agora prefiro sempre a urgência do S. António, a única com uma certificação de qualidade pelo referencial ISO.

Prefiro sempre estabelecimentos de saúde certificados; na privada há tempos que passei a ser cliente dos HPP, na rua da Boavista, desde que soube que era integralmente certificado pela ISO 9001. Num sistema de saúde à deriva, sem fiscalização, sem regras claras, resta-nos a confiança nas auditorias do sistema de gestão da qualidade.

Peliteiro,   às  23:21
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Porque não páram de fornecer? 

Indústria farmacêutica anuncia início da cobrança coerciva das dívidas dos hospitais.

Parece-me bem, afinal 744 milhões de euros é muito dinheiro. Só tenho uma dúvida, porque será que, em vez de andar de maço para cabaço nos Tribunais, não páram simplesmente de fornecer os Hospitais do Estado?
Não o fazendo, não procedendo como qualquer outra empresa (o interesse dos doentes aqui não colhe, também nem sequer foi invocado), fica a suspeita de que tudo isto não passa de encenação.

Peliteiro,   às  17:22
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terça-feira, 23 de setembro de 2008

Magalhães para todos 

O meu filho que anda na 3ª classe veio-me hoje questionar porque não tinha ele recebido um computador daqueles de brincar quando na TV se lia "Magalhães para todos" e via uns rapazitos da idade dele a receberem o afamado computador.

Tive que lhe explicar que nem tudo que se vê na TV, nem sequer nos noticiários, é verdade, sobretudo quando o Eng.º Sócrates ou algum ministro estiver por perto e rindo.
Não acredito que o rapaz receba Magalhães nenhum, nem agora nem nunca - só se for eu a pagar! Sócrates engana até as criancinhas.

Peliteiro,   às  23:20
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Desconfiando 

Portugal vai ser pioneiro a nível mundial no aproveitamento da energia das ondas.

A propaganda diz que Portugal vai ser pioneiro a nível mundial - mas «são três máquinas com tecnologia britânica»!
Desculpem a desconfiança, manifestada já em 2006 e em 2007, mas ainda ninguém me esclareceu - posso, eventualmente, estar mal informado - sobre o impacto ambiental e económico destas minhocas gigantes no meu mar, qual o envolvimento económico do meu Estado neste projecto - em investimento e em potencial remuneração desse investimento - e que benefícios teremos nós, Portugal e a Póvoa de Varzim, ao permitir a exploração de um bem público por uma empresa privada.

Póvoa de Varzim, pescador artesanal

Peliteiro,   às  10:24
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Ensaio sobre a cegueira 

Denunciaram hoje a falta de alguns medicamentos em Portugal porque as marcas preferem exportá-los devido ao maior lucro. O Infarmed apressou-se a garantir desconhecer a falta de fármacos por esse motivo e diz que se faltassem fármacos seriam emitidos avisos na Internet, sublinhando estar atenta ao mercado.

Trabalhei na distribuição farmacêutica entre 1994 e 1999 e já nessa altura se exportavam grandes remessas de medicamentos para mercados de todo o mundo. Eu próprio o fiz várias vezes (nunca colocando em causa o abastecimento aos doentes do Norte de Portugal). Negócios de milhões de euros (lembro-me de um, de antibióticos para a China, colossal, que não fizemos porque ficaríamos sem stocks durante meses).

Desde essa altura o Infarmed nunca teve conhecimento do fenómeno? São cegos e surdos? Ora, ora...

Em saúde não se pode deixar simplesmente o mercado funcionar. Estas exportações de medicamentos, se descontroladas, podem prejudicar seriamente os doentes. Faz-nos falta uma autoridade do medicamento.

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Peliteiro,   às  00:17
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segunda-feira, 22 de setembro de 2008

E em Engenharia Civil? 

A ministra da Educação anunciou que um dos objectivos do Executivo é alcançar 100% de aprovações no final do 9º ano.

Lembro-me perfeitamente de quando passei no exame do 9º ano. Um acontecimento. Não havia muita gente, menos que dez talvez, com o antigo 5º ano lá na aldeia. Lembro-me do meu pai ter uma conversa de homem para homem comigo, a primeira talvez, no quintal, lembro-me exactamente do lugar, dizendo-me, mais ou menos isto, que eu já tinha a instrução mais que suficiente para entrar no mundo do trabalho, para ter um bom emprego, melhor que a média, mas gostava, aconselhava-me a continuar a estudar. Assim fiz e agradeço-lho.

Nesse tempo - não muito longínquo, que não sou tão velho assim -, infelizmente, muito poucos estudavam; agora, infelizmente, tal como dantes, também muito poucos estudam - embora muitos frequentem a escola!

