Calma! Vamos com calma, há que aprender a ler notícias, não se entusiasmem.

Se lerem a notícia e não apenas os títulos verificarão que os tais 1861 genéricos correspondem afinal a apenas 13 princípios activos. Que desilusão, 13!!!
Se fizerem uns cálculos, verificarão que aquela que parece uma poupança imensa se transforma nuns míseros 0,50 € por doente. Que desilusão, 0,50!!!

Agora que já vos estraguei o dia, agora que já perderam o entusiasmo inicial, pensem lá como é possível que 13 princípios activos originem 1861 apresentações. E como é possível que com tanta propaganda repetida os genéricos em Portugal sejam dos mais caros da Europa?

Macedo Vieira é o mais que certo candidato do PSD à Câmara da Póvoa de Varzim; não há surpresas, é um dinossauro das autarquias, não sabe fazer mais nada que não seja conseguir votos das gentes da terra.
Estranha-se por isso a letargia a que se dá nestes últimos tempos - quando já deveria estar em profusa e pré-campanha -, sem aparecer nas Reuniões Públicas da Câmara, nos eventos sociais, nas cerimónias religiosas, nos acontecimentos desportivos, nos jornais, nas polémicas (ninguém conhece sequer a sua posição no caso Legionela), nem sequer no seu jogging de Domingo de manhã. Sabe-se também que agora está no Brasil. A que se deverá este estado de estupor do Macedo Vieira?

Noticia esta semana o Expresso, com destaque de primeira página, que as «Farmácias vendem segredos médicos», que os dados das receitas médicas vão ser cedidos pela ANF à indústria farmacêutica por intermediação da IMS.
O Bastonário da Ordem dos Médicos, seráfico, afirma que deste modo «as farmácias passariam a vender mais medicamentos».

Ora, como toda a gente sabe, alegadamente*, as farmácias, os armazenistas, as clínicas, os hospitais e os próprios médicos - sim, os próprios médicos! - já fornecem dados de prescrição à indústria farmacêutica, há décadas!
Pagando - presumo que bem - será possível saber quase tudo sobre o perfil prescritor de qualquer médico neste país. Talvez até sobre a marca da sua esferográfica ...
Não me venham portanto com falsos pruridos.

Mas esta é apenas uma questão marginal.

Já que se fala nisto, gostaria de saber porque será que há tanto interesse e se paga tão bem por estas informações - que de facto deveriam respeitar um sigilo absoluto - e porque será que quase 100% dos funcionários da indústria farmacêutica instalada em Portugal estão ligados à área comercial?
Estas sim são questões centrais, com sérias e múltiplas implicações, nomeadamente na sua saúde e na sua bolsa, caro leitor.
É claro que a estas questões o Bastonário da Ordem dos Médicos, Pedro Nunes, responderia também, com certeza, que deste modo «as farmácias vendem mais medicamentos».
Não me façam rir ...

* Alegadamente foi implantado aqui como uma espécie de disclaimer, pois eu tenho horror a tribunais, sobretudo a despesas com tribunais, e quando se mexe nestes temas todas as palavras têm que ser medidas, pesadas, analisadas e obviamente, o texto fica uma porcaria. Uma coisa é certa a IMS opera em Portugal há décadas, e não vende gelados.

Decorreu este fim-de-semana na Póvoa de Varzim a 2ª etapa do circuito nacional de Bodyboard, com a participação do Clube Naval Povoense.
Ondas para homens de barba rija, como só há aqui na Póvoa, enfrentadas com valentia por rapazitos. Um espectáculo! Pode ver algumas fotografias AQUI

A verdade é que este Governo não baixa o IVA, este Governo mantém o IVA aumentado em 1% relativamente aos anteriores 19%!

Captações para os escalões de Escolas (nascidos em 1998; 1999; 2000) e Infantis (1996; 1997):

às 15:00 horas dos dias 25; 26 e 27 de Março no campo de treinos do Varzim.

