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Amanita muscaria

Impressões de um Boticário de Província

Desde 2003


quinta-feira, 30 de junho de 2005

Tamiflu e a Gripe 

"Portugal já está a tomar medidas para enfrentar uma possível pandemia de Gripe das Aves e encomendou 2,5 milhões de doses de um medicamento para fazer frente à doença."

Tamiflu da Roche, custa 27,5 euros é pouco prescrito e não é comparticipado.

Peliteiro,   às  19:47
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- Caro Besugo,
 

Nós somos velhos companheiros de blogadas, já esgrimimos por aqui muitos argumentos, já nos zangamos e já nos fizemos amigos.
Eu, sinceramente, estou um pouco saturado de dizer sempre as mesmas coisas. Falar, hoje, de políticas de saúde e de medicamentos é como tentar, hoje, descobrir a pólvora - ambos sabemos onde está a origem do mal e ambos sabemos como expurgar esse mal. Mesmo assim, nenhum de nós foi ainda convidado para Ministro, sequer para Secretário de Estado...

Agora, pelo que percebi do seu texto, defender a nacionalização das Farmácias não lembra ao diabo. A não ser como modelo teórico, talvez. Desculpe lá, mas se não for lido como parábola não se entende, é, como dizê-lo, inconcebível, irrealista, por aí, etc. Nacionalizar? Isso nem o Sócrates "picado" pelo rancoroso Correia.

Por outro lado, fica mal a um médico experiente e conhecedor reduzir os Serviços Farmacêuticos a medicamentos "trazidos da farmácia hospitalar em carrinhas bem ventiladas, conduzidas por funcionários bem dispostos". Isso nem o Kumba Ialá aconselhado pelo Mobutu.

Olhe que por esse mundo fora há Boas Práticas de Distribuição e Boas Práticas de Farmácia e há OMS e AEM! E há Farmacêuticos; esqueceu-se deles! Talvez fossem no seu modelo substituídos por Médicos. Brasileiros para sermos xenófilos.
Cuidado, um dia encontra-me na urgência do seu Hospital a dar consultas. Talvez fizesse melhor trabalho que muitos seus colegas, pelo menos conheço bem os medicamentos e leio análises na perfeição. Nas nossas urgências já é bem bom, muito melhor que as consultas médicas telefónicas propagandeadas pela Médis.

Um abraço.

Peliteiro,   às  00:13
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quarta-feira, 29 de junho de 2005

Reformas 

Não é pelas greves nem pela crise. É pela justiça:

i) A idade da reforma deve ser igual para todas as profissões.

ii) O cálculo do valor da reforma deve ser igual para todas as profissões e independente da natureza do empregador, seja público ou privado.

iii) As reformas atribuídas a partir de dinheiros públicos só o são quando o beneficiário deixa de trabalhar, não sendo nunca acumuláveis com remunerações de trabalho.

Três regras que comportam injustiças, com certeza. Mas não tantas como as que se verificam no sistema actual.

Peliteiro,   às  22:51
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segunda-feira, 27 de junho de 2005

Pôr-do-sol 

Hoje o mar estava assim

Por do sol



Um país tão lindo e tão deprimido. A depressão alastra e até a blogosfera anda cabisbaixa, sem temas apaixonantes, apenas a verborreia do costume, câmara de ressonância dos comentadores da rádio e da TV. Enfim.

Peliteiro,   às  23:41
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domingo, 26 de junho de 2005

Festas populares 

Não gosto nada de festas populares. Escrevo isto todos os anos. Mas não há maneira de lhes escapar.

Então aquelas marchas Antoninas de Lisboa - de populares têm pouco - são do mais irritante que há. Mas isso é um problema fácil, desliga-se a TV.

Convenceram-me a ir ao S. João de Vila do Conde. À sardinha assada. Os restaurantes em Vila do Conde - que são poucos, raio de cidade, tão sem nada - estavam cheios, como seria de esperar. Deve haver sardinha na rua, afinal isto é uma cidade com mar, é S. João, deve haver sardinhas. Enfrentámos a maralha. Calcorreámos as ruelas. Eram as 11 da noite quando nos serviram umas sardinhas pouco frescas condimentadas com pó.