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Peliteiro,   às  23:54
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Flagrante delitro 



Não sei porquê, o Casino da Póvoa quis oferecer uma estátua de 4m à cidade. Não sei porquê, o Casino ofereceu uma estátua de Fernando Pessoa.
Nada, que eu saiba, liga Fernando Pessoa à Póvoa de Varzim, a não ser, claro, o que o liga a qualquer outra cidade onde se fale português.

Se amanhã o Casino decidir oferecer também estátuas de Alberto Caeiro, Ricardo Reis e Álvaro de Campos? E se fizéssemos uma espécie de exército de terracota de poetas de 4m de altura - mas com Pessoas mais pessoa, em flagrante delitro talvez - ali em frente ao porto de pesca?

Alguém me consegue explicar a razão, os critérios, desta surpresa que nos caiu de repente no espaço público?

Peliteiro,   às  00:20
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Evitando notícias vindas do "bas-fond" da blogosfera 

Sobre as pressões de Sócrates sobre a comunicação social, não deixar de ler todo o texto na Grande loja do Queijo Limiano:

«Quando o Público publicou a reportagem, o seu autor, Ricardo Felner, e conforme consta no processo da ERC sobre o assunto, recebeu sete ou oito telefonemas do primeiro-ministro.
Não de José Sócrates, pessoal individual, privada, da sua residência ou lugar privado. Não, foi mesmo do gabinete oficial do Estado. No primeiro desses telefonemas, o primeiro-ministro, no seu fato de Estado, referia-se aos rumores, boatos e calúnias, vindas do "bas-fond" da blogosfera.
Ou seja, forçosamente, do blog de António Caldeira. Uma injúria, obviamente, proferida oficiosamente num gabinete do Estado, por um indivíduo que é primeiro-ministro.

Ninguém se incomodou particularmente com isto, por várias razões. Uma delas, porventura a mais forte e relevante, é que este indivíduo que é primeiro ministro, tem poder de influência suficiente para dizer, impunemente, pelo telefone, uma coisa como esta, ao director do Público, José Manuel Fernandes, a propósito do mesmo assunto e segundo o Expresso:

"
Fiquei com uma boa relação com o seu accionista ( Paulo Azevedo) e vamos ver se isto não se altera".

Esta frase, se verdadeira, dita por um primeiro-ministro, a um director de jornal, no sentido inequívoco de o avisar de consequências nefastas por causa de uma notícia que o afectava gravemente, revela tudo sobre este mesmo PM, no que se refere ao seu real poder de influência e vontade pessoal de o exercer.
»

Peliteiro,   às  00:13
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domingo, 21 de setembro de 2008

A história o condenará 

Arnaut: a saúde está em coma

Na semana em que Correia de Campos apresenta o seu livro de auto-propaganda, António Arnaut diz que «a saúde está em coma» e «responsabiliza o ex-ministro da Saúde António Correia de Campos de dar a machadada final no sistema, ao acabar com as carreiras médicas».
O coveiro do SNS já não engana ninguém.

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Peliteiro,   às  17:18
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sábado, 20 de setembro de 2008

Coincidências 

Ministro da Economia recebeu 300 mil euros do presidente da AdC em adiantamento por apartamento.
Manuel Pinho nomeou em Março Manuel Sebastião.


O mundo é pequeno e há poucos apartamentos à venda - este negócio é por certo apenas uma coincidência...
Será na Póvoa, a terra onde tudo que é sujo acontece?...

Peliteiro,   às  15:08
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What Else? 

«O Ministério da Saúde é um dos principais prejudicados pelo cartel no fornecimento de refeições
Ministério da Saúde? What Else?

Peliteiro,   às  15:04
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sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Promiscuidade indesculpável 

O PSD da Póvoa de Varzim, que é poder, nada disse sobre o caso da empresa de aluguer de médicos. O PSD de Vila do Conde, que não é poder, disse, bem:

