o Vereador Afonso Oliveira ou é míope ou é incompetente e nem conhece as piscinas que gere ou é intelectualmente desonesto:

• O Comércio da PVZ - Com certeza que terá visto umas imagens publicadas nos blogues mostrando tubos com o interior muito deteriorado, o tecto com humidade...
• Afonso Oliveira - Não reconheço aquilo na Varzim Lazer.
• O Comércio da PVZ - Alguma vez detectou algo de semelhantes nas instalações?
• Afonso Oliveira - Não. Não é visível. Pelos nossos dados, não existe.

Tamanha desfaçatez só é possível em quem está completamente encurralado.

Senhor Vereador, quando quiser mostro-lhe os locais exactos de onde eu tirei os retratos em Setembro que me permitiram prever o que naturalmente veio a acontecer. Muitos utentes podem igualmente fazê-lo, mostrar-lhe as instalações que devia conhecer bem.

A credibilidade é como a virgindade: só se perde uma vez. Afonso Oliveira perdeu toda a credibilidade nesta entrevista - para sempre!

Etiquetas: Câmara das Legionelas

Donde se conclui que 1) a influência política de Mário Almeida tende para zero e que 2) já estamos em plena e descarada campanha eleitoral.

Se vos interessar, um artigo meu no FARMÁCIA.COM sobre os requisitos essenciais para o perfil de um bom Farmacêutico.

Se o meu primo, afastado, Pelletier isolou a quinina e a estricnina a multinacional Trenguicex acaba de descobrir o novo antibiótico Peliteiricina, segundo adianta o reputado blogcêutico.

Mais uma vez uma nota prévia: isto não é a conversa do costume apenas sobre Farmácias. pretende dar uma imagem do Estado sonso, do Estado tolo-em-cima-da-ponte em que vivemos, através de um caso real que por acaso está relacionado com Farmácias.

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Como saberão, faço consultoria e auditoria a sistemas de gestão da qualidade em organizações que operam na prestação de serviços de saúde.

A nova legislação das Farmácias, no Artigo 13.º, Qualidade de serviço, refere que «as farmácias implementam e mantêm um sistema de gestão da qualidade destinado à melhoria contínua dos serviços que prestam aos utentes».

Ora, assim, este artigo interessa-me particularmente.
Só que a legislação não diz como se certifica que a farmácia implementa e mantém esse sistema de gestão, não diz qual ou quais os referenciais a observar e não fixa qualquer tipo de sanção para os prevaricadores (Neste momento cerca de 2700 Farmácias! Imaginem como me interessa este artigo!).

Sendo assim e como ninguém me sabia explicar qual a utilidade deste artigo, inscrito numa legislação recente, moderna, quis esclarecer a sua verdadeira função. Para isso enviei uma mensagem de correio-e ao Infarmed, em 18 de Dezembro de 2007, que pretendia ser o mais objectiva e directa possível (é correspondência institucional, não me parece deselegante transcrevê-la aqui):

blá, blá, blá, ... Assim, agradecia que me esclarecessem sobre a aplicação deste normativo, nomeadamente sobre o referencial de gestão da qualidade a usar, a capacidade de certificação do sistema de gestão da qualidade e as disposições sancionatórias no eventual incumprimento. ... blá, blá, blá

Dois meses depois (2!!!), a 19 de Fevereiro, responde-me o Infarmed:

«blá, blá, blá, ... Quanto ao referencial do sistema de qualidade não podemos, por razões óbvias, emitir opinião, embora nos pareça que, à falta de outro, poderá ser adoptado o sistema estabelecido pela Ordem dos Farmacêuticos.
Não existe sanção para o incumprimento do art. 13.º.» ... blá, blá, blá

«Não podemos, por razões óbvias, emitir opinião»? Não podem? Então quem pode?
Claro que me irritei e passados 3 minutos, a quente, respondi intempestivamente, da pior forma:

Queira desculpar-me mas não entendi minimamente a Vossa resposta. Pode explicitar? Pode dizer porque não pode emitir opinião sobre o referencial do SGQ?
Numa minha Farmácia posso simplesmente esquecer o ar. 13º? É isso que diz o seu texto?
Cumprimentos.

Estou convencido que nunca ninguém me conseguirá explicar o que quis dizer o legislador quando redigiu o Artigo 13.º!

Não prometa o que não cumprirá Dr. Meneses!
Isto nunca se concretizará, nos próximos anos. Seria necessário implementar uma reforma profunda e bem planeada, enfrentando resistências corporativas, coisas que como muito bem se sabe não se executa por cá desde o Marquês de Pombal.

Bem nos dizem os políticos que vivemos num país fantástico, que agora, «Até ao fim do ano, vai ser possível marcar on-line uma consulta no centro de saúde».