Foto do Vila do Conde Quasi Diário    Foto do Vila do Conde Quasi Diário    Foto do Vila do Conde Quasi Diário



Hoje, dormia a minha sesta dominical e ouço motas, depois bombos, depois foguetes, depois ranchos, depois... O que é isto? Era um cortejo, dizem eles que, etnográfico. Do S. Pedro. Bem. Então estes tipos agora vêm malhar o milho para a minha janela? Santa paciência.


cortejo etnográfico 2    cortejo etnográfico 1    cortejo etnográfico


Peliteiro,   às  23:42
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Big is beautiful 

Vai-se descobrindo que, afinal, a livre venda de medicamentos de venda livre não será assim tão livre, restringindo-se a alguns, poucos, grandes hipermercados.

«Medicamentos não são "Eldorado" para a distribuição. É um negócio marginal em termos financeiros.» APEDistribuição

No entanto, mesmo estes, vão percebendo como são ridiculamente pequenotes numa escala global.



«Merck-Medco is the most successful provider of pharmacy care in the United States»

«Alguns negócios vão destacar-se no mundo virtual e no real. É o caso do gigante farmacêutico Merck-Medco, que lucrou no ano passado mais de cem milhões de contos e arrasou a concorrência.»


Farmácia foleira


Peliteiro,   às  22:16
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quinta-feira, 23 de junho de 2005

Mar de prata 

Hoje o mar estava assimmar póvoa varzim

Peliteiro,   às  00:36
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quarta-feira, 22 de junho de 2005

04# 

2 031~~

04#
Nada melhor para espantar a crise e os problemas do país que uma boa jantarada.04#
Foi o que fiz. No novo restaurante da nova marginal Póvoa de Varzim - Vila do Conde.
04#
Umas belíssimas ameijoas para entrada, seguidas de uma sopa de cação para estimular o paladar, depois pedimos polvo à lagareiro, arroz de tamboril, arroz de robalo, umas douradas grelhadas e por fim, apetite saciado, para a viagem, por pura gula, uma provinha de massada de cherne!!


Restaurante recomendado, cozinha saborosa, atendimento perfeito, estacionamento fácil, vistas agradáveis:

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Peliteiro,   às  23:34
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Emprego 

Coincidência, ou talvez não. Ontem à noite estive a falar com um dono de um restaurante que me contou uma história igualzinha à relatada no Jaquinzinhos. Já há tempos aqui se escreveu sobre Centros de Emprego.
Talvez não seja coincidência, há coisas que todos sabemos, que a todos prejudicam, mas que perduram e parece que ninguém consegue erradicar o problema. Diz-se que cada país tem o desemprego que consegue pagar; talvez seja o nosso caso, de qualquer das formas é escandalosa a inoperância do IEFP, que só conseguem empregos para os próprios funcionários, e são escandalosos os muitos subsídios pagos a quem não precisa ou não quer trabalhar.


Mas se o desemprego é assustador, não devemos esquecer uma outra forma de subsistência não produtiva, igualmente penalizadora das contas públicas, igualmente parasitária da economia nacional, que são os empregos públicos caridosos. Estes empregos são um problema difícil de resolver (nem eu sei o que faria!) especialmente nas regiões do interior sem vitalidade económica, representando a sua eliminação uma verdadeira calamidade social.
Concretizando, Mirandela, encerremos a dependência do Ministério da Agricultura (400); eliminemos os excedentários do Hospital (100); reestruturemos os serviços de Finanças e Tesouraria (50); organizemos os trabalhadores da Câmara (250); mais os do CTT, EDP, e outros que tais e teremos 1.000 novos desempregados, ou seja uma crise social gravíssima!

Concluindo, neste país não há só meio milhão de desempregados, há muitos mais, a população verdadeiramente activa, criadora de riqueza, é tão diminuta como a de Andorra. E isto é insustentável. É como se numa cadeia alimentar as únicas plantas fotossintéticas fossem minúsculas e escassas e os predadores fossem dinossauros enormes.