Conferência de Imprensa - Promiscuidade indesculpável

A notícia de que o senhor presidente do Centro Hospitalar de Vila do Conde/Póvoa de Varzim tem uma empresa fornecedora de profissionais de saúde a hospitais públicos é sintoma claro de que há uma grave doença nos actuais negócios entre o sector público e os fornecedores privados.
(...)
Com efeito, é de todo inaceitável que o senhor Administrador hospitalar mantenha activa uma ligação do seu foro privado económico com o sector público onde trabalha. De nada adianta dizer-se que não existem transacções económicas entre a sua empresa e o Centro Hospitalar onde trabalha, já que elas existem com outros centros hospitalares.
(...)
Há poucos dias, os jornais noticiavam que empresas como aquele de que o Senhor Presidente do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Vila do Conde/Póvoa de Varzim é sócio colocam médicos nos hospitais públicos ao preço de 100€/hora, havendo situações de facturação diária de 2.500€ apenas pelo serviço de um médico. Negócios escandalosos desses não podem continuar, tal como a Sra. Ministra da Saúde teve oportunidade de afirmar quando foi instada a comentar essas notícias.
(...)
Por tudo isto, o laço de confiança entre o senhor Presidente do Centro Hospitalar Vila do Conde/Póvoa de Varzim, a restante administração, o pessoal que ali trabalha e toda a comunidade que é servida por aquela instituição está irremediavelmente quebrado, pelo que apelamos à Sra Ministra da Saúde que, em respeito pela transparência e ética que deve orientar o serviço público, promova a imediata demissão do mesmo. Na verdade, nunca saberemos, no caso deste Administrador, onde é que começa e onde acaba a função de cada um. Será administrador público de tarde e privado de manhã, ou o inverso. Por outro lado, recomenda-se que as autoridades competentes analisem pormenorizadamente todos os contratos celebrados entre os diversos Centros Hospitalares nos quais este Administrador teve funções de gestão e a empresa de que é proprietário.

Peliteiro,   às  19:51
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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Libero ma non troppo 

Primeiro, na tomada de posse deste Governo, foi anunciado que havia que enfrentar os lóbis. A Autoridade da Concorrência fez um estudo e aconselhou que se tornasse livre a abertura de novas farmácias e livre a sua propriedade. Os imensos comentadores e opinadores deste país, aqueles que falam sobre tudo, deliraram, salivaram e por eles os medicamentos vendiam-se até no quiosque da esquina. Depois o Governo não deixou abrir nem uma Farmácia nova e limitou-se a quebrar a indissociabilidade da direcção técnica da propriedade.
E criou-se uma originalidade portuguesa, um regime que nem é carne nem é peixe.

A Comissão Europeia desconfia e em Abril pede explicações ao Governo Português. A resposta portuguesa foi mantida em segredo. Agora Bruxelas exige que Portugal altere legislação sobre propriedade de farmácias.
Enfim, uma legislação de 2007, modernaça, afinal não passa nos critérios da nossa Europa!...

É esta o fio condutor das Reformas da Saúde: a incompetência e o disparate.

Peliteiro,   às  23:29
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Apito encarnado 

Nápoles 3 - SLB 2

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Peliteiro,   às  23:19
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A história o condenará 

Correia de Campos vai editar um livro: "Reformas da Saúde – O fio condutor".
ouvi uma conferência dele com este título. Não há fio de condutor nenhum! Apenas um ex-ministro que quer deixar a impressão de que ele é o grande arquitecto da política de saúde do Governo Sócrates - acontece que se há uma acção consistente deste Governo é a da destruição do SNS! A história não te recordará como obreiro da política de saúde, Correia de Campos, a história te condenará por seres o coveiro do SNS - a explosão de hospitais privados e o sucesso dos seguros de saúde são evidências muito mais fortes do que todos os livros que possas escrever.A história te condenará, Coveiro do SNS.

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Peliteiro,   às  22:59
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Com a verdade me enganas 

PÚBLICO - Quais foram os agentes mais difíceis de afrontar? Os médicos? A indústria farmacêutica? Os farmacêuticos?

Correia de Campos - O actor mais poderoso é a Associação Nacional de Farmácias, sem dúvida, e a uma enorme distância de todos os outros. É muito difícil de afrontar, mais do que a indústria.
_______________________________________________


O coveiro do SNS aqui foi verdadeiro.
Não porque a ANF seja mais poderosa que companhias com orçamentos equiparados ao Orçamento de estado português, com recursos imensos e habituados a negociar nos corredores do poder do mundo inteiro; antes porque Correia de Campos nunca afrontou verdadeiramente a indústria farmacêutica (o crescimento das vendas de medicamentos em 5% deste ano atestam-no)!
Aos médicos afrontou um bocadinho, ao de leve - e foi para a rua!

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Peliteiro,   às  22:59
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É normalíssimo, é compatibilíssmo, é até recomendável 

O novo presidente do Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim tem uma empresa que fornecia profissionais de saúde ao, entre outros,...
Centro Hospitalar da Póvoa de Varzim!


E acima de tudo, é para os administradores hospitalares aprenderem a não defender publicamente a exclusividade dos médicos.
Ler mais no JN.

Peliteiro,   às  00:49
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quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Cianeto genérico 

Em 1982, nos EUA, um tarado introduziu cianeto em cápsulas de Tylenol e matou 7 pessoas. Este é um exemplo clássico usado para demonstrar problemas de segurança na cadeia dos medicamentos.
São geralmente aceites como imprescindíveis para a garantia de segurança dos medicamentos o respeito pelos princípios da rastreabilidade e da unidireccionalidade.