No Centro de Saúde onde estão inscritos os meus pais, S. Cosme do Vale, as consultas estão com uma demora média de 90 dias.
Como é diferente o país real. Com este SNS, definitivamente este país não é para velhos. Nem para novos!

Uma das primeiras discussões blogosféricas, nos primórdios, ainda com o saudoso O Vilacondense, foi a hipotética fusão dos concelhos de Póvoa de Varzim e Vila do Conde, a Póvoa do Ave, desencadeada e defendida por mim neste texto inicial de Janeiro de 2004.

Claro que os morubixabas Mário Almeida e Macedo Vieira remoeram por aí nos jornais locais. O que seria deles, coitados?

O certo é que a sugestão não era nada original!

Já em Março de 1867 (1867!!!) o Governador Civil do Porto, Januário Correia de Almeida, se dirigia ao Ministro e Secretário de Estado dos Negócios do Reino nos seguintes termos:
«... O Concelho da Póvoa é limítrofe com o de Vila do Conde, e entre as suas capitais medeia apenas a distância de 2 a 3 quilómetros. Por esta razão, pela pequenez do Concelho da Póvoa, que em superfície regula aproximadamente por metade do de Vila do Conde, e por formarem os dois uma só Comarca, cuja sede é neste último, conviria que ambos fossem anexados fundindo-se num só.»

Os problemas deste país estão todos diagnosticados há muito (claro que Póvoa e Vila do Conde são unicamente um exemplo de uma ampla reforma administrativa que deveria ter lugar em Portugal, redesenhando a organização de freguesias e concelhos e dos respectivos serviços públicos que os suportam). O problema é implementar reformas, ninguém tem coragem de enfrentar os interesses instalados (embora este Governo actual não esteja mal de todo a fingir que o faz) e no essencial isto não anda, não descola.

Carlos de Abreu Amorim, Professor de Direito Administrativo na Universidade do Minho, no Correio da Manhã:

«Análises do Instituto Ricardo Jorge de 18 de Janeiro detectaram bactérias perigosas nas piscinas municipais da Póvoa de Varzim.

Mas estas só foram encerradas a 22 desse mês. Curiosamente, nos dias 19 e 20, as piscinas infectadas foram palco de uma prova de natação, com a participação de 362 atletas de 7 países. O caso foi mantido em segredo mas um blogue, Impressões de um Boticário de Província, divulgou-o.

A Câmara e a delegada de Saúde avançam com uma defesa incompatível: (i) não havia qualquer perigo para a saúde pública; (ii) mas as piscinas foram fechadas durante um mês! Ainda mais insólita é a razão avançada para que as análises de dia 18 só fossem conhecidas 4 dias depois (permitindo a realização da prova de natação): a culpa terá sido do fax que, coitado, avariou.

É perturbadora a intensa convicção de impunidade que todos os poderes públicos exibem, entre nós.»

Etiquetas: Câmara das Legionelas

Já li não sei quantos artigos a dizer isto e mais que outros tantos a dizer o contrário. Mas se amanhã não houver grandes notícias isto poderá aparecer em muitos jornais ou até dar uma capa de jornal. É o jornalismo que temos...

Alto! Esperem aí! Não se vão embora. Este texto não é o blá blá do costume sobre farmácias.

Em Maio de 2006 o Eng.º Sócrates anunciou com toda a gana - como se pode ver na foto ao lado - que o bom povo que governa teria farmácias abertas nos Hospitais, vendendo medicamentos em unidose, num prazo de 9 meses. Um parto perfeitamente possível.
Passaram 9 meses e nada!
Em Agosto de 2007 fixa-se um novo prazo para a abertura da primeira farmácia num hospital: antes de Março de 2008!
Ora, "antes de Março de 2008" é agora. E nada, as ditas farmácias e a respectiva unidose nem vê-las!

Mas hoje Francisco Ramos (o mesmo que está sempre a mentir nas convenções) dá mais uma esperança ao povo e diz-nos que «o objectivo continua a ser ter farmácias abertas ainda este Verão», muito embora «a venda em unidose não será obrigatória, esperando que as farmácias adiram à venda em unidose».

Porquê tanta demora para abrir meia dúzia de farmácias? Venda em unidose só se as farmácias quiserem? Porque não há mais hospitais - apenas 6 abriram concurso, 6! - interessados aquilo a que os socialistas chamaram de mina de ouro?