Peliteiro,   às  00:42
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Para que se saiba: 

«A indústria devia vender os medicamentos em Portugal mais baratos do que em Espanha, França e Itália. Mas não o faz. E isso custa-nos caro! Há medicamentos em Portugal com preço superior ao permitido por lei. Este ano os doentes vão gastar 220 milhões de euros a mais porque a lei não é cumprida.»

Peliteiro,   às  00:17
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segunda-feira, 20 de junho de 2005

Relatório de Primavera 2005 

Até o «Observatório Português dos Sistemas de Saúde» conseguiu concluir:

A venda de medicamentos que não precisam de receita fora das farmácias não é "manifestamente prioritária" no contexto em que se encontra a saúde do país e continua, três meses depois de anunciada, a carecer de documentação suficiente quanto à sua "bondade".

Lembram ao Ministério ser "de boa prática de governação que medidas com esta implicação e notoriedade tenham uma fundamentação sólida e explícita" e sugerem a elaboração de um documento que resumisse e analisasse em conjunto a evidência existente e o seu significado no contexto social, económico e cultural do país".

A venda livre "não sendo manifestamente uma questão que possa ser considerada como prioritária no conjunto dos problemas de saúde do país", envolve uma série de riscos, alerta o OPSS. Além de poder "estimular a auto-medicação e induzir aumentos de consumo", mesmo com aconselhamento de um "profissional qualificado", a medida pode gerar "estratégias de promoção de vendas por parte de grandes superfícies comerciais (pague um leve dois)", como terá acontecido no Reino Unido. Soma-se ainda uma dificuldade acrescida de monitorização da segurança dos medicamentos com a dispersão dos pontos de venda.

Peliteiro,   às  23:37
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Testemunha do processo Casa Pia implica todos os arguidos e também
Paulo Pedroso 

RTP

Peliteiro,   às  23:31
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Embuste 

Ora vejamos o quanto somos enganados na nossa ligação à www. A minha SAPO ADSL de 2.000 kbps está a 272 kbps! A culpa é minha com certeza.

Peliteiro,   às  19:23
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Hiper-MNSRM 

Correia de Campos (não o verdadeiro, claro) enviou-me a seguinte mensagem:

Já tenho o projecto de decreto-lei sobre venda de medicamentos sem receita médica fora das farmácias e a sua regulamentação.

Confirmam-se as previsões mais cínicas: não se trata de liberalizar a venda de medicamentos, mas de criar espaços exclusivos apenas em grandes superfícies comerciais.

O Governo obriga a que a dispensa seja feita por farmacêutico, técnico de farmácia ou sob a supervisão de um farmacêutico, nomeadamente todas as actividades relacionadas com a venda, armazenamento e conservação dos medicamentos.

O supervisor técnico (farmacêutico) só pode ter essas funções em 1 local apenas.

Obriga a que a compra seja feita apenas a grossistas licenciados pelo Infarmed e impede as importações.

Proíbe as práticas promocionais, publicitárias ou comerciais que violem a lei que já existe sobre esse assunto.

Obriga à existência de uma área especificamente destinada à venda ao público, assim como à armazenagem.

Enfim, «os MNSRM fornecidos fora das farmácias estão sujeitos ao mesmo regime de garantia e fiscalização de qualidade e segurança dos medicamentos que são fornecidos em farmácia».

Portanto, saem da farmácia porque não precisam da qualidade e segurança da farmácia, mas vão para outros locais desde que tenham a qualidade e segurança das farmácias. E a supervisão de um farmacêutico (que não pode trabalhar em mais nenhum outro local).

Quantos locais de venda teremos?

Quanto à melhoria do acesso estamos conversados. Quanto ao preço, a prática dir-nos-á.


A ser verdade, Correia, a montanha pariu um rato. Afinal tanto barulho apenas para isto? Sois uns mentirosos! E o Vital ficou frustrado ou também alinhou na chafurdice?
Assim, os únicos beneficiados serão dois ou três hipermercados, nunca o povo que vos elegeu.