No dia 30 de Setembro, o nosso Governo determinou que todos os medicamentos genéricos em stock em todas as Farmácias do país marcados com os preços actuais, serão devolvidos aos armazenistas que os devolverão à indústria para remarcação com preço reduzido em 30%.
Uma operação logística complicada - que demonstra bem o mais completo desrespeito do Estado pelos seus fornecedores e parceiros - que terá como certo uma enorme confusão - nada condizente com uma actividade que se quer serena e sem focos de erro - e inevitáveis rupturas de fornecimento, muitos medicamentos esgotados, e milhares e milhares de embalagens sem rastreabilidade possível e em movimento multidireccional.

Se um tarado de Arnoso injectar amanhã cianeto numas cápsulas quaisquer, é bem provável que uma vá parar a Lisboa e outra a Faro ou Valença - mas isso não interessa nada, isso só acontece nos filmes ou aos outros lá longe na América.
(Foto de Bob Pearson / EFE: Furacão Ike em casas de Gilchrist, Texas)

Peliteiro,   às  23:51
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Eficiência à Portuguesa 

No primeiro Domingo de Maio, dia de cortejo da Queima das fitas em Coimbra, um dos meus filhos - ainda não sei qual dos malandros - espatifou-me o diafragma da lente 18-135mm da minha câmara fotográfica.
Nessa mesma semana entreguei-a para reparação numa casa especializada, recomendada, do Porto. Muitas chamadas telefónicas e dois meses depois fui ao Porto resgatar a lente e enviei-a para Lisboa por correio. Desde o dia do envio até à data da recepção na oficina da marca decorreram, nada mais nada menos que, 7 dias. Passado 1 mês, estávamos em Agosto, informaram-me por e-mail que faltava uma peça, que viria do estrangeiro, e portanto a reparação seria demorada. Reparação essa que, claro, já há muito estava paga.
Chegou-me hoje a casa.

Mas chegou em correio expresso!

Peliteiro,   às  23:31
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Blogue Nobel 

Bem-vindo à blogosfera camarada José Saramago.

Peliteiro,   às  23:27
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Banho turco 

FCP Porto Fenerbahçe

Peliteiro,   às  23:16
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Novas de France 

Welcoop : des coopérateurs dans le grand bain du capitalisme
«Welcoop (ex-Cerp Lorraine) a présenté le 12 septembre un nouveau modèle économique où le pharmacien coopérateur deviendra actionnaire du groupe: le montant de l’investissement y est fonction du nombre de services intégrés à l’officine, et ses dividendes y sont proportionnels aux achats du pharmacien dans les filiales du groupe, notamment en matière de génériques.Alors, moyen de se préparer contre la menace des chaînes ou, au contraire, prémices d’un réseau totalement intégré verticalement ? Les avis professionnels divergent. Mais une chose est sûre : la pharmacie française entre de plain-pied dans l’ère du capitalisme. Dans l’optique de la libéralisation, c’est le début des grandes manœuvres.»

Le Moniteur des pharmacies


Peliteiro,   às  22:52
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terça-feira, 16 de setembro de 2008

Concorrência nas Análises Clínicas 

Embora não o tenha lido - já não há paciência, são muitos anos de mentiras e balelas! - fica para quem interessar a ligação para o Estudo sobre a Concorrência no Sector das Análises Clínicas que foi ontem tão falado na comunicação social.
_________________________
Nem a propósito do fenómeno de concentração detectado no sector fica o rumor da aquisição do mais importante laboratório do Minho, Hilário de Lima, por um "grupo" estrangeiro.

Peliteiro,   às  23:48
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Cartel? 

Não é só no preço dos combustíveis que todos vemos concertação de preços, excepto a Autoridade da Concorrência, também no preço dos medicamentos é difícil não ver cartelização.
Por exemplo, num medicamento em que o Estado gasta imenso dinheiro em comparticipações (serão tão fraquitos os estômagos dos portugueses?), o omeprazol 20mg x 56caps., há 15 marcas com o preço de 52,61€.
Deve ser coincidência...

Peliteiro,   às  23:40
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Nuevas de Espanha 

Em Espanha a ANGED, Asociación Nacional de Grandes Empresas de Distribución, que agrupa empresas como Alcampo, Aldeasa, Carrefour, El Corte Inglés, Eroski ou Hipercor, toma posição em Tribunal numa questão relativa à abertura e propriedade de Farmácias. No fundo é apenas o formalizar do interesse desses grandes grupos no sector da Farmácia, pois já se pressentia há muito esse apetite; em toda a Europa, incluindo Portugal, claro.

