Impressões de um Boticário de Província

Sempre que possível compro no comércio tradicional. Às vezes não é possível; por uma questão de preços.
Tendo que comprar um livro técnico - o "Bailey & Scott's Diagnostic Microbiology", uma "bíblia" que tinha desactualizada - aprecei junto de várias fontes, online e livrarias técnicas do Porto.
Comprei na Amazon.com, por pouco mais de 70 euros, incluindo portes. Surpreendentemente, na consulta de preços nas livrarias tradicionais obtive respostas com o dobro do preço e uma tentativa de me impingirem a penúltima edição.

É uma questão que o comércio tradicional tem que enfrentar: querem ganhar muito, pouco ou nada?

Peliteiro, às 14:06

Comentários:

Seria interessante que essa "perspectiva liberalizadora" fosse exensiva às farmácias. A protecção/cartel de que gozam as farmácias não é nada compatível com a redução de custos e com a livre escolha que apregoa para os restantes negócios.
Sim, porque as farmácias são um negócios como outro qualquer:
- têm margens de lucro, em vez de cobrarem um prexo fixo por serviço
- vendem escovas de dentes, preservativos, cremes, perfumes, palmilhas e qualquer tipo de produto quevagamente tenha relação com o corpo humano (e alguns também veterinários)
- trespassam os seus negócios tal como qualquer café (excepto o preço)

Proponho:
1. Fim da exigência de quota geográfica para as farmácias.
2. Separação clara entre medicamentos de prescrição médica e OTC.
3. Livre propriedade de estabelecimentos de venda de OTC.
4. Propriedade exclusiva de farmaceuticos de estabelecimentos de venda de medicamentos de prescrição mas direito de preferência do Estado na compra dos mesmos (ou então livre pripriedade, com legislação anti-trust)
5. pagamento do serviço por um fee fixo, em vez de margem de lucro percentual.
6. fiscalização decente(rapports, cumprimento de exigência de prescrição, etc...)

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SG : quinta-feira, janeiro 12, 2006

Serafim, as farmácias são um negócio como outro qualquer, sem dúvida. Assim como os consultórios médicos.
Aliás estou indeciso, se abro uma clínica cirúrgica ou um talho. Que me aconselha, qual será mais lucrativa, é mais fácil lidar com empregados cirurgiões ou carniceiros?

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Peliteiro : quinta-feira, janeiro 12, 2006

Meu Caro Peliteiro: contra factos não há argumentos: se a Amazon vendesse medicamentos, estes seriam certamente muito mais baratos do que nas "suas" farmácias (e não tenha dúvida de que prestariam o serviço de acordo com todos os requisitos legais).

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Anónimo : sexta-feira, janeiro 13, 2006

QUANDO VAMOS A UMA FARMÁCIA O ASSUNTO NÃO É SAÚDE? QUANDO SOLICITA ESCLARECIMENTO OU OPINIÃO ESTAÕ DISPOSTO A PAGAR CONSULTA POR TAL?ESTÃO DISPOSTOS A ADQUIRIR NO FUTURO PARACETAMOL A 7.5 EUROS QUANDO AGORA CUSTA 1.42 , CONSIDERANDO O ACTO FARMAÇÊUTICO?ALGO QUE AINDA NÃO EXISTE.
MUITO BEM QUE SE PASSE A RETRIBUIÇÃO EM FUNÇÃO DO Nº DE EMBALAGENS ...E DESCE A DESPESA DO ESTADO COM SAÚDE MAS DO UTENTE PAGADOR DECERTO QUE NÃO, TAL COMO ACONTECE AGORA!
DEIXEM ACTUAR A LEI DO MERCADO ALGUEM DEPOIS CONTA

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Anónimo : sexta-feira, janeiro 13, 2006

Mário
Se uma Farmácia não é um comércio, então não deveria funcionar por margens de lucro. O serviço "Dispensar um fármaco e aconselhar sobre a sua toma" é o mesmo quer se trate de um Paracetamol ou de um Anti-fúngico de última geração. É como uma consulta médica: eu levo o mesmo a um donete, quer se trate de uma gripe ou da neoplasia mais dificil de diagnosticar.

Por outro lado não é bonita a mistura entre fármacos de prescrição, OTC e os restantes produtos que se vendem numa farmácia.

Sugiro então que reformule a sua afirmação para "UMA FARMÁCIA NÃO DEVERIA SER UM COMÉRCIO". É que infelizmente as que temos são!!

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SG : domingo, janeiro 15, 2006

O Mundo é cheio de injustiças, ... ... ... a gente escreve sobre Livrarias e " Leva Na Cabeça" por causa das Farmácias".
Aos comentadores deste Blog deixo o seguinte:
"Uma coisa é uma coisa"!
"Outra coisa é uma outra coisa" não tem nada a ver com a "coisa"!
Assim, solicito que façam os comentários só em relação ao tema, ... ... È que eu estou Primo do BLoguista em exercicio
Há Há Há
OLAG

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Anónimo : domingo, janeiro 15, 2006

PORTUGAL DEVERIA AVANÇAR PARA A SITUAÇÃO QUE SE PASSA EM INGLATERRA, ONDE OS ENFERMEIROS E FARMACÊUTICOS JÁ PODEM PRESCREVER, PORQUE SENÃO VEJAMOS , UM PARACETAMOL É ALGO DE BANAL TAL COMO UMA GRIPE OU CONSTIPAÇÃO.ENTÃO PORQUê PAGAR 65 EUROS POR UMA CONSULTA QUANDO OS PROTOCOLOS TERAPÊUTICOS SÃO CONHECIDOS !
DEPOIS NACIONALIZAR AS FARMÁCIAS E ATRIBUIR-LHES DIRECTORES GERAIS...1 POR CADA PARTIDO POLÍTICO...COMO DEIXA DE HAVER UMA MARGEM DE LUCRO AUMENTAR OS IMPOSTOS SOBRE OS CONTRIBUINTES PORQUE A INDUSTRIA FARMACÊUTICA NÃO TRABALHA DE BORLA ...

NINGUÉM SE ABORRECE COM O IVA QUE PAGA POR ESTAR DOENTE?
5 % PARA O ESTADO POR UMA ANGINA DE PEITO OU PELA CONSTIPAÇÃO?

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Anónimo : segunda-feira, janeiro 16, 2006

Fantástico! Um post sobre livrarias em portugal (cada vez me parecem piores) vai ter às farmácias (um serviço que cada vez me parece dos poucos que estão bem oleados e a funcionar em condições em portugal).

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Sara : segunda-feira, janeiro 16, 2006

Viva a troca de ideias, ... ... ... as farmacias e as Livrarias podem não estar a funcinar da maneira mais correcta!
Contudo, este Blog vai de vento em POPA com 11 comentários, ... que mais queres tu primo!
Olag

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Anónimo : terça-feira, janeiro 17, 2006

Desculpem, mas o post não era sobre livrarias. Era sobre comércio tradicional versus grandes superfícies. Eu apenas chamei a atenção para a necessidade de coerência sobre a organização dos diversos ramos de actividade comercial e obtive uma resposta "acirrada" e corporativa que demonstra a falta de coerência de raciocínio em relação aos assuntos.

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SG : terça-feira, janeiro 17, 2006

quinta-feira, 12 de janeiro de 2006

Muito, pouco ou nada?

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