Mais uma vitória do Clube Naval Povoense na 1ª Etapa do Circuito Nacional de Bodyboard Esperanças 2008. Especiais parabéns para os atletas Moita e Robalo e para o "Mourinho" dos treinadores de bodyboard, Rui "Pi" Campos.



Para quando os apoios da Câmara Municipal a este desporto de mar (em vez de financiar uma equipa profissional de ciclismo - só uns tipos muito pategos se haveriam de lembrar de patrocinar uma equipa profissional de ciclismo, cruzes!, um desporto moribundo) e a estes jovens desportistas do concelho?

Este blogue rejubila com o despedimento do incompetente Abel Mateus - de cognome "O empata" - da Presidência da Autoridade da Concorrência.
Abel Mateus, suportado num estudo medíocre encomendado, defendeu a liberalização da propriedade e a liberalização da instalação das Farmácias o que possibilitou, durante meses, ataques sistemáticos à profissão farmacêutica por parte de políticos igualmente incompetentes e inconsequentes. A vingança serve-se em várias tomas - adeus ó empata.

Que melhor método pedagógico que um bom par de bofetadas para estes alunos mal-criados? A educação é uma coisa muito séria para ser deixada apenas ao cuidado de Pedagogos e Psicólogos - um Boticário recomendaria uns estaladões bem dados e, pelo menos, um mês de faxina às latrinas.


Via Blasfémias
Adenda: O endereço original Youtube do vídeo foi apagado. Agora no Sapo.

Louçã diz no Parlamento a propósito do concurso da Farmácia do S.ª Maria: aldrabice, aldrabice!
Eu também poderei dizer isso aqui no blogue?

Muitas vezes me pergunto como alguns políticos conseguem aguentar determinadas situações, pressões, contestações, humilhações, resumindo, afrontas graves e enxovalhos vários.
Muitas vezes me digo a mim mesmo - eu um Zé ninguém - que por muito menos de metade daquilo bateria a porta com estrondo e seguiria a minha própria vidinha, sem sequer olhar para trás.

Mas quantos políticos, nacionais ou locais, o fazem? Muito poucos. Porquê? Porque - esta é a verdade que todos conhecem mas ninguém afirma - a sua verdadeira motivação não é o interesse público mas o interesse próprio.

Todas as generalizações estão erradas, incluindo esta e, portanto, há excepções, por exemplo: Silva Garcia, Vereador da Câmara da Póvoa. Ou melhor, ex-Vereador!
Homem sem medo da vida, inteligente e com uma carreira profissional solidamente firmada, sem precisar das muletas do erário, quando viu ultrapassados os seus limites fez a «ruptura indispensável», um «veemente protesto que é um sinal de desprendimento, e não um gesto de desistência» e disse: «Não vale a pena o esforço»!
Grande Garcia!

Folheando vagarosamente os jornais dou-me conta de alguém com óculos do tempo de arroz de 15 que afirma com denodo: «Sou contra os blogs»!
É o putativo candidato do PS da Póvoa, dizem-me.
«Sou contra os blogs. Não leio. Acho esse tipo de comunicação negativa, porque ninguém tem o direito, de forma encapotada, de levantar questões ou fazer insinuações que são reprováveis perante uma sociedade justa que se pretende.»
Alguém pode explicar a este senhor o que é um blogue? Alguém lhe pode explicar que já não se usa o fax, muito menos a carta, que existe correio electrónico, mensagens instantâneas, jornais digitais, que hoje em dia toda gente tem um blogue - até eu!

«Quem lê os blogs? 90% das pessoas no concelho, não lê.»
Veem (treinando o novo acordo ortográfico) como estes políticos são manhosos? Não lê blogues mas sabe que 10% do concelho da Póvoa o faz - devia ter mandado fazer um estudo! Este número significativo (ninguém quer fazer publicidade paga aqui?) de leitores no concelho explica, com certeza, a mágoa do antigo político e, pensando bem, a má-vontade do veterano jornalista em relação à blogosfera.