Peliteiro,   às  23:36
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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Análises da selva 

«Há falta de respeito total da parte do Estado, que nunca se portou como pessoa de bem em relação a nós.
Eu preocupava-me muito mais com aquilo que se passa nos
hospitais, que não estão, a maior parte deles, licenciados, nem cumprem as normas de licenciamento, nem estão certificados.»

Portugal, 2008.
Vejam, meus senhores, se isto é um país da Europa, um país sério, se a sua saúde e a dos seus filhos está em boas mãos. Isto é inacreditável!

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Peliteiro,   às  11:41
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Para que serve uma Entidade Reguladora? 

A ler no ALLCARE-managemente:

«Parece que existe a Entidade Reguladora da Saúde (ERS). Dizem vários dos prestadores de serviço relacionados com a saúde, que a ERS lhes cobra uma taxa anual relevante. Não sabemos se é relevante. Sabemos, no entanto, que para além dessa taxa que cobra aos prestadores de serviços de saúde, ainda usufrui de dinheiros públicos. E para que serve? Nós até imaginamos para quê, mas quando o seu Presidente vem fazer este tipo de declarações, pensamos que seria melhor para os prestadores de serviço e contribuintes, fechar a dita ERS. Vejamos as declarações:
  • O presidente da Entidade Reguladora da Saúde (ERS), Álvaro Almeida, teme que possam existir laboratórios de análises clínicas que não cumpram requisitos mínimos de qualidade porque «ninguém verifica» a situação, defendendo o regresso do licenciamento obrigatório e eficaz.
    «É preciso que haja entidades externas que verifiquem se os requisitos humanos e técnicos existem quando se inicia uma determinada actividade. É importante que haja um sistema de licenciamento eficaz», defendeu.
    O responsável considerou que o anterior processo de licenciamento, da responsabilidade das Administrações Regionais de Saúde, «não era muito facilitador, era complexo e exigia a participação de muitas entidades».
    «Neste momento há requisitos que têm de ser cumpridos, mas não há sistema montado para verificar que cada vez que um laboratório comece a funcionar os cumpre. Pode acontecer que haja laboratórios a funcionar sem esses requisitos, porque não há ninguém a verificar essa questão»
    Apesar de os laboratórios conhecidos pela ERS cumprirem «todos os requisitos de qualidade mínimos», Álvaro Almeida refere não haver a garantia que isso aconteça em todos os laboratórios.

Ás vezes, o silêncio é a melhor forma de não dizermos disparates. Esta ERS esteve numa primeira fase, aparentemente desactivada, dado que nem tinha instalações próprias. Depois, parece que lhes deram alguns meios. Mas, ainda temos que ouvir (ler) que "Pode acontecer que haja laboratórios a funcionar sem esses requisitos, porque não há ninguém a verificar essa questão". Mas, afinal para que serve a ERS? E os seus dirigentes e funcionários?»

Peliteiro,   às  11:40
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Cartel? 

350 mil portugueses limitados a fazer análises em apenas dois grupos empresariais
Laboratórios de análises clínicas não cumprem requisitos de qualidade

«Um grau de concentração de concorrência que está a preocupar a Entidade Reguladora da Saúde». Está a preocupar. Só agora é que está a preocupar? Isto é um fenómeno que se regista há anos. Continuo a dizer: A ERS nem sabe quantos laboratórios de análises clínicas operam em Portugal - mas sabe que alguns poderão não «cumprir requisitos mínimos de qualidade. "Ninguém verifica".»
Ando há anos a denunciar aqui esta lamentável situação - que não acaba, nem se atenua sequer com este relatório.

Se está a preocupar a ERS, o Estado, presumo, porque não celebram convenções comigo, e com outros especialistas em análises clínicas, o SNS, a ADSE e os outros subsistemas? Porque não permitem a abertura de novos laboratórios?
Porque têm desprezado e abandonado completamente o sector e os seus profissionais?

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Peliteiro,   às  00:16
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domingo, 14 de setembro de 2008

Pague e não bufe 

Quando em 2006 Correia de Campos reduziu o preço dos medicamentos em 6% como modo de controlar a despesa do Estado com os medicamentos eu sabia - todos aqueles que conhecem minimamente o sector sabiam - que essa medida era apenas um balão de oxigénio, de efeito rápido mas breve, e que «isto não é gerir, muito menos governar; não se pode usar este estratagema indefinidamente. O desperdício, a anarquia, o descontrolo continua no SNS. Adia-se apenas a implosão. Curto-prazo, política de contabilista, quem vier a seguir que feche a porta.»

Passados 2 anos a política do medicamento de Correia de Campos esfuma-se em nada e o mercado dos medicamentos cresce, calmamente, a 5%.