Não nos façam de trengos, isto tudo tresanda a esturro a milhas. Nós sabemos bem o que se passa, apenas não o podemos dizer porque não somos o Bastonário da Ordem dos Advogados. Eu nem concordo com as farmácias nos hospitais nem com a unidose, mas irrita-me que gozem tão descaradamente com o Zé.
Por isso dizia no início que este texto não é o blá blá do costume sobre farmácias, é um problema muito mais amplo. Muito mais, muito mais...

Etiquetas: Farmácias nos Hospitais

O Impressões de um Boticário de Província pretende ganhar alguma autonomia em relação à plataforma gratuita blogspot (tem havido alguns problemas com outros blogues).
Para já está em transição do endereço www.trenguices.blogspot.com para um endereço mais curto e fácil de memorizar, em que basta escrever peliteiro.com; os amigos leitores, por enquanto, podem aceder ao blogue de um ou de outro endereço. No entanto agradeço que logo que possam actualizem os vossos links e favoritos para:



O correio electrónico - embora os antigos por enquanto se mantenham - muda também para jorge@peliteiro.com .

Obrigado.

Confesso que não consigo gostar da cidade do Porto. Não me identifico nem com a terra nem com as gentes, lamento muito. No Porto, até hoje, pouco mais fiz que trabalhar. É muito urbana e é muito a Sul, deve ser isso.
Mas gosto do Parque da Cidade, eis algumas fotos, (clicando nesta):

Faz agora 20 anos que acabei o curso e deixei Coimbra. Ontem estive no jantar anual do mítico Bloco D da Residência Universitária João Jacintho, no Beco da Anarda.

Fui visitar o meu antigo quarto, claro - curiosamente a minha metade do quarto, a minha cama e os meus armários são agora ocupados por um jovem estudante de Ciências Farmacêuticas, o Gilberto, vivaço, e em que naturalmente me revi -, e fiquei indignadíssimo quando vi que está exactamente na mesma, tal e qual como era há 20 anos atrás, a mesma mobília mínima, o mesmo catre rente ao chão - talvez até o mesmo colchão! -, a mesma secretária, o mesmo candeeiro e, até, pareciam, as mesmas fotocópias e livros de farmácia. Nada tinha mudado. Nada!
Em 20 anos nada mudou e os estudantes pobres de hoje vivem exactamente na mesma miséria em que vivíamos nós os antigos - que é o mesmo que dizer muito pior, porque tudo se degrada e o mundo vai, ou devia ir, evoluindo para melhor.

O país maravilha de Sócrates quase nunca condiz com o país de verdade. O país do choque tecnológico e dos protocolos com o MIT e essas tretas todas choca frontalmente com o país que se nos apresenta no dia a dia. Estes políticos que nos governam - e governaram, já agora - deviam ter vergonha de manter jovens universitários dormindo em catres com bastante mais de 20 anos.

Ontem deitei-me enjoado, enojado, e não foi do jantar nem do vinho; o que fazem do dinheiro dos nossos impostos?

A confirmação oficial desta notícia acontecerá apenas daqui a uns meses, por altura do Europeu.

O país maravilha de Sócrates quase nunca condiz com o país de verdade. O país do Simplex dos discursos oficiais esbarra a toda a hora com um país Complex, um país em que o Estado não sai de cima.
O meu amigo e colega Paula Barradas, director-geral e principal accionista da Bluepharma, no Expresso-Economia:
«O Infarmed é actualmente o maior obstáculo à actividade da indústria farmacêutica , em Portugal. "É sempre uma longa espera, nunca cumprem prazos", lamenta o gestor, adiantando que neste momento tem 6 AIM bloqueadas.»

«Alice João afirma ainda que a análise do Instituto Ricardo Jorge conhecida a 18 de Janeiro, dava conta de "água imprópria", aconselhando o encerramento imediato do equipamento. Nesse mesmo dia deu a ordem, telefonicamente à Varzim-Lazer, ainda sem saber qual ou quais as bactérias em causa.
Sem saber qual a gravidade do caso a Varzim-Lazer ignorou a ordem e realizou, nesse fim-de-semana (19 e 20 de Janeiro), nas piscinas municipais a funcionar em pleno, o Meeting Internacional de Natação, com a participação de 362 atletas de 7 países.
Não sei porque não foi encerrada logo, afirmou ao JN, Alice João.
Devido a uma avaria no fax, explicou ainda, a confirmação das bactérias encontradas – Legionella pneumophila e Pseudomonas aeruginosa – só chegou no dia 22, altura em que o jacuzzi foi, finalmente, encerrado.)» in JN de 22FEV08.

A verdade começa a consolidar-se apesar das contradições e omissões. Afinal as análises também determinavam Pseudomonas aeruginosa!

Etiquetas: Câmara das Legionelas

As bestas dos donos destas bestas dizem sempre: «É mansinho, não faz mal nenhum». Para castigo deviam ser presos numa cela com um sodomita avantajado.