«Não o devia fazer (o líder do PS da Póvoa, comentários em alguns blogs). O presidente de um partido, seja a nível concelhio ou nacional, tem que ser credível, sensível e solidário para com as pessoas.»
Qual será a relação da credibilidade, da sensibilidade ou da solidariedade com a escrita de comentários em blogues? Realmente há raciocínios que me escapam completamente, há políticos com um poder de dedução que eu, desgraçadamente, não consigo acompanhar.

Alguém pode aconselhar Amadeu Meneses a tentar uma atitude mais contemporânea? Pelo menos a mudar de óculos?

Para a Associação Nacional de Farmácias estes primeiros resultados - 4.829 utentes no 1º dia; mais de 17.000 ao 3º dia* - fazem «prever uma adesão significativa ao Cartão das Farmácias Portuguesas, um programa que junta 2.000 farmácias de todo o país, associadas numa única marca.»

É com tristeza, como Farmacêutico, que vejo as Farmácias Portuguesas associadas por um cartão de pontos.
Mas o que se pode fazer, a política assim o quis... Resta-nos a resignação frente à vontade popular e a esperança que esta deriva comercial da farmácia que vivemos nos dias de hoje não tenho muitos efeitos secundários na saúde das populações.

Recordando uma premonição de Abril de 2005 do Dr. João Cordeiro: «Vamos organizar-nos sempre cumprindo a legislação. Mas aquelas pessoas que nos atacam não venham depois dizer que afinal o lóbi ainda está mais forte.»


* Adenda em 18MAR.

Etiquetas: Soma e segue

Que bem fica Correia de Campos no papel de cronista, dissertando sobre o Marquês e aconselhando gente a moderar os ímpetos (logo quem!). Aqui as suas opiniões não têm impacto no país e, consequentemente, não nos prejudicam - mantenha-se muito tempo nestas pacatas funções e a história lhe agradecerá (no entanto, mais dia menos dia sairá uma bela comissão, da solidariedade socialista).

Disse a Ministra Ana Jorge na terça-feira que «As cerca de 300 novas Farmácias, num cenário de liberalização, põem fim a uma exclusividade já incompreensível.»

A Ministra parece também não saber o que significa a palavra liberalização. As novas Farmácias nem são de livre instalação - porque estão sujeitas à abertura de concursos, estúpidos, pelo Estado - nem são de livre propriedade - porque persistem limitações, discutíveis, à posse por privados.

Mas, enfim, os portugueses parecem ter assimilado esta fanfarronice do início do mandato do XVII Governo e os políticos gostam de se dar ares que enfrentam os lóbis.

Agora, a Europa parece não ser assim tão fácil de enganar e parece ter dúvidas quanto ao original sistema português que nem é carne nem é peixe. Donde, segundo informações seguras que terei que confirmar, o Tribunal Superior de Justiça da Comissão Europeia tenha desencadeado procedimentos de infracção, uma Questão Prejudicial, contra Portugal que «contraria as regras Europeias do mercado interior no que respeita à propriedade de Farmácia».

E então Sra. Ministra, como reagirá se isto se confirmar???

Etiquetas: Propriedade e instalação de Farmácia

Aplaudo esta medida do Governo bem como todas que contribuam para diminuir o número de vítimas inocentes das bestas criadas por maiores bestas.
Além de legislação nova é necessário que se faça cumprir a existente; seria óptimo que todos os cães em espaços públicos fossem obrigados, de facto, a estar com trela e açaimo.

Ontem, combinei com o Vladimiro Silva que eu fotografava e ele escrevia o texto sobre a conferência a que assistimos em Coimbra. Como ele ainda não publicou nada, vou escrever duas palavrinhas.
Eu, que detesto compromissos durante as noites de semana, que raramente frequento eventos da classe farmacêutica, tenho ido algumas vezes a Coimbra assistir às conferências organizadas pela secção regional Centro da Ordem dos Farmacêuticos. Curiosamente, sendo um homem do Norte, profissionalmente sinto-me bem, mais integrado, em melhor sintonia com a malta do Centro, muitos, antigos companheiros dos movimentos da estudantada - de tal forma que estou seriamente a pensar em tranferir a minha inscrição na Ordem para Coimbra (que me não leve a mal o meu amigo Prof.º Franklin Marques). Claro que o incómodo da viagem (300 km) também é compensado pela qualidade do ciclo de conferências, da competência dos conferencistas e dos moderadores - ontem pela Prof.ª Margarida Caramona, uma das minhas Professoras predilectas, que moderou superiormente a conferência e o debate subsequente - do interesse dos temas abordados, e da amabilidade da equipa organizadora, em especial do Prof.º Batel Marques.