O desperdício, a anarquia, o descontrolo continua como sempre e, como sempre, o povo é quem pagará a incompetência (na melhor das hipóteses) deste Governo. A partir de Janeiro caro leitor, prepare-se para pagar os medicamentos ainda mais caros - pagar e não bufar!

Peliteiro,   às  23:34
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sábado, 13 de setembro de 2008

O corta-fitas 

Primeiro-Ministro inaugura Hotel Casino Chaves

O casino está a funcionar desde Janeiro de 2008 e o Hotel desde Julho!
Propaganda política de atrasados mentais para atrasados mentais.

Peliteiro,   às  15:57
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quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Até tu, Brutus? 

Para quem como eu é militante do PSD há tantos anos é revoltante observar o modo como certos companheiros - cristãos-novos é certo - se vergam ao poder da força política adversária, aos arqui-inimigos socialistas.
«Continue com esse espírito reformador, sr. primeiro-ministro. O páis saberá compreender.»
«Frisou o social-democrata, elogiando a "coragem" do Governo "nas reformas" em curso.»
«O sr. primeiro-ministro defende alguns princípios que eu também defendo, como o de utilizador/pagador e o do poluidor/pagador. Tem algumas qualidades não muito comuns nos políticos: é um homem corajoso, trabalhador, organizado. Continue que o país saberá compreender.»

Dra. Manuela Ferreira Leite como permite ter autarcas do seu partido, prováveis candidatos às próximas eleições, a fazerem declarações destas? Comigo eram imediatamente expulsos, sem apelo nem agravo. Gente desta, por trinta dinheiros vende-se ao inimigo; como previ há dias, por um lugar de administrador hospitalar, se for preciso ele muda de partido.

traidor (clicar para ver mais)

Peliteiro,   às  23:35
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Peliteiro,   às  14:12
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Aposto que não 

Embora não conheça o caso do saco azul de Felgueiras a não ser pelos jornais atrevo-me a prever -no seguimento de uma tradição de adivinhação deste blogue, bastante bem sucedida, diga-se - que Fátima Felgueiras nunca cumprirá nem um dia de prisão preventiva e, e mais, que vencerá as próximas eleições lá no concelho.
Porquê? Porque não acredito na capacidade da Justiça portuguesa condenar ninguém com "peso" (disclaimer: seja a Fátima inocente ou culpada), nem acredito na inteligência dos eleitores de Felgueiras (nem de muitas outras localidades).

Peliteiro,   às  00:02
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quarta-feira, 10 de setembro de 2008

É hoje o fim do mundo 


Inicia-se hoje a maior experiência científica de sempre recorrendo à maior máquina de todas, o mais potente acelerador de partículas alguma vez construído. Saiba mais sobre o LHC, Grande Colisor de Hadrões, e conheça o túnel por dentro.
Para quem se interessa por ciência, hoje é um dia emocionante (mesmo que tendo muitas dificuldades para entender com profundidade o que se espera que aconteça - não é fácil dominar as propiedades da gravidade à luz da teoría da relatividade de Einstein, não é fácil compreender a relevância da partícula de Deus, o Bosão de Higgs).

Peliteiro,   às  00:17
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terça-feira, 9 de setembro de 2008

Fidelização de clientes 

«As promoções disponibilizadas na adesão a um dos 4 pacotes ZON destinam-se apenas a novos Clientes.»

Alguém da área do marketing me explique qual a razão porque a ZON (isto acontece noutras marcas) oferece condições especiais a novos clientes e não a clientes antigos, fiéis e bons pagadores? Não deveria ser ao contrário?
Assim como assim, enquanto não percebo a lógica, vou mudar para a concorrência.

Peliteiro,   às  08:29
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ziguezagueando 

Afinal o Governo limita baixa no preço dos genéricos.
O Ministério da Saúde introduziu várias limitações à descida em 30% do preço dos genéricos.

Primeiro accionam a máquina de propaganda e anunciam para 1 de Setembro uma descida de 30% nos preços dos genéricos. Depois adiam para 1 de Outubro. Quando sai a portaria respectiva, surgem os "mas", "pois", "porém, todavia, contudo". É um Governo socialista.

A indústria farmacêutica mostra a sua raça.

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Peliteiro,   às  00:25
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segunda-feira, 8 de setembro de 2008

ziguezagueando 

Eu pensei que as parcerias público-privadas na saúde agora eram para acabar, que «a gestão hospitalar deve permanecer pública», mas afinal não percebo nada:

«As Parceiras Público-Privadas (PPP) no sector da Saúde vão custar ao Orçamento do Estado, nos próximos 30 anos, 5643,3 milhões de euros, verba semelhante ao investimento previsto para a construção do novo aeroporto de Lisboa, em Alcochete.»

