O tema das quotas no acesso às Faculdades de Medicina, desencadeado pelo Prof. Sousa Pereira e ampliado pelo Dr. Luís Filipe Pereira e a Dra. Manuela Ferreira Leite, tem levantado bastante efervescência na opinião blogada.
O Bloga-me mucho tem estado particularmente activo nesta matéria, aliás num óptimo momento criativo. Mas também se pode ler sobre o assunto no Avatares de um desejo, no Viva a Espanha, no Blog da miúda, Acuso!"2", Incensório, Blog do Alex, Marretas, , etc, etc. O Dupont do O Vilacondense meditou tanto no assunto que teve curiosas dúvidas libidinosos!

Eu venho um pouco atrasado.
E não concordo com quotas, para nada, acho essa coisa das quotas um disparate, devem é criar-se condições de igualdade de acesso e não excepções, quotas, desvios, atalhos, essas coisas...

Posso no entanto contribuir para a discussão porque sou de Farmácia, um curso que há mais de 50 anos é predominantemente feminino. Nos dois últimos anos do curso era o único rapaz da turma, no primeiro emprego, num laboratório hospitalar, entre analistas, patologistas e técnicas, era também o único masculino.

Primeira constatação, Romance - Desenganem-se, caros amigos, não é muito proveitoso, elas tendem a olhar para nós como irmãos, levam-nos uns bolinhos, apaparicam-nos, tratam-nos com algumas mordomias, vão-nos acordar, dão-nos uns beijinhos na testa e afagam-nos o cabelinho, mas... não passa disso! As amigas também nos olham como amigos das amigas; um tipo começa a sentir-se mal, e começa a procurar novos territórios.

Segunda constatação, Trabalho - É bom trabalhar com mulheres. Elas realmente trabalham muito mais que nós, são mais organizadas, planeiam, são esforçadas, combativas e pelo meio ainda vão às compras e pagar a conta do telefone, dormem menos, cozinham uns petiscos, tiram fotocópias, deixam-nos assinar os trabalhos de grupo sem nós termos contribuido nada porque fomos ver o futebol, se nós trabalharmos no Domingo de Páscoa e no casamento da irmã fazem-nos o horário de duas semanas, uma noite vale três dias, e no fundo no fundo só trabalhamos quando troveja ou quando as hormonas delas desiquilibram.

Terceira constatação, Relações profissionais - É tudo uma questão de hábito. Temos que as saber levar. Realmente ás vezes é preciso uma tremenda paciência para as aturar, podem tornar-se teimosas e embirrentas, e quando em grupo há uma ampliação de um certo mau feitio. Tem que se usar alguns estratagemas, há que mudar de conversa, falar dos filhos e dos sobrinhos, de Paris e de pintura.

Quarta constatação, Capacidade de executar tarefas difíceis - Não há grandes barreiras para as mulheres de hoje no desempenho de tarefas supostamente masculinas: tenho uma colega cuja principal tarefa é efectuar espermogramas em animais de cobrição, numa estação zootécnica. Não vejo nada que elas não possam fazer; nas Farmácias fazem noites e impõe respeito a meliantes e brutamontes, usam revólver e dominam as artes marciais.

Enfim, concluindo, o mundo moderno é mesmo delas, os homens estão destinados a um papel secundário na sociedade, a serem homens a dias ou donos de casa. Por uma razão muito simples, cada vez mais nos afastamos da brutalidade física, da revolução industrial, da força braçal; estamos na era da inteligência emocional!

À cautela vou meter os meus filhos a aprender lavores...