Peliteiro,   às  13:17
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domingo, 19 de junho de 2005

Os Tarrotes 

Há uns anos, dirigir um clube de futebol consistia em importar e exportar Brasileiros. Mesmo clubes em cujas escolas outrora se fizeram grandes jogadores optaram pelo comércio fácil de vedetas e relegaram para um plano secundário a formação.

Os tempos mudam, os clubes enfrentam situações financeiras aflitivas (como tudo, enfim) e as Direcções mais atentas apostam de novo nas escolas de futebol.

É o que está a fazer o Varzim SC. Os Tarrotes é o nome da nova escolinha de Futebol do Varzim. Tem sido um enorme sucesso e é bonito ver uma multidão de jovens atletas no relvado e de pais babados nas bancadas. Uma iniciativa inteligente capaz de aproximar os habitantes da cidade ao clube e um serviço importante prestado pelo clube ao promover a prática desportiva junto dos mais novos.

Mesmo que não vinguem grandes vedetas futebolísticas nesta escola, fica a ideia de que o importante é alma sã em corpo são, como o demonstra a boa disposição destes dois atletas da classe dos 5 e dos 9 anos:
            

Peliteiro,   às  23:49
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quinta-feira, 16 de junho de 2005

Infarmed acusa médicos e farmacêuticos 

Soube-se hoje de um estudo efectuado pelo Infarmed onde supostamente se conclui que que os médicos não cumprem as regras de prescrição e os farmacêuticos não cumprem as de dispensa, prejudicando, consequentemente, os doentes e o Estado.

Não li o estudo e o artigo da Lusa não se repete de forma coerente nas matérias desenvolvidas noutros jornais e meios informativos.

O Expresso cita: «quando é autorizada a dispensa de um medicamento genérico, e é possível realizar essa dispensa, porque existem genéricos comercializados, a troca pelo medicamento genérico nem sempre se efectua. Quando, por omissão do prescritor, pode ser dispensado o medicamento genérico, a troca do medicamento de marca pelo genérico ocorre pouco frequentemente».

Pessoalmente não tinha a impressão de que isto fosse a regra, mas antes a excepção. Os orgãos de classe sempre defenderam, desde há muito, um mercado equilibrado e compatível com economia do país, procurando evitar uma potencial falência do sistema de saúde.

Não creio, mesmo assim, que na base deste possível facto esteja uma atitude mercantilista. Contudo, por causa das dúvidas, uma regra, em tempos aqui enunciada, devia ser aplicada sem contemplações:

- Os médicos são obrigados (sim, obrigados) a receitar com base em protocolos terapêuticos e pela designação comum internacional (DCI).
- As farmácias são obrigadas (sim, obrigadas) a dispensar a prescrição em DCI pelo medicamento mais barato existente no mercado.

Caso tal não fosse cumprido haveria que sancionar. Simples.
Já agora, os dados que afinal o Infarmed possui, ou seja, sabem muito bem quem são os prevaricadores, deviam ser, no mínimo, tornados públicos, para que todos saibamos quem são os maus profissionais e não se misture o trigo e o joio.

Peliteiro,   às  23:56
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Aviz 


Parabéns a Francisco José Viegas pelos dois anos do seu blogue, Aviz, um dos privilegiados que consta, lá no fundo, da minha restrita lista de favoritos.

Peliteiro,   às  19:48
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* * * 

O futuro de Portugal passa pelo Turismo.

Mas que turismo?

Vejamos o caso da Póvoa de Varzim enquanto cidade turística.

De estância balnear importante, até meados do século XX, frequentada pelas classes mais privilegiadas, foi-se transformando numa praia cada vez mais popular, até ser conquistada pelas massas. Em simultâneo a construção explodiu, desordenada, desfigurando para sempre a cidade e a zona à beira-mar.
Entretanto, os decisores procuraram, atabalhoadamente, purgar um tipo de clientela turística a que chamaram de pé-descalço, numeroso mas supostamente pouco atractivo economicamente, e tentaram captar novos mercados, turistas em menor quantidade mas com maior poder de aquisição e de criação de riqueza. Surge daí a cidade da «Cultura e do Lazer», e outros pregões, que se revelaram bonitos e talvez bem intencionados mas rotundos fracassos.