Ontem o tema foi a reforma dos cuidados de saúde primários, actualmente em pleno desenvolvimento, num processo irreversível e com consequências certas - no bom ou no mau sentido! - na saúde em Portugal. Um tema incontornável, actual, no panorama da saúde em que vivemos e em que viveremos nos próximos tempos.

Confesso as minhas reticências ao processo - já aqui referidas uma ou outra vez, nomeadamente no pedido de demissão do Coordenador da Missão - devidas essencialmente i) à má impressão que tinha/tenho da competência do anterior Ministro para implementar boas reformas; ii) à génese do modelo, na linha de "invenção da roda" e de "originalidade Portuguesa"; iii) aos maus ecos que se vão ouvindo sobre a realidade do até agora implementado (a SAPização de algumas USF, ARS regionais extintas mas que continuam a despachar, voluntariado de profissionais "condicionado" por militâncias partidárias, USF a instalar em frente a Farmácias, etc.); iv) ao facto de parecer sublinhar, em vez de atenuar, o divórcio desta rede de cuidados de saúde primários do Estado com a rede de 3.000 Farmácias, numa atitude irracional e esbanjadora de recursos.

Confesso que a minha opinião mudou substancialmente. Os conferencistas, o Dr. António Rodrigues - eloquentíssimo - e o Dr. Beja Afonso explicaram com detalhe a arquitectura desta que agora me parece a única verdadeira reforma na saúde em curso, pensada e arquitectada há anos (não, não foi Correia de Campos o grande inventor) e envolvendo mudanças importantes, num movimento vultoso que terá implicações determinantes na saúde dos portugueses. O painel de reacção, constituído por Duarte Freitas, Dermatologista Hospitalar, e pelo Prof.º João Moura - meu antigo professor de guitarra! -, farmacêutico e presidente da Câmara Municipal de Cantanhede reagiu e apresentou o respectivo contraditório, sobretudo outros modos, outras perspectivas de encarar a reforma.
Como vêem, não sou tão irredutível assim, também tenho a capacidade de mudar de opinião, de evoluir nas minhas apreciações (excepto na birra de estimação ao SLB) e este é exactamente um bom exemplo disso mesmo. Embora com algumas reservas (por exemplo, continuo a julgar que o Dr. Pisco não é o Coordenador ideal para a Missão) parece-me agora que esta reforma poderá - não já, daqui a uns anos - trazer benefícios importantes à saúde nacional, desde que sejam os profissionais a liderar esta hercúlea tarefa - e nunca os políticos: bons serviços prestados implicam maior afluxo de doentes que implicam maior despesa (o Dr. Beja Afonso acredita que não, mas...) e que, necessariamente, implica sabotagem política, já que os interesses dos cidadãos nem sempre coincidem com os interesses dos políticos.

Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)

Álvaro de Campos, 21-10-1935.

Dantes o Benfica dava luta ao Real Madrid, agora é eliminado até pelo Getafe de Madrid. Glorioso, ó Glorioso, tá hrá hrá hrá hrá táaa ...

Etiquetas: Coitados

Iniciativa dos Repórteres sem fronteiras.
Salvas as devidas proporções, claro, não se deve esquecer a censura, as ameaças, as retaliações, as calúnias promovidas por outros tiranetes locais sobre quem se atreve a discordar, a denunciar ou sequer a questionar.