Só em consultorias «Os gastos poderão chegar até 2012 aos 19,7 milhões de euros».

Ziguezagueando, mas com um objectivo bem definido: a roubalheira (desculpem a terminologia pouco elegante, mas é a verdade).

Peliteiro,   às  23:37
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É a economia, estúpidos! 

Sobre a roubalheira nas urgências do SNS (desculpem a terminologia pouco elegante, mas é a verdade), a posição do sindicato independente dos médicos, com a qual concordo (aleluia!):

«Era uma vez um Ministro da Saúde, social-democrata, que, preocupado com as canetas dos doutores, principalmente dos Médicos de Família, trancou o acesso às Faculdades de Medicina. "Não é o que eles ganham, é o que eles gastam!", exprimia, ufano, no início da década de 90.
Com esta inteligente medida, só parcialmente corrigida no início deste século, passámos a exportar estudantes de Medicina e a importar mão-de-obra médica, temporária e, por vezes, impreparada.
Depois o centrão, primeiro social-democrata, depois com confirmação socialista, ambos bem acolitados pelo influente lobby dos administradores hospitalares, achou que empresarializar hospitais e serviços de saúde era a suprema nota de modernidade.
Com a água do banho da mudança e com a chegada oportunista dos privados foram-se as carreiras médicas, a estrutura hierárquica, o amor à camisola, a qualidade da prestação de cuidados e o serviço público.
Agora todos choram lágrimas de crocodilo sobre a trampa que fizeram.
Mexeram num sector altamente regulado e estável, o trabalho médico e a sua evolução sócio-profissional, e introduziram as regras de mercado sem terem assegurado se tinham meios humanos para tal.
Não tinham.
Agora todos se escandalizam com os inflacionados e descontrolados preços da oferta e procura, propondo ou anunciando medidas de correcção.
Apetece gritar bem alto, principalmente aos ouvidos do lobby dos administradores hospitalares, co-responsáveis pela tormenta: é a economia, estúpidos!
»

Peliteiro,   às  23:26
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Vitória sobre interesses corporativos 

Médicos chegam a receber 2500 euros por dia em urgências de hospitais públicos

Isto tem um nome: roubo!

O Governo que pactua com estas coisas é: desonesto e indigno. Os médicos que se sujeitam a fazer o mesmo trabalho por uma miséria são: pacóvios e cobardes.

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Peliteiro,   às  13:56
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sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Simplex 

Neste país só é preciso estar atento para encontrar fenómenos extraordinários: desde pão com prazo de validade expirado há 35 anos até um concurso público do Ministério das Obras Públicas - para a importante empreitada de reabilitação de um Porto de Pesca - com prazo para recepção de propostas a 1 de Setembro, mas publicado num jornal de 3 de Setembro!
Vou impugnar.

Peliteiro,   às  20:25
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É o lóbi, é o lóbi 

Sócrates disse que a abertura de uma Farmácia no Hospital de Leiria é uma "vitória sobre interesses corporativos". Mentiroso.

Peliteiro,   às  08:20
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quinta-feira, 4 de setembro de 2008

É a crise, é a crise 

O primeiro-ministro e a ministra da Saúde inauguram hoje a primeira farmácia privada num hospital




Dantes os Primeiros-Ministros inauguravam grandes obras, Hospitais centrais, grandes pontes, barragens, autoestradas... Agora, à falta de melhor José Sócrates até já inaugura Farmácias, privadas. No futuro, se as obras continuarem a escassear, ainda vai acabar a inaugurar discotecas.

Quanto levará Sócrates para abrilhantar a inauguração de uma discoteca privada? Levará mais que a Cláudia Vieira?


Peliteiro,   às  13:26
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Carta aberta 

De Teresa Caeiro, a minha Deputada preferida, uma carta aberta à Ministra da Saúde lembrando, bem:
  • A prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI) ou seja, pelo princípio activo do medicamento, continua por regulamentar, mesmo para medicamentos com grupos homogéneos, o que irá subverter qualquer descida administrativa dos preços dos medicamentos;

Claro que a prescrição por DCI, não obstante comprometida, nunca se concretizará. Mexe muito com o statu quo.

Peliteiro,   às  07:50
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quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Feudos 

Aprendi a administrar injectáveis e a efectuar venopunções na teórico-prática da cadeira de Anatomia ministrada pelo Prof.º Simões de Carvalho, na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.

Desde aí, não foi nem uma nem duas as vezes em que administrei injectáveis, incluindo vacinas; tal como muitos dos meus colegas - é público.

