Dantes os doentes quando tinham que fazer análises clínicas iam a um laboratório de análises clínicas. Esse laboratório existia, nele trabalhavam analistas clínicos fisicamente presentes para falar com os doentes e colaborar com os seus médicos.
Agora já quase não há laboratórios, há postos de colheita de amostras.
Há postos, aliás, em todo o lado. Nascem como cogumelos, explorando a mão-de-obra barata dos técnicos de análises e enfermeiros desempregados, supostamente aproveitando as economias de escala proporcionadas por uma rede alargada de clientes.
Agora as analises clínicas são efectuadas longe, eventualmente em Badajoz como os partos, sem os doentes saberem por quem.
Agora os donos dos laboratórios podem ser fundos de venture capital ou podem estar nas Ilhas Caimão.
Agora 20% do valor comparticipado pelo Estado «será por serviços nunca prestados, ou seja, por uma actividade fictícia».
Agora os laboratórios captam doentes, em nome da concorrência, oferecendo-lhe pequenos almoços.
Um pequeno almoço nunca é de graça.
Eu sei escolher um laboratório de análises clínicas para mim e para a minha família.
E o caro leitor quando faz análises, paga o pequeno almoço ou paga as análises?...
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Se tivessem que recorrer a um Serviço de Urgência como o do Hospital de S. João;
Se a doente que acompanhassem estivesse com claríssimas dificuldades respiratórias;
Se essa doente fôsse já seguida no hospital onde tem feito quimioterapia;
Se essa doente desse entrada no hospital e três horas depois ainda não tivesse sido observada;
Se se dirigissem ao serviço de informações e lhes dissessem que a entrada da doente tinha ocorrido apenas há meia hora;
Se contestada a situação vos informassem de que, afinal, a culpa era do sistema informático (que tinha estado em baixo) e não havia registo dos doentes;
Se a doente que acompanhásseis nem sequer pudesse ter o conforto da presença de um familiar junto de si, enquanto aguardava horas e horas para ser chamada;
Se nem uma garrafa de água pudessem fazer chegar à doente, sabendo que em casa era a àgua o seu pequeno conforto e permanente necessidade;
Se pretendessem falar com o Director do SU e vos dissessem que ele não estava;
Se fôsse apenas o "segurança" o vosso interlecutor nesta odisseia;
Se essa doente fosse chamada por duas vezes e por outras tantas vos dissessem que (não fora chamada) houve engano;
Se apenas mais de 4 horas e 30 m passadas a doente fôsse vista;
Se entretanto o médico que a observou se tivesse surpreendido por ela não ter sido considerada para a "zona" vermelha;
Se chegassem à conclusão de que nem triagem fizeram à chegada da doente;
Se após essas 4h e 30m horas a doente permanecesse mais 7 horas à espera de exames e conclusões médicas;
Se, enfim, nesse hospital não pudessem ir à casa de banho dada a sua imundice;
Se tudo isto, meus amigos, vos acontecesse.
Pergunto: com que estado de espírito estariam aqui a escrever este comentário?
Pois meus caros, foi isto que aconteceu este fim de semana com a minha familiar que já aqui referi noutros momentos (já lá vão mais de dois anos) e com o filho e a minha mulher que a acompanharam.
E só Deus sabe aquilo que ainda irá acontecer.
Malditos políticos; malditos gestores; maldito SNS; maldito hospital; maldito segurança; malditos, malditos, malditos...
Que Deus dê aos responsáveis por tudo isto EM DOBRO o sofrimento da pessoa a quem me refiro.
E anda o Senhor Ministro da Saúde a querer convencer-nos de que "isto está melhor"!...
Diabo que os carregue!
«Uma mulher de 54 anos sofreu, ontem, uma paragem cardíaca em pleno Centro de Saúde de Viana do Castelo
Apesar das tentativas dos médicos daquela unidade, e perante a falta de um desfibrilhador, a reanimação foi conseguida apenas pelos elementos da viatura médica de emergência e reanimação do INEM chamados ao local
Contactado pelo DN, o director da Sub-Região de Saúde de Viana do Castelo admitiu que aquele Centro de Saúde , situado no centro da cidade, não dispõe de desfibrilhador por se encontrar próximo do hospital da cidade.»
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Desculpe lá, mas tenho vindo a ler as suas opiniões e tenho umas questões para lhe fazer:
1) Acena várias vezes com a ameaça da monopolização da propriedade das farmácias por meia dúzia de multinacionais poderosas e com interesses meramente económicos. No entanto, a legislação irá prever que cada proprietário só poderá ser proprietário de, no máximo, 4 farmácias. Como explica isto?
2) Outros "negócios" altamente lucrativos, como as clínicas médicas privadas (provavelmente não tão lucrativos quanto as farmácias, mas na mesma "bons negócios"), têm a sua propriedade liberalizada e não exclusiva a médicos. No entanto, arrisco dizer que a maioria dos seus proprietários continuam a ser médicos e que, até agora, em tantos anos, ainda não há nenhuma rede multinacional à lá McDonald's da Medicina que se tenha "apropriado" das clínicas médicas. Como explica isto?
Agradeço os seus esclarecimentos.
Muito obrigado.
# por Antento : Qua Jun 20, 02:20:00 PM
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As ParaVazias têm a partir de hoje mais uma vantagem concedida pelo Governo.
Lê-se em todos os jornais digitais de hoje:
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Os investidores aceitavam pagar um estudo «sobre um novo aeroporto mas não queriam publicidade. Com medo de retaliações por parte do Governo. Muitos deles trabalham com o Governo, têm contratos, concessões, concursos, etc.... Não queriam atritos. [FvZeller]»
«Apesar de ter sido confrontado com vários insultos e acusações como "mentiroso", José Sócrates considerou que quem o abordou dirigiu-se a ele de forma «cordial e civilizada».
Aos políticos cabe responder com fair-play e "ouvir com um sorriso porque (este tipo de situações) faz parte da festa da democracia", disse José Sócrates, que negou qualquer intenção do Governo de reduzir os serviços clínicos da unidade de saúde.»
Num período de preços altos e escassez de combustíveis fosseis, num período em que se fala de energias alternativas e da excessiva dependência de Portugal relativamente ao petróleo, seria provável que numa qualquer busca no google se encontrassem fontes de informação encorajadoras para potenciais pequenos produtores de Biodiesel.
Mas não, nas páginas de Portugal do google.pt, a primeira frase em título que se pode ler é: «Quercus alerta para monópolio no biodiesel»! As restantes referências iniciais explicam o que é, para que serve, e nada de concreto.
Já nas páginas de Espanha do google.es, rapidamente se podem encontrar sítios onde encomendar unidades domésticas de produção, notícias de uma campanha de de recolha de óleos no domícílio, e até receitas caseiras!
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