Na estreia parlamentar de Ana Jorge dois anúncios ressessos (ver Sócrates em 26 de Maio de 2006!!) na área do medicamento:
A abertura (para Julho, será?) da primeira farmácia num hospital com medicamentos vendidos "experimentalmente" em unidose;
a abertura (para Abril, será?) de concursos para 300 novas farmácias, «num cenário de liberalização» (liberalização com concursos? só em Portugal...).

São anúncios que, ao que parece, fazem sempre um brilharete junto dos jornalistas e do povão, mas, enfim, já não há paciência - ou atem ou desatem!
Não há nada de novo para tirar da cartola Sra. Ministra?

Etiquetas: Unidose

... Ninguém pára o Benfica, ninguém pára o Benfica olé óó...

«As farmácias suecas poderão vender objectos de uso sexual, objectos para massagem, vibradores e óleos. O objectivo desta iniciativa é normalizar o uso destes objectos e satisfazer a ampla demanda sobre um tipo concreto de produtos.»

As convenções do SNS com prestadores privados estão fechadas desde 1998, permitindo desequilíbrios (epíteto simpático) importantes.
Este Governo prometeu alterar a situação em Novembro de 2006, depois em Julho de 2007, finalmente reconheceu que não o fazia por falta de dinheiro em Janeiro deste ano.
Um protótipo de reforma à XVII Governo, que neste blogue pode ser seguido AQUI.

«Esta semana, ao ser questionado pelo Expresso, o gabinete da ministra Ana Jorge garantiu que, afinal, "as novas regras para as convenções estão em preparação , devendo ser postas à discussão pública ainda este mês".»

Santa paciência, onde estará a dificuldade?
Talvez em fazer parecer que se garante livre concorrência e de facto permitir apenas o estabelecimento a "grupos" influentes.

Etiquetas: O absurdo das convenções

Bom, inovador, avançado, o site da Casa da Saúde, o "centro comercial da saúde" da Sanusquali de Nuno Delerue. Promete.
Ficamos a saber que à Casa da Saúde terão acesso os doentes do SNS, que haverá Farmácia... Interessante.

Para os leitores com filhos pequenos, de Famalicão ou Guimarães, de Vila do Conde ou do Porto, uma recomendação para as manhãs de Sábado: inscrevam os vossos filhos na escola de futebol do Varzim, os Tarrotes. Por uns acessíveis 20 euros mensais há 2 treinos por semana (mas para quem não é de cá, continua a ser acessível se a rapaziada for apenas a 3 ou 4 treinos mensais), oferecem-lhes a oportunidade de frequentar uma escola de futebol bem organizada, com uma equipa técnica competente, enquanto os pais podem calmamente esperar pelo fim do treino, lendo um jornal, numa esplanada à beira-mar.
Uma boa opção para as manhãs de Sábado e, quem sabe, uma oportunidade para o mini-craque que tem lá em casa.
Umas fotografias, AQUI ou clicando nesta abaixo, para ver o ambiente.

... Ninguém pára o Benfica, ninguém pára o Benfica olé óó...

Etiquetas: Coitados

Se uma manifestação com 100.000 professores não é suficiente para derrubar uma Ministra, imaginem o que foi necessário para demitir Correia de Campos...

Mais um candidato apoiado pelo Boticário a perder umas eleições. Tanto pior para os espanhóis. Tanto pior, indirectamente, para os portugueses.

Curioso, num artigo de 2 páginas iniciais do Expresso-Economia sobre reguladoras nem uma referência à ERS - Entidade Reguladora da Saúde.
Curioso ou talvez não; o Expresso provavelmente não se esqueceu, a ERS é que não dá sinais de vida, e quem não aparece...

• Mensagem de Abertura

Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra

• Momentos de homenagem

- Real República Palácio da Loucura
- Manuela Azevedo - Vocalista dos Clã

• Momentos musicais

- Coro dos Antigos Orfeonistas da Universidade de Coimbra
- Orquestra Juvenil Heróis da Música
- Música Clássica: Luis Toscano, Paulo Bernardino, Pedro Devesas, Rui Vilão
- Antigas Mondeguinas
- Paulo Soares, Rui Pato
- Luiz Goes, Carlos Carranca, Octávio Sérgio, Humberto Matias
- Estudantina Universitária de Coimbra

• Momentos artísticos

- Encerrado para Obras
- Galiza mailo Minho
- Coros Dramáticos

Mais uma evidência dos ziguezagues de Sócrates, desta vez nas novas admissões na GNR e PSP, apontada por Gabriel Silva.