Soube hoje pelos jornais - já me tinha constado... - que Pedro Brás Marques, um amigo que muito considero e admiro, é o mais que provável candidato à Presidência da Câmara de Vila do Conde.
Finalmente alguém inteligente, sério e capaz se candidata, pelo PSD, a uma Câmara da região.
Este blogue apoia entusiástica e incondicionalmente a candidatura de Pedro Brás Marques, com a forte convicção que o cacique Vilacondense Mário Almeida sairá do poleiro do poder completamente humilhado nas urnas.
Em sinal de regozijo, e antecipando a intensa campanha de apoio que aqui se desenvolverá, vou pintar o blogue de laranja, à moda da Bomba inteligente.

Etiquetas: Apoiado, Autárquicas 2009

Há eleições legislativas em Espanha, a 9 de Março. Este blogue apoia Mariano Rajoy, conservador, do Partido Popular, um galego que já teve a honra de se banhar, há muitos anos atrás, a meu lado em S. Xenxo.
Ter um galego no Palácio da Moncloa é quase como ter um português.

Etiquetas: Apoiado

O homem que fingia que fazia reformas e enfrentava lóbis, o pretérito coveiro do SNS, Correia de Campos - já tenho saudades! - usava o Diário Económico como megafone para os dislates que proferia dia sim, dia sim, para dar um ar de dinâmica. O DE apresentou muitas novidades, cachas, sempre como órgão de comunicação oficioso do Ministério da Saúde.

Hoje, o DE anuncia um novo cronista: Correia de Campos.

Eu não vi a reportagem da SIC sobre a Legionela nas piscinas da Varzim Lazer, onde aparece o Vereador Afonso Oliveira, a Delegada de Saúde Alice João e no fim, pouco tempo, este Vosso amigo David Jorge Mário. Vejamos então o vídeo ali em baixo.

Finalmente ouvimos o que tinham a dizer a Câmara Municipal e a Autoridade de Saúde sobre o caso Legionela e finalmente soubemos o resultado final das análises à água: contaminação por Legionella pneumophila serótipo 2-14 (continuo sem saber quantas UFC - se alguém souber peço que me informem, por favor, já que é um dado muito importante, a quantificação do potencial inóculo). Esta notícia e a conferência de imprensa de ontem deveriam ter ocorrido no início, logo que surgiram os resultados das análises, com toda a transparência, e não agora, no fim, quando o caso saltou para a rua e quando, ao que parece, dizem mas não mostram, os resultados são já negativos. Um contra-senso, uma quebra de confiança, infelizmente já habitual.
Se se pretendia evitar o alarme público, está visto que não o conseguiram, bem pelo contrário!



Além disso, lamento muito mas não concordo com a Senhora Delegada de Saúde quando diz que «a Legionella pneumophila "do tipo" 2-14 não provoca doença no homem» e que «não havia qualquer perigo para a saúde pública», o que levou a jornalista a encerrar a peça dizendo que «existem 18 tipos mas apenas 1 é perigoso».

A Senhora Delegada de Saúde também não concorda com ela própria porque se assim fosse, se a L. pneumophila serótipos 2-14 não provocasse qualquer perigo para a saúde pública não teria encerrado durante cerca de 1 mês o dito jacuzzi.

Eu não concordo que não haja perigo para a saúde pública, salvo melhor opinião, por 3 razões:
i) Se se verificaram as condições necessárias para que ocorresse a colonização de um serótipo de L. pneumophila, da mesma maneira se verificaram as condições para a colonização de outro serótipo qualquer. Ou seja se os resultados dos exames laboratoriais indicaram a existência de um serótipo (o resultado é inespecífico: 2 a 14) nada garante que não existe / existiu / existirá (má notícia...) outro serótipo qualquer, desde que existam as condições propícias, como água a um temperatura adequada (quentinha), nutrientes como sais de ferro e de zinco (ferrugem e limalha é o que não falta na Varzim Lazer!) e se possível uns protozoários, umas amibas (até musgo havia se preciso fosse!).
ii) A Legionella spp. é associada a um espectro de apresentações clínicas, desde a infecção assintomática até à infecção severa, potencialmente letal. Muitos de nós possuímos anticorpos anti-Legionela e nenhum dos que me lê, em princípio, teve a doença do legionário. As 3 principais manifestações clínicas da infecção por Legionella spp. são a) Pneumonia, com 10 a 20% de casos fatais referidos como doença do legionário; b) Febre de Pontiac, uma infecção respiratória benigna e auto-limitada; c) Outras infecções, como abcessos purulentos, endocardites ou encefalites. A mesma Legionella spp. pode ser etiológica de diferentes expressões da doença em diferentes indivíduos, dependendo da resposta imune individual e da carga de inóculo (daí a importância de saber as UFC, como já referi).
iii) A espécie Legionella pneumophila, nos seus 15 serótipos, predomina como patogénico humano causando 80 a 90% das infecções, aparentemente com tendência de crescimento - pode considerar-se um patogénico emergente - e estando relatadas novas estirpes cyst-like altamente infecciosas. A Legionella pneumophila serótipo 1 é responsável por cerca de 50% dos casos de doença do legionário. Faltam os outros 50% ! Por ordem decrescente, aproximada, de importância clínica temos a Legionella pneumophila serótipo 6 (má notícia...), a Legionella micdadei e a L. dumoffii; algumas das 42 espécies do género Legionellaceae estão relacionadas apenas com casos individuais de doença.
Quem garante que os serótipos de L. pneumophila detectados nas piscinas da Varzim Lazer são inofensivos, que não são potencial causa de nenhuma doença em nenhum indivíduo, que a probabilidade de provocar doença mortal é nula? Quem?


