Caro Boticário,
Concordo com grande parte da sua análise. Que tem o seu apogeu no «Enfermeiro Stirling Moss». Sem por em causa a «autoridade» que reclama ser-lhe autorgada pela marcação cerrada que reconhecidamente faz da actividade do ministro, deixe-me dizer-lhe que, na minha perspectiva, tudo isto apenas acrescenta mérito à estratégia política de Correia de Campos. Que sabe que tem dar "respostas" pontuais a cada autarca do País. Que as pede, sempre que possível directamente, do ministro para que as populações o vejam. Mário de Almeida "negociou" com o ministro. As populações registaram a "negociação". E o Sterling Moss. Se necessário, na Póvoa, o ministro fará o mesmo. "Negociando" em troca de uma contrapartida igualmente inócua. Mas a população registará o empenhamento do autarca no "protesto" à tutela. O mesmo se tem passado e continuará a passar-se noutros lados. Daí que Correia de Campos apenas seja criticado pelos autarcas «por não os receber». Cada um deles reivindica tão somente isso, o direito ao seu SterlingMosszinho. Com os contra-argumentos das Câmaras da oposição só servirem para acrescer a reivindicação a mais meio Sterling. Creio que preocupações dos autarcas estão mais viradas para os votos do que para a saúde dos votantes. E as greves de fome serão apenas para os distraídos do costume.