Local: O artigo de José Andrade no Póvoa Semanário, lúcido, com um raciocínio bem estruturado, escrito com princípio, meio e fim, citando as fontes - obrigado pela referência -, linguagem precisa, mensagem clara, enfim um artigo de opinião digno deste nome, coisa rara nos jornais cá da terra.

Nacional: O artigo de Constança Cunha Sá no PÚBLICO dizendo exactamente aquilo que penso e que por várias já aqui escrevi - obviamente que não com tanta clarividência: «As reformas, reduzidas a meia dúzia de medidas avulsas, não serviam propriamente para reformar: serviam, sim, para criar um permanente conflito de forma a evidenciar a "firmeza" do Governo e os "interesses mesquinhos" com que este tinha que se defrontar».

Não compensa a derrota de ontem, mas ajuda.

Etiquetas: Coitados

O guarda-redes deles era muito bom, mesmo muito bom. Paciência.

O Director do jornal "A voz da Póvoa", Artur Queiroz, escreve na sua coluna de opinião desta semana: «Na linguagem bloguista que lhe é habitual – reles e insultuosa» «Mas para tomar uma atitude dessas é preciso ter uma dimensão que um escriba de blogue dificilmente pode ter».

Como é ainda possível que em 2008 alguém - sobretudo um jornalista! - possa fazer generalizações desta natureza a respeito da blogosfera?
Quando tantos e tão bons jornalistas, mas também eu, políticos, cientistas, empresários, etc., etc., escrevem por todo o mundo civilizado em blogues, vem um jornalista de província, do tempo da outra senhora, numa linguagem desbragada, apregoar a sua dimensão de escriba superior. Que topete!

Álvaro Lopes é Licenciado em Farmácia e doutorado em Toxicologia pela Universidade de Lisboa. Agora sim, vamos ter uns verdadeiros CSIs.

Não houve nenhum vencedor no último Prémio Boticário de Província, ninguém encontrou nem uma Farmácia que cumprisse o Art. 28.º do Dec-Lei n.º 307/2007. Dá-se então como finalizado o concurso.



E quem adivinha em quem pensei quando tive conhecimento deste livro, com prefácio do meu homónimo Jorge Mario Vargas Llosa? Pago um café ao vencedor.

A reforma das Farmácias de Sócrates e Correia de Campos, iniciada no discurso de tomada de posse deste Governo e desenvolvida, com chinfrineira, por mais de dois anos, não foi reforma nenhuma, não mudou nada de essencial para a actividade. Serviu apenas para distrair os papalvos.

Mas deixou algumas influências negativas, a pior delas a que dá a Farmácia como um mero ponto de venda a retalho (retalho foi uma expressão muito usada), um comércio regido simplesmente pelas leis do comércio.
Embora esteja por provar que a amostragem da jornalista corresponda à realidade (não me parece que seja tanto assim), é caso para perguntar: de que se queixam então?

«Numa ronda feita por algumas farmácias de Lisboa, uma jornalista da agência Lusa conseguiu que lhe vendessem 3 embalagens de pílulas do dia seguinte de uma vez. E numa loja lisboeta de venda livre de medicamentos sem receita, a jornalista da Lusa conseguiu comprar 6 embalagens.»
«A Lusa foi a 8 farmácias e 1 para-farmácia e apenas numa farmácia o responsável técnico vendeu uma das marcas mais baratas, em todos os outros estabelecimentos foi dado ao consumidor a pílula mais cara.»