Sendo assim, e pelo que me é dado a conhecer neste processo tão hermético, tenho que dizer que respeito, que até respeito muito, as declarações e as decisões das autoridades de saúde e municipais.
Respeito mas não concordo!

E lanço mais um vaticínio, se da primeira vez que pesquisaram Legionela a encontraram (ao que julgo saber e ao contrário do que dá a entender o Vereador na entrevista!), brevemente ocorrerá um infeliz reencontro, pois se nada for feito de profundo, de bem planeado, no que respeita à manutenção e à desinfecção das piscinas, conviveremos mais vezes com a malvada Legionela.

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Infelizmente tenho sempre razão:


O caso é gravíssimo por duas razões:
Primeiro, porque evidencia o estado de degradação, o desleixo, incúria, a que este equipamento está abandonado há anos. Previ-o em Setembro de 2007 e prevejo agora que se nada for feito, em profundidade e com seriedade, continuaremos a ter visitas periódicas da Legionela.
Segundo, porque os resultados positivos foram encobertos e foi permitida a actividade normal nas piscinas, incluindo um meeting internacional (a delegada de saúde terá monitorizado os atletas de Israel ou de Itália?), o que expôs milhares de utentes ao risco de uma doença potencialmente letal (imagino que não os familiares e amigos que deveriam ter sido avisados "particularmente").

Face à gravidade da situação, quem se responsabiliza, quem é penalizado, que cabeças rolam? Aparentemente tudo continua impávido e sereno... Impunidade total.

Uma nota final para os jornalistas locais. Deveriam ter vergonha. Incompetentes ou comprometidos; descubro o caso na sexta-feira e ainda hoje não há um jornal que referencie o assunto (as rádios noticiaram ontem e hoje, a medo). Se não fosse eu, se não fosse este blogue, tudo isto seria abafado e nunca ninguém saberia, a não ser que aparecesse o primeiro cadáver.

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Não escrevo mais enquanto não apurar a verdade sobre o caso Legionela.

É um assunto demasiado importante para deixar passar em claro.
Os meus filhos frequentam essa piscina, muitas crianças, sobretudo muitos idosos, imunodeprimidos.
Não é uma questão de pequena política de província é uma questão muito mais séria.
A doença do legionário é uma doença de declaração médica obrigatória, de notificação clínica e laboratorial de casos, de cumprimento obrigatório de um Programa de vigilância epidemiológica integrada que incluirá um estudo ambiental completo!

Se for verdade que a Varzim Lazer esteve em funcionamento - acolheu um meeting internacional em 20 de Janeiro! - com um tanque contaminado por Legionela, uma bactéria potencialmente letal, há que denunciar o caso, há que apurar responsabilidades.
Se não for verdade, se for um rumor sem fundamento, serei também o primeiro a divulgá-lo e a pedir publicamente desculpas aos responsáveis.

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Em Setembro passado escrevi neste blogue que «A Póvoa já é conhecida pelas praias das Salmonelas, esperemos que um dia destes não passe também a ser conhecida pelas piscinas das Legionelas» e mostrei umas fotografias minhas das piscinas da Varzim Lazer bastante elucidativas, apelando a que «Se possível alguém as mostre às autoridades de saúde responsáveis».

O jacuzzi da Varzim Lazer está encerrado há mais de um mês, sem que eu saiba porquê.

E se for mesmo Legionella pneumophila ???

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«Segundo um estudo efectuado pela empresa de consultadoria Deloitte, o F. C. Porto ocupa o 1º lugar no ranking mundial de clubes com melhor desempenho desportivo na última década, em igualdade com os alemães do Bayern de Munique.»