Agora, os Enfermeiros acusam farmácias de "invasão de actividade" por causa de administração de vacinas. A partir de um Parecer do Conselho de Enfermagem a Ordem dos Enfermeiros emitiu um comunicado onde afirma que apenas os Enfermeiros - e nunca os Médicos ou os Farmacêuticos - podem administrar injectáveis.

Até certo ponto concordo com os enfermeiros, conservador, defendo um exercício profissional na saúde o mais bem definido, regulado e fiscalizado possível, em estabelecimentos adequados e devidamente equipados (não me lembro da preocupação dos enfermeiros com a venda de medicamentos nos supermercados), sempre respeitando os mais altos padrões de qualidade e segurança. Não posso concordar no entanto, que se diga que o farmacêutico - o mesmo não se aplica ao restante pessoal da Farmácia! - devidamente treinado não tem competência técnica para administrar uma vacina, para reagir a um efeito adverso - a uma reacção anafilática segundo a circular normativa 8/DT -, e que as Farmácias, enquanto estabelecimento, não tem condições para a realização de tal acto (haverá as que não, tal como haverá clínicas de enfermagem que não). Preferiria que os farmacêuticos não o fizessem por rotina, como até agora, mas não é preciso um Doutoramento e um estágio na Clínica Mayo para aplicar uma injecção.

Enfim, a evolução da prestação dos cuidados de saúde - pautado pela tentativa, a todo o custo, da diminuição de despesa pública - não vai pelo melhor caminho e a desregulação é uma constante, mas este episódio das vacinas - originado pelo Governo! - não será muito significativo para a saúde em Portugal, nem trará prejuízos aos doentes - antes os benefícios da acessibilidade e da concorrência -, é mais uma guerra de alecrim e manjerona que se prolongará indefinidamente.

Peliteiro,   às  19:25
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terça-feira, 2 de setembro de 2008

Nem sabem quantos são 

«A Entidade Reguladora da Saúde vai divulgar em Setembro uma análise concorrencial do mercado das análises clínicas em Portugal, que aponta para a conclusão de que apenas em Lisboa e Porto existe um grau de concorrência razoável.»

A ERS vai divulgar em estudo? A ERS nem sabe quantos laboratórios de análises clínicas operam em Portugal, nem quantos deles são fictícios, "barrigas de aluguer", a ERS nem sabe a diferença entre um laboratório - onde exercem (supostamente) especialistas em análises clínicas ou patologia clínica com equipamento sofisticado - e um posto de colheitas - onde exerce em part-time um enfermeiro com uma seringa.

A ERS já divulgou um estudo destes em 2006 - inconsequente, até hoje. Este, inconsequente será.

Peliteiro,   às  19:56
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Um parto difícil 

«Primeira farmácia privada em Hospital abriu em Leiria»



Não foram 9 meses como dizia Sócrates, foram 28 meses!!! E só o conseguiram num Hospital.
Deve ser difícil...


Nota 1: O mercado é mais rápido que o Estado. Esta Farmácia, por exemplo, vai pagar uma renda anual de 100 mil euros e ceder 30% da margem bruta ao Hospital onde se instalou. Antes de 28 meses haverá uma destas Farmácias de Hospital a denunciar o contrato ou a falir - aposto!

Nota 2: Ana Jorge, também tem jeito para partos difíceis, tinha prometido para Abril de 2008 a abertura de concursos (! sorteio em tômbola!) para 300 novas Farmácias... Também deve ser difícil...

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Peliteiro,   às  13:32
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Pigs in muck 

Porcos no estrume não é um classificativo muito interessante, mas é assim que o Finantial Times se refere a nós portugueses.
Já havia os países BRIC, agora há os países PIGS - Portugal, Itália, Grécia e Espanha - aqueles países cujo crescimento económico há uns anos dava a impressão de descolar mas que se vê hoje cairem de novo na lama.
Não está mal visto. Países lavajões!

Peliteiro,   às  09:39
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segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Um país a fingir 

Quando fui de férias resolvi aderir ao projecto do MAI, "Verão seguro".
Não confio nada nas nossas polícias, mas, enfim, nada havia a perder.
Recebi uma mensagem automática dizendo «Na sequência do pedido efectuado, será contactado pessoal ou telefonicamente por um elemento da GNR ou da PSP, para confirmação da sua ausência.»
Até hoje!
Estas coisas ficam bem na televisão, ditas por figurões, mas no terreno, concretizá-las... Espera sentado.

Peliteiro,   às  14:27
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Um país de rir 

Juro que não é brincadeira. Tenho várias fotografias e a embalagem ela própria como evidência.
Comprei nestas férias, num pequeno mercado do interior, um saco de pão-de-forma com o prazo de validade ultrapassado em 35 anos!


Peliteiro,   às  14:24
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