Agora há menos, muito menos, turistas de baixo valor e há os mesmos poucos de médio e alto valor. Rejeitar clientes sem conseguir substituí-los por outros é, em qualquer actividade, um mau negócio.

Isso é bom para a qualidade de vida dos habitantes da cidade: menos forasteiros é mais tranquilidade! O que não se pode dizer é que se aproveitam as potencialidades turísticas da cidade como meio de progresso económico, criador de emprego, de riqueza e de impostos.

Sejamos objectivos e claros:
Portugal não tem condições para competir no mercado turístico como um destino de gama alta.

As nossas praias não são propriamente tropicais, as águas não são cálidas, as brisas são ventanias, as areias não são finas, brancas e limpas, o Verão não dura 8 meses? Por outro lado, as nossas cidades não são propriamente um modelo urbanístico, as nossas estradas e outras infra-estruturas não são um primor, faltam profissionais de hotelaria e restauração competentes e bem formados, etc, etc. Generalizando, obviamente; haverá oásis esparsos mas não são a regra.

O futuro de Portugal passa pelo Turismo mas não pelo de cinco estrelas; será antes pelo de três estrelas, um turismo popular, não necessariamente rasca, mas composto por quem não quer ou não pode pagar destinos de topo.

Enquanto não encararmos isto sem pruridos narcísico-nacionalistas o futuro de Portugal não passará, de facto, pelo Turismo. Se avaliarmos com cuidado as vantagens e desvantagens competitivas chegaremos a esta conclusão. E isto não é necessariamente mau ou indigno.

Voltando à Póvoa como exemplo. Qual será preferível, ter as praias a Norte da cidade pejadas de casas-abarracadas, vielas esburacadas, esgotos a céu aberto, ou ter um complexo turístico bem ordenado e planeado, adaptado a uma clientela imensa, nacional e estrangeira.

Há que decidir, alto, médio, baixo, nada, os mercados não costumam esperar por tolos em cima da ponte.

Peliteiro,   às  00:10
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terça-feira, 14 de junho de 2005

Ameaças e Oportunidades 

Uma boa estratégia é aquela capaz de converter ameaças em oportunidades.
Uma boa gestão é aquela que consegue fazer progredir em tempos de crise.
Uma boa equipa é aquela que ruma unida, arrisca, almeja.

Num Portugal deprimido poucos são os exemplos de força e sucesso, sobretudo quando parece que nada lhes é favorável.

Não temos o culto dos vitoriosos, não admirámos o sucesso. Medra a inveja, campeia a pena, o "ai valha-nos Deus coitadinhos de nós".



Magistral a operação de aquisição da Unichem pela ANF.

Quando o Estado se acobarda perante os grandes grupos económicos, especialmente se estrangeiros, e quando o Estado se empenha firmemente em delapidar tudo o que ainda funciona bem neste país, eis que uns quantos, bem organizados e unidos, conseguem ultrapassar as ameaças e transformá-las em oportunidades.
As Farmácias Portuguesas face à possibilidade de perderem uma parte da sua actividade natural - errada e indevidamente, julgo eu - investem a montante, jogando com melhores armas que qualquer um dos seus potenciais concorentes: o conhecimento. Usando terminologia de negócios, quem conhece melhor os produtos, a sua distribuição e retalho, e os clientes que os próprios Farmacêuticos Portugueses?

A Unichem costuma instalar-se num país, dominar a distribuição e comprar Farmácias que transformam em cadeias.
Em Portugal a Unichem instalou-se, não dominou as Cooperativas Farmacêuticas Portuguesas e foi comprada pelas Farmácias!...