Na TSF, amanhã à noite às 19H e à 1H, Domingo às 10H da manhã, os Peliteiros entrevistados pela jornalista Ângela Braga na grande reportagem sobre videojogos:

Confesso que nunca acreditei no projecto de investigação do novo antiepilético da Bial. Sempre pensei que fosse uma molécula nova apenas porque "tira daqui um cloro mete ali um flúor", uma carbamazepina com uma nova roupagem, ou, noutra perspectiva, uma molécula investigada apenas para conseguir uns bons subsídios a fundo perdido e dourar a pílula o suficiente para alavancar uma boa aquisição da empresa por um fundo de investimentos ou aparentado.

Enganei-me!

Já venderam uma licença por 175 milhões de dólares. E agora Sócrates e Pinho não se calam com a inovação da indústria portuguesa. Mas têm razão, é um feito notável e louvável, um medicamento desenvolvido pela indústria farmacêutica nacional a ser comercializado na América.

Enganei-me redondamente - e ainda bem!

Duas notas rápidas sobre duas conferências, dois sucessos, onde estive ontem (rápidas porque num blogue é muito tarde quando se escreve sobre ontem e porque é muito cedo o início do dia de amanhã).

1 - O Prof.º Marcelo Rebelo de Sousa, igual a si mesmo, nas "Correntes D'escritas", num auditório insuficiente para acolher tantas pessoas, mesmo num dia de semana à tarde. Para o ano haverá que pensar numa infraestrututra de maior capacidade, as "Correntes" precisam de espaço para crescer ainda mais.




2 - Em Coimbra, quase trezentos Farmacêuticos reunidos para ouvirem o epidemiologista Vítor Rodrigues a falar, muito bem, de rastreios o que despoletou uma curiosa discussão "intra-corporativa" entre farmacêuticos de oficina e analistas clínicos. Para saberem mais, façam favor de ler a "reportagem" do Vladimiro Jorge Silva (muito bem escrita, como de costume, embora eu não concorde completamente com algumas das suas análises).

Quando, a propósito do despedimento do Presidente do INEM, aconselhei a Senhora Ministra a despachar mais dois estorvos, Luís Pisco e Francisco George, até me esqueci de indicar o Presidente do Infarmed, Vasco Maria. Reparem: até me esqueci!
Que personagem mais cinzenta; de tão inoperante até cai no esquecimento. Não me lembro de um Infarmed tão, como direi, paralisado. Comparar o Infarmed de hoje com o Infarmed do tempo de Aranda da Silva é como comparar a água com o vinho - Vasco Maria é a água, mas parada, choca!
Senhora Ministra não faça como eu, não se esqueça: Vasco Maria para a rua já!

No passado fim-de-semana parei numa venda de fruta junto à estrada, em S.ª M.ª do Bouro: laranjas e tangerinas, docinhas, boas (os citrinos das Terras de Bouro são muito melhores que os Algarvios - isto é um aparte que não interessa para o moral da história, mas são coisas importantes que toda a gente deve saber), tudo a 50 cêntimos, mas se as for apanhar ali ao campo faço-lhe a 20 cêntimos.
O comércio mais tradicional a adaptar-se às tendências da concorrência agressiva do comércio moderno, do comércio dos repositores baratos e a recibo verde, reconhecendo que a rubrica dos custos com pessoal é um elemento importante na estrutura de preços de qualquer produto.

É por isso que - sobretudo quando a sustentabilidade do SNS está comprometida e quando os custos com o pessoal são tão relevantes - também «Não me parece que algo justifique, hoje em dia, num hospital público e face à grave situação que o País atravessa, que os transplantes continuem a ser pretexto para pagar a um pequeno grupo de forma principesca e milionária.»

Análises clínicas nas Farmácias – Porque sim? Porque existem condições únicas para garantir a normalização dos métodos de ensaio, das calibrações dos equipamentos e da expressão dos resultados, cumprindo os mais exigentes requisitos de qualidade e competência, e porque a acessibilidade dos doentes aos exames laboratoriais seria assim ampliada através de uma rede de estabelecimentos e profissionais de saúde em quem confiam, com um longo historial de excelência.

Análises clínicas nas Farmácias – Porque não? Ficará limitada a livre escolha do doente? Ficará afectada a livre concorrência entre prestadores de serviços? Aumentará o consumo indevido de medicamentos? Ou o de análises clínicas? São incompatíveis estes serviços de saúde? Claro que não, aliás já assim foi em tempos!

Um fragmento do texto que escrevi para o FARMÁCIA.COM, portal de Farmácia e do medicamento, à compita com o meu ilustre colega Vladimiro Jorge Silva.

Alguém me explique, se faz favor, porque dão pílulas às resmas e à balda nos Centros de Saúde, mesmo "a terceiras pessoas", e não comparticipam as mesmas pílulas a 100% quando receitadas por um médico.

Será para beneficiar preferencialmente quem não tem nada para fazer e portanto tem tempo livre mais que suficiente para andar a deambular pelos Centros de Saúde? Só pode ser. Se têm tempo livre para andar pelos Centros de Saúde, também estarão mais disponíveis para a actividade sexual, logo mais predispostos a engravidar... Não vejo outra lógica!...

Muito bem. Os factos exigiam-no. Já agora, Sra. Ministra, despache mais dois incompetentes que aí tem a estorvar: Luís Pisco, da MCSP, e o filho do Dr. Carlos George, da DGS (o seu Secretário de Estado, Manuel Pizarro, também não vale nada - é do PS-Porto e está tudo dito - mas enfim, foi nomeado um dia destes e admito que ainda seja cedo para o meter na rua).

Este blogue, como é habitual, reuniu toda a equipa da redacção para decidir qual dos candidatos às eleições americanas haveria de apoiar. Depois de um longo debate foi decidido apoiar:

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Já sairam os prémios 2007 da World Press Photo. Portugal conseguiu um 3º lugar, na categoria de desportos: Miguel Lopes Barreira, do Record, com uma fotografia do bodyboarder Jaime Jesus, no mar da Nazaré.



A propósito, não sei se sabem mas a Póvoa é terra de excelentes bodyboarders - não me refiro a Marques Mendes - que arrecadaram já um campeonato Europeu e vários Nacionais, muito por causa do trabalho inteligente e perseverante do meu amigo Rui "Pi" Campos - o Mourinho dos treinadores de bodyboard.

Visite o blogue da secção de Bodyboard do Clube Naval Povoense.



Esta minha fotografia também merecia um prémio não vos parece?

«As medidas seguidas pelo Governo para a área do medicamento tiveram duas consequências em 2007: aumentaram a factura dos doentes nas farmácias e diminuíram os gastos do Serviço Nacional de Saúde nas comparticipações.»

As Farmácias venderam mais; o Estado comparticipou menos; quem pagou a factura? Vossemecê!

Muito bem. A marcação é rápida mas - vamos ao que realmente interessa - e a consulta, quantas semanas demora?

O Japão iniciou em Novembro o seu programa anual de captura de baleias "com fins científicos". Mentirosos. Eis uma prova dos "fins científicos", uma baleia e a sua cria:
Japanese whaling boat killing whales cetáceos Australia

Moro na melhor zona da Póvoa de Varzim. Aqui têm casa, também, o Presidente da Câmara e dois dos seus principais vereadores. É uma zona junto ao mar mas sem trânsito e onde o sossego tem sido zelosamente preservado. Moramos a 1 km do centro mas moramos no fim da Póvoa.
Não, a minha casa não está à venda e se descrevo o lugar onde moro é apenas para tentar demonstrar o quanto os autarcas que têm governado o concelho são limitados no que respeita ao planeamento e às expectativas de desenvolvimento desta cidade, como se têm concentrado no que é rotineiro e previsível, na obra fácil, e não ousam criar e desenvolver com visão de futuro, com o mínimo rasgo, tentar demonstrar pelo óbvio como são tão tão fraquinhos.

A Norte deste fim da Póvoa estende-se uma praia imensa, com belos e extensos areais (os tais que os espanhóis nos vem pedir emprestadados), uma praia linda, selvagem, mas completamente abandonada.
É inacreditável como a 1 Km do fim da Póvoa nos encontramos, subitamente, no mais completo abandono e atraso; é inacreditável como nunca ninguém pensou um modelo de desenvolvimento que trouxesse riqueza, emprego, melhoria das condições de vida, ou, sequer, mais impostos.
É uma viagem no tempo e no espaço que merece ser feita: num momento estamos no século XXI, no litoral rico e desenvolvido, com piscinas olímpicas, quadras de ténis, futebol, hotéis, restaurantes, bares e 1 km depois estamos no século XIX, no mais profundo e atrasado interior, com casas minúsculas, horríveis, com arquitectura à Inginheiro Sócrates, ruas esburacadas, esgotos a céu aberto, lixo amontoado, turismo de 5ª categoria...

Very typical? Não, very triste! Veja algumas fotos (clicando nesta):

De Palmira F. da Silva: Coroas de glória para o tubarão, sobre o esqualeno e «esperemos que cada vez mais pessoas se apercebam que o prefixo bio no nome de um composto químico não lhe altera as propriedades (embora lhe possa alterar as virtudes ecológicas): o esqualeno, como outra molécula qualquer, apresenta exactamente os mesmos efeitos quer seja obtido por síntese, da azeitona, do amaranto ou do fígado de espécies ameaçadas de extinção.»

De Nuno Mota Pinto: Da experiência e do plástico como activos políticos, sobre as eleições americanas e sabendo que «provavelmente se eu fosse americano votaria mais depressa em Clinton que em Obama por questões político-ideológicas. Mas isso não me impede de ser crítico de um processo de coroação e construção de imagem que estava em curso, que felizmente Obama pôs sob pressão e teste, e que era indigno de um povo e nação livres.»

O Comissário Europeu do Mercado Interno e dos Serviços, Charlie McCreevy, supostamente um defensor de mercados livres e também da liberalização da instalação das Farmácias, encomendou a uma prestigiada consultora privada, a Ecorys um estudo agora divulgado: Study of regulatory restrictions in the field of pharmacies.

Nós por cá também já tivemos destes estudos. Defender a abolição de restrições ao estabelecimento de farmácias, ser ultra-liberal, é a fórmula perfeita para não abrir nem uma Farmácia! Foi o que aconteceu em Portugal.

As praias portuguesas são melhores que as praias espanholas por uma razão muito simples: pela abundância de areia.
Tivessem os espanhóis mais praias com extensos e belos areais - como nós temos - e melhor, ainda, venderiam um dos produtos com maior peso na sua economia: o turismo.
Como não têm, resolvem agora a questão comprando areia ao seu principal concorrente: Portugal.
Eis o resultado: «El Ministerio de Medio Ambiente, a través de la Dirección General de Costas, alcanzó un acuerdo con el Gobierno portugués para cubrir las playas arousanas con 42.000 metros cúbicos de arena procedente de la desembocadura del Miño, en Camiña (Portugal), cumpliendo así la voluntad del Ayuntamiento vilagarciano de regenerar y mejorar la calidad de los arenales locales.»

E o burro sou eu?

Há uma anedota sobre a propaganda médica muito engraçada: Como saber onde está um médico ou farmacêutico numa bancada de um estádio de futebol? Atira-se uma esferográfica BIC com propaganda a qualquer porcaria; o médico ou farmacêutico é o que salta para a apanhar. Isto vê-se bem nos congressos; é horrível a sofreguidão por tudo que é brinde. Na Galiza o fenómeno mantém-se, este vídeo ilustra bem o efeito:

O SNS pagou o ano passado 23.000.000 de euros de incentivo aos médicos que fizeram transplantes. Só Eduardo Barroso recebeu num mês 30 mil euros. Limpos.

Esta notícia faz-me lembrar os recentes escândalos no caso BCP, por causa da lavagem de roupa suja, a posteriori.

O Ministro que fingia que fazia reformas nisto não se metia. Poupar à custa da saúde dos pobres contribuintes - está muito bem; poupar à custa dos privilégios de uns quantos poderosos - está lá quieto!

Para que não vingue o medo de expressar opiniões e criticar quem merece ser criticado, vale a pena ler a sentença que absolveu Silva Garcia de dois crimes de difamação, agravada. Agora Silva Garcia bem pode dizer como o boneco do contra-informação: «a mim, a mim ninguém me cala» - e bem preciso é, com autarcas como os nossos...

Caramba, eu estou a chegar de lá e também tive um Domingo radical, de alto risco: acordei já o sol ia bem alto e passei toda a Santa tarde deitado à lareira - estava uma tempestade das boas - enfartes e essas coisas!


A propósito, não deixem de ir, até ao dia 5, ao Festival de papas de sarrabulho de Amares. Jantei lá ontem à noite; é bom, divertido e barato; recomendo. Nós preferimos as papas da Quinta do Esquilo.

Os 4 golos do FCP foram roubados!

Etiquetas: Coitados

Fazer de testa de ferro na assinatura de projectos de engenharia é grave porque possibilita a execução de obras que não cumprem os requisitos técnicos exigíveis, fazê-lo em nome de outros engenheiros da autarquia ao lado é igualmente grave porque permite o compadrio e a corrupção. E é grave também porque agride de forma continuada a nossa sensibilidade estética - vejam a galeria de fotografias, do PÚBLICO, dos projectos de José Sócrates.

«A caligrafia usada nada tem a ver com a de José Sócrates. Muitas vezes, essa caligrafia, inconfundível, é a mesma que aparece nos autos das vistorias realizadas no fim das obras pelos técnicos da Câmara da Guarda. (...) Comum a muitos dos projectos assinados pelo técnico da Covilhã é o facto de serem rapidamente aprovados.»