Não sou tão dramático como Miguel Cadilhe que defende que «Portugal está em recessão económica grave», que «o país deveria solicitar à Comissão Europeia medidas de protecção especial para a sua economia, as clausulas de excepção previstas no Pacto de Estabilidade e Crescimento». Também não sou Economista. Mas cá tenho os meus, artesanais, indicadores económicos - ando muito preocupado porque quase que não vejo FIATs a circular; em Portugal quando não se vêem FIATs UNOs novos em abundância é porque a crise é mesmo profunda.
Reparem com atenção no número de FIATs que conseguem encontrar durante o dia de hoje. Recessão grave sem dúvida, pelo menos aqui no Minho.

Jorge Coelho é consultor da Martifer, Visabeira, Novabase e agora também da Mota-Engil (que se prepara para os negócios da construção do novo aeroporto).
Deve ser por causa da sua experiência profissional e competência técnica...

Por volta de 1986, 1987 - já tenho disto uma memória um pouco difusa -, realizou-se um importante congresso internacional farmacêutico em Lisboa, com a participação de estudantes de farmácia de todo o mundo. Eu fui, com mais dois ou três colegas, representar a Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra por, julgo, fazer parte do Conselho Directivo, ou coisa parecida.
A organização era de Lisboa, protagonizada pela filha do então Primeiro-Ministro, a interessantíssima colega Patrícia Cavaco Silva. O jantar de encerramento foi, se bem me lembro, no Palácio de Queluz, antecedido por um espectáculo de arte equestre, decorrendo num ambiente de alguma solenidade. Via-se que os Professores de Coimbra, sempre muito conservadores, ortodoxos, não estavam a apreciar minimamente a atitude dos seus jovens pupilos, inebriados com tamanho cosmopolitismo.
No fim, num enorme salão com candelabros enormes, repleto de figuras internacionais da classe, gente que escrevia os livros por onde nós estudávamos, procedeu-se ao encerramento do congresso e logo foi dada a palavra aos anfitriões. Surge então um jovem mais ou menos da minha idade, muito bem penteado, com um nó de gravata perfeito e um à-vontade desconcertante, que num Inglês límpido discorre sobre as matérias tratadas no evento com uma eloquência extraordinária (pelo menos parecia).
Nessa altura parei de falar com a minha colega de Uppsala, um palmo maior que eu, e reflecti nas diferenças que tão cedo se notam entre colegas: eu tremeria como varas verdes se tivesse que fazer um discurso de circunstância para uma plateia tão exigente e nunca diria mais que 20 palavras, vá, talvez 30 - o Rui Ivo discursou calmamente durante meia-hora e, mais difícil ainda, em Inglês fluente, numa pronúncia irrepreensível (e o penteado sempre impecável!).

Separados à nascença. A minha carreira não passou além de Massarelos; Rui Ivo foi presidente do Infarmed - até ser demitido por Correia de Campos - e depois de uma carreira internacional regressa agora a Portugal desempenhando a partir de hoje a função de novo Director Executivo da Apifarma. É justo. O Rui Ivo fará um bom lugar na Apifarma.

Parece ser muito útil nos dias que correm ter umas noções básicas sobre microbiologia. Apenas três alíneas de carácter técnico, mas que podem ser bastante pertinentes, especialmente numa terra onde as águas do mar têm Salmonelas e as águas das piscinas têm Legionelas:

a) Aparentemente ninguém conhece a nomenclatura binomial de Lineu. Os jornais, em particular, deviam ser mais rigorosos com o que escrevem. Se perguntassem a um caloiro de Farmácia, Medicina ou Biologia saberiam que Legionella pneumophila se escreve em itálico, sendo o L maiúsculo e o p minúsculo.

b) A colheita e o transporte das amostras de água devem ser efectuadas por pessoal técnico especializado do próprio laboratório independente e nunca pelo pessoal do cliente, da Varzim Lazer. Por razões óbvias.

c) Para pesquisar Legionela não basta colher água superficial das piscinas ou jacuzzis; deve ser feito um planeamento da amostragem que contemple vários locais susceptíveis de diminuir a probabilidade de falsos negativos. Perguntem a quem sabe.