Peliteiro,   às  23:37
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O Bezerro de Ouro 

"E ele os tomou das suas mäos, e trabalhou o ouro com um buril, e fez dele um bezerro.
Então disse o Senhor a Moisés: Vai, desce; porque o teu povo, que fizeste subir do Egito, se tem corrompido, e depressa se tem desviado do caminho que eu lhe tinha ordenado; eles fizeram para si um bezerro de fundição, e perante ele se inclinaram, e ofereceram-lhe sacrifícios, e disseram: Este é o teu deus, ó Israel, que te tirou da terra do Egito"


Deve ser muito frustrante para os velhos comunistas, que passaram uma vida a crer e a tentar propagar uma ideologia, chegarem aos dias de hoje e verificarem a derrota total dos seus esforços.
Nada parece contrariar hoje o poder da plutocracia e o enriquecimento como aspiração de fé.
Nem uma réstia de influência ficou. Falhados!

Peliteiro,   às  22:47
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segunda-feira, 13 de junho de 2005

Lutos 

Na morte de um homem é uso entre nós recordar os melhores aspectos da sua vida, procurando esquecer os menos bons.
É uma boa regra social. Pressupõe a intenção e a capacidade de perdoar, muitas vezes tentando compreender a origem do mal, a dependência de circunstâncias, pretendendo associar os maus actos a potenciais boas intenções goradas ou, eventualmente, involuntárias.
Perdão e tolerância.
Mas manda a sinceridade evitar hipocrisias, mesmo na hora da morte.

Vem isto a propósito de Vasco Gonçalves e Álvaro Cunhal.
Merecem todo o respeito como homens, são, sem dúvida, figuras nacionais incontornáveis (designação ambígua e vazia, agora tão em voga), mas não podemos esquecer todo o mal que provocaram a Portugal e como as suas ideias eram desajustadas e erradas.

Peliteiro,   às  23:47
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povoaonline 

Descobri hoje um novo blogue Poveiro, o povoa online. Julgo que consigo adivinhar quem é o autor, um velho amigo, dado aqui como Tony Vieira.
O blogue caracteriza-se pela crítica mordaz às movimentações politiqueiras da cidade, onde os protagonistas são renomeados à maneira do "Contra informação".

Está bom; esperemos que seja um projecto com continuidade.

Peliteiro,   às  22:35
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sábado, 4 de junho de 2005

Encerrado para férias 


Peliteiro,   às  00:03
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quarta-feira, 1 de junho de 2005

Bandeira castanha 

O Ministério da Soltura, destacado blogue Poveiro, anunciou há uns tempos que "A Câmara da Póvoa de Varzim, a Capitania e o ministério do Ambiente, decidiram que vão surgir nas praias da cidade mais 18 casas-de-banho. Uma medida há muito reclamada pelos visitantes, e que vem melhorar as condições das praias durante a época balnear !".
Também li o mesmo nos jornais.

Realmente, numa cidade voltada para o "Turismo e Lazer", com um areal tão extenso e aprazível, bem precisas são instalações sanitárias que sirvam, condignamente, os veraneantes.

O que não se tem verificado.
Para além das deficiências crónicas neste domínio - domínio, digamos, do inadiável - as autoridades com responsabilidades na "matéria" permitem, inclusivamente, espantosamente, que os concessionários dos bares evitem, ou mesmo recusem, sistematicamente o acesso às suas casas de banho - supostamente públicas, supostamente uma contrapartida pela exploração da concessão. Alguns mais atrevidos ostentam, até, placas onde se pode ler: só para clientes da "casa"!
Não admira, numa praia onde se podem ver esgotos vazados na rebentação das ondas.

Turismo e Lazer...

E afinal, Finúrias, as casas de banho nunca mais são colocadas? A época balnear já começou! Afinal não são só os Socialistas que prometem o que não são capazes de cumprir!!

Peliteiro,   às  23:23
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Época balnear 

Abriu a época balnear!
Isto sim, é um dia importante para os Portugueses, deveria até ser feriado.

Entretanto, aproveito o ensejo para comunicar a todos que devido à instabilidade que paira no sector das Farmácias (e não só...) redireccionei a minha carreira e investi numa nova área de negócios, mais promissora e mais agradável. Apresento então alguns modelos da colecção 2005, esperando que sejam a vosso gosto.



(Fotos ampliáveis)

Peliteiro,   